Cá entre nós - Conceição Trucom
Quando recebi o texto Conversa entre bactérias, que compartilho abaixo, fiquei emocionada, pois trata-se tão somente de uma confirmação científica, de algo que sinto no coração, mais que na mente, como absolutamente real.
Reconheço este fenômeno, que sempre coloco em minhas palestras e cursos: as células sentem e pensam. E, se comunicam, informando sobre o que estão sentindo, esperando ou não para um futuro próximo ou distante.
Eu diria mais: esta conversa acontece entre células, órgãos e sistemas! Dentro de nós não existem segredos. Células próximas ou distantes... estão o tempo todo se comunicando.
Um exemplo: Imagine uma célula do fígado, muito intoxicada, cercada de gordura por todos os lados (esteatose), ou seja sufocada; no momento quando chega mais batata frita, hamburguer, maionese e refrigerante, para serem digeridos.
Lembre que o sistema hepático - fígado e vesícula - faz parte importantíssima do sistema digestivo, principalmente nos quesitos gorduras e carboidratos.
Coloque-se no lugar desta célula, já cansada deste filme, solitária e isolada...
O que você, no lugar dela, sentiria? O que você imagina ela comunicaria às suas vizinhas vivendo o mesmo desafio-caos? E como seriam seus sentimentos quando esta situação acontece várias vezes/dia, todo dia, durante meses, anos?
E, o que sentiria esta mesma célula se, por 1 dia, ela tivesse momentos de descanso e paz? E se por 1 semana tudo o que chegasse para ela fosse cheio de energia, (prana) reforço (antioxidantes, alimentos vivos, ricos em enzimas, de fácil digestão), força (intenções) e nutrição verdadeira?
Pois bem, vamos conferir o que os cientistas estão desvendando...
Conceição Trucom
Conversa entre bactérias
Por Agência FAPESP em 9/11/2009
Um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia em Diego, nos Estados Unidos, desenvolveu ferramentas que permitem ver como bactérias “conversam” umas com as outras e como enfrentam e vencem a batalha contra outros microrganismos.
O objetivo da pesquisa é entender como populações diferentes de células se comunicam, o que poderá auxiliar no desenvolvimento de novas terapias para as mais variadas doenças.
As bactérias (leia também células), para se comunicarem, segregam moléculas que enviam sinais a outros microrganismos para, por exemplo, obter mais nutrientes. Outras moléculas são secretadas para “desligar” mecanismos de defesa do hospedeiro.
Em artigo publicado neste domingo (8/11) na revista Nature Chemical Biology, Pieter Dorrestein e colegas relatam a abordagem que desenvolveram para descrever, em laboratório, as trocas metabólicas que configuram os relacionamentos entre bactérias.
O grupo usou uma tecnologia chamada de Maldi-Tof (sigla em inglês para Matrix Assisted Laser Desorption Ionization-Time of Flight), que usa espectrometria de massa para estudar colônias de bactérias cultivadas em laboratório.
Interações microbiais, tais como a sinalização, são geralmente consideradas por cientistas em termos da atividade química individual e predominante. Contudo, qualquer espécie bacteriana é capaz de produzir muitos compostos bioativos que podem alterar organismos (leia também células) vizinhos.
A abordagem desenvolvida pelo grupo permitiu observar que as “conversas químicas” entre bactérias envolvem muitos sinais que funcionam simultaneamente.
“Os cientistas tendem a estudar nessa troca metabólica entre bactérias uma molécula de cada vez. Mas, na realidade, tais trocas feitas por microrganismos são muito mais complexas, envolvendo dez, 20 ou até 50 moléculas de uma só vez. Agora, podemos capturar essa complexidade”, disse Dorrestein.
Os pesquisadores estão mapeando centenas de interações bacterianas com a nova tecnologia e esperam produzir um “dicionário bacteriano”, que possa ajudar a traduzir os sinais dos microrganismos.
“A capacidade de traduzir a produção metabólica de microrganimos é cada vez mais importante, tendo em vista sua elevada proliferação. Queremos entender como as bactérias interagem (se comunicam) com as células e essa nova ferramenta poderá ajudar nesse objetivo”, disse Dorrestein.
O artigo Translating metabolic exchange with imaging mass spectrometry, de Pieter Dorrestein e outros, pode ser lido por assinantes da Nature Chemical Biology em www.nature.com/nchembio.
Fonte:
fapespFonte:
Doce Limão