quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Próvida - Produtos Naturais, Lda.


12 Razões para Escolher uma Alimentação Natural

Se ainda não está convencido a optar por uma alimentação natural, a Próvida dá-lhe 12 Razões para mudar para uma vida mais saudável.

Saúde
O estado normal de existência é a saúde. São as condições inadaptadas às espécies que as levam a adoecer.
A utilização continuada de uma alimentação anti-natural, quimicalizada, manipulada e desiquilibrada, torna inevitável a debilitação das resistências do organismo.

Ecologia
A agricultura química é altamente poluente e tem consequências desastrosas para os solos, as águas, o ar, os alimentos e o próprio Homem.

Alimentos Naturais
Alimentos geneticamente manipulados, irradiados, com corantes, conservantes, espessantes, emulsionantes, reguladores de acidez, aromatizantes, potenciadores de sabor, edulcorantes, antibióticos, hormonas, etc, criam condições propícias a todo o tipo de doenças e sofrimentos, a começar pelas alergias e a acabar no cancro.

Alimentos Integrais
Numerosas carências, doenças metabólicas e degenerativas, derivam da refinação de cereais, de açúcar, de sal e de outros alimentos, privando-os de numerosos e preciosos nutrientes e fibras.

Fibras
Problemas de intestinos da vulgar obstipação às doenças degenerativas, digestivos, circulatórios, coronários, diabetes, obesidade e muitos outros, têm como uma das principais causas, as poucas fibras alimentares da alimentação moderna.

Gorduras Insaturadas
Problemas circulatórios, coronários e vasculares, hepáticos e digestivos ou obesidade, têm como uma das grandes causas, o excesso de gorduras saturadas.

Valor Nutritivo
Anemias, debilidade e susceptibilidade a uma gama variada de doenças, são o resultado dos estados de carência e deficiência nutricional, nomeadamente de vitaminas, minerais e oligoelementos, que frequentemente a par das doenças típicas da nossa sociedade: as de excesso!

Sabor
As estimativas mais baixas indicam que 3 milhões de refeições foram servidas nos últimos 25 anos, nas cantinas e restaurantes macrobióticos, vegetarianos e naturais do nosso país. Os muitos adeptos comprovam, se o cozinheiro é competente, a comida natural é deliciosa e variada.

Futuro
As doenças de civilização que o século XX nos trouxe, serão concerteza acrescentadas por outras, talvez mais terríveis no século XXI, tendo como uma das grandes causas a degradação alimentar nas sociedades industrializadas.

Tradição
As chamadas doenças de civilização, têm como uma das principais causas o abandono dos padrões alimentares tradicionais e a difusão da alimentação moderna, comida de cafetaria e fast food.

Equilibrio Alimentar
Problemas de toda a ordem, agudos e crónicos aos mais diversos níveis, têm como uma das principais causas nos desequilíbrios alimentares e os alimentos desequilibrados, tão comuns hoje em dia.

Prevenção
Problemas como o cancro, doenças cardio-vasculares e do sistema imunitário, a obesidade, a osteoporose, a aterosclerose, a degenerescência senil, têm como principal causa a falta de prevenção no dia-a-dia da população, ao longo de anos.

Fonte: Próvida - Produtos Naturais Lda.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Creme de aveia crua com frutos vermelhos

Ingredientes:

1 copo de grãos de aveia germinada
1/4 de copo de tâmaras demolhadas
1 banana madura
1 colher de sobremesa de azeite extra virgem ou óleo de sésamo extraído a frio
1 copo de frutos vermelhos frescos e maduros
1 copo de água de boa qualidade





Modo de fazer:


Passe a aveia no processador com ¾ do copo de água, acrescente as tâmaras e a banana, deixe homogeneizar, acrescente o óleo e os frutos vermelhos
Ponha em taças decore e sirva

tags: Sobremesa - Doces, Pequeno Almoço

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Brio



Inaugurado em Setembro de 2008, diz ser o "maior supermercado biológico" da capital.

Oferece cerca de dois mil produtos certificados, cobrindo uma vasta gama de produtos a preços que pretendem ser mais acessíveis: frutas e legumes, lacticínios e frios, carnes, pão fresco, congelados, mercearia seca, alimentação para bebés, bebidas, produtos de higiene pessoal, cosmética natural, limpeza do lar e alimentos para animais.

Quem não pedir sacos para as compras tem direito a desconto mas é claro que neste supermercado os sacos são biodegradáveis.

Existe uma zona para crianças, onde os mais pequenos podem ficam enquanto os pais tratam das compras, e efectuam entregas grátis ao domicílio para compras superiores a 50 euros.

Localização:
Rua Azedo Gneco 30 A - Lisboa1350-036 LISBOA
Freguesia: Santo Condestável

Contactos:
213866406
Nota:
Veja a Agenda de Fevereiro 7.02.2009, workshop no Brio, às 16H00 dado por Isabel Serra

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

GERMEN DE TRIGO

Germens de Trigo, ou seu sumo, é um alimento funcional que nos pode assistir no combate a um leque de enfermidades crónicas - da simples anemia à leucemia; de uma simples erupção cutânea ao câncer de pele, de lombrigas à úlceras. Pode ser mastigado, vagarosamente, ou bebido em suco.

Como cultivar Germens de Trigo

  1. Ponha um punhado de grãos de trigo de molho em água, por uma noite em qualquer vasilhame (bem limpo).
  2. Mantenha uns poucos potes (de preferência 7 a 9 potes - um para ser semeado a cada dia da semana) prontos, com terra comum. Não adicione qualquer tipo de fertilizante. Fezes de vaca ou cabra podem ser usados como esterco, se necessário.
  3. Coloque os grãos molhados sobre a terra de forma que os grãos se toquem.
  4. Borrife uma camada de terra sobre os grãos de trigo.
  5. Cubra o vaso com jornal para prover a escuridão que ajuda a brotar e também impede que pássaros comam o trigo.
  6. Guarde o vaso na sacada, parapeito da janela ou varanda.
  7. No dia seguinte, descubra o vaso e borrife água, de novo cobrindo-o com jornal.
  8. Repita o passo 7 até que possam ser vistas as folhas verdes dos brotos. Pare de cobrir o vaso, assim que as folhinhas verdes aparecerem.
  9. Todos os dias regue o vaso, levemente, dependendo da estação e do vaso usado - se tem buracos ou não. Observe que belas lâminas verdes irão crescendo em altura, a cada dia!
  10. Tão logo o broto alcance 16 centímetros (o que acontece entre o 7º e 9º dia) colha o broto, cortando, com um par de tesouras limpas, a cerca de 1 1/2 centímetro da superfície do solo.
    O trigo colhido está pronto para ser mastigado, transformado em suco ou colhido.
    O segundo ciclo dos Germes de Trigo irá crescer cerca de 6 a 7 dias, depois da primeira poda, se continuarmos a regar, como antes.
    Após a segunda colheita, remova toda a terra do vaso colocando-a em uma folha de jornal, quebre todas as raízes e misture-as com o solo. Adicione um pouco de estrume para rejuvenescer o solo.
    O solo agora está pronto para ser reutilizado, em nova semeadura de trigo.

    Escolha dos vasos
    Vasos de barro, com ou sem buracos, podem ser usados. Entretanto, entendemos que bacias de plástico de cerca de 16 a 21 centímetros de diâmetro e cerca de 8 centímetros de profundidade, são as ideais. Podemos enchê-las com até 6 centímetros de terra. Bandejas de madeira, plástico ou aço também podem ser usadas.

    Quanto de trigo devemos semear, cada dia?

    Para uma família de 4 pessoas saudáveis, cerca de 100 gramas devem ser plantados, de modo que um suplemento contínuo esteja disponível, cada dia. De 7 a 9 vasos irão assegurar um colheita renovada, cada dia da semana.

    Já para uma pessoa doente, a quantidade de trigo a ser semeada é de cerca de 50 a 100 gramas. De novo, de 7 a 9 vasos, sendo cultivados, durante um período, irão assegurar um vaso pronto, cada dia.

    Como estocar Germens de Trigo?

    Os Germes de Trigo podem ser guardados no refrigerador, em um saco de celofane ou plástico por três dias, mas o suco deve ser bebido após meia hora de feito.

    Como obter o suco

    Por favor não use liquidificadores para obter o suco já que o rápido movimento das lâminas causa oxidação do clorofila e torna o suco inútil.

    Um picador manual pode ser usado ou outro método qualquer de esmagar, caso haja um disponível, como aquele de fazer chutneys.

    Adicione um pouco de água enquanto moer ou esmagar - coe o suco através de pano limpo para uma xícara ou copo. Adicione água, coe de novo, repita o processo até que a folha remanescente fique quase branca. Não jogue fora o que restar das folhas, use-as como adubo.

    Como usar Germens de Trigo

    Para uma pessoa saudável a boca razoavelmente cheia, e mais, se quiser, deve ser comida cada manhã e mastigada até que o bolo fique quase branco. Depois pode ser engolida ou cuspida. Pessoas com prisão de ventre são aconselhadas a comer já que o bolo provê o estímulo para uma melhor desempenho dos intestinos.
    Se tomado em forma de suco, uma pessoa saudável pode tomar 1/4 ou 1/3 de copo todos os dias. Mas lembre-se, o suco deve ser tomado imediatamente após feito.

    Para uma pessoa doente - 1/4 ou 1/2 copo de suco de Germes de Trigo são necessários para começar. Se possível, isto deve ser aumentado para 2 ou 3 vezes por dia - sendo a coisa mais importante beber o suco logo após obtido.
    Esta quantidade deve ser gradualmente aumentada até alcançar um copo cheio.

    Germes de Trigo pode ser totalmente esmagado e aplicado externamente em Canceres e Úlceras, como cataplasma.

    Germes de Trigo pode ser usado como lavagem rectal para limpar e rejuvenescer. Use uma seringa própria para aplicar o sumo. Após colocar, retenha o suco no intestino por cerca de 20 minutos.

    Germes de Trigo são também efectivos como colírio (use uma taça lava-olho).

    Como o Germe de Trigo ajuda nosso sistema:
    Germe de Trigo é quase uma transfusão de sangue. É um maravilhoso detergente e rejuvenescedor o que quer dizer, que ajuda seu corpo a remover toxinas que se acumulam por anos e ajuda a substituir células velhas com células novas. Estes são os dois factores essenciais que causam doenças em nossos corpos e que o Germe de Trigo recompõe.

    Em doenças crónicas, incluindo câncer, pode haver uma tentativa do corpo de se livrar das toxinas acumuladas, o que resulta em diarreia ou vómito. Ambas as condições são para ser bem-vindas . Se isto acontecer, reduza à metade a quantidade de suco de Germes de Trigo consumida e use-a mais diluída. Gradualmente, comece a aumentar a quantidade na medida em que o corpo aprenda a lidar com a remoção das toxinas de forma mais branda.

    A seiva de Germes de Trigo pode transformar-se em importante parte de nossas vidas. Deixe crescer o Germe de Trigo em abundância e torne-o disponível para todos os doentes crónicos, especialmente aqueles que sofrem de Câncer, AIDS, Asma e Falência renal.



Fonte: Fundação Sai Sanjeevini

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Combinando alimentos

A sistematização abaixo parte do princípio de que nem todos os alimentos são devidamente compatíveis, devido às enzimas necessárias para seu metabolismo.


ALIMENTOS COMBINADOS:


Incompatíveis
frutas + hortaliças (exceto a maçã, que pode ser combinada com hortaliças)
frutas + açúcar
cereais + lacticínios
cereais + carne
carne + lacticínios
ovos + lacticínios e carne

Pouco compatíveis
frutas doces + frutas ácidas
hortaliças + lacticínios
gorduras e óleos + carne
cereais e leguminosas germinadas + lacticínios
leguminosas germinadas + frutas
cereais + açúcar

Compatíveis
frutas + grãos germinados
frutas doces + frutas doces
frutas ácidas + frutas ácidas
cereais + hortaliças
cereais + frutas
carnes + hortaliças

Comer isolados
melão e melancia


Fonte: Trigo & Girassol

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Leite de Aveia

Ingredientes:

1 copo de grãos de Aveia Provida germinada
1 copo de água de boa qualidade

Modo de fazer:

Bata a aveia com a água até obter um liquido leitoso, um pouco grosso, passe pelo coador de voal e tome.

Com o frio que esta aqui amornei o leite até 40º. Soube tão bem, que eu só lembrei de tirar a fotografia já ia bem para lá do meio do copo.

Com a "polpa" da aveia fiz um hamburgue para o meu almoço.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Depoimentos e receitas

Antenado come cru

A chamada alimentação viva, na qual nada se cozinha, atrai uma turma esperta que não pára de crescer

As mãos de Mana Bernardes são ágeis. Todo santo dia, a designer de jóias as usa para criar peças cheias de personalidade que já foram parar no Chelsea Art Museum, de Nova York, e para lavar folhas de couve, de salsa, de repolho, de agrião, de rúcula, de serralha, de chicória, de beterraba. Logo que pula da cama, Mana começa a lidar com as verduras, os legumes e alguns punhados de sementes germinadas: lava tudo, põe no liqüidificador, bate, empurrando a mistura com a ajuda de um pepino, e, por fim, coa, usando um pano cheio de furinhos. As mãos espremem a massa verde até que jorre todo o suco num copo imenso. Só depois de sorver o líquido de cor apetitosa a moça se considera pronta para começar a tecer suas tramas delicadas do dia. A rotina se repete há exatos oito anos. Aos 18, Mana, hoje com 26, descobriu a chamada alimentação viva, a mais nova febre entre os naturebas, assim como foi a macrobiótica nos anos 70. Ela virou uma das pioneiras da onda da comida crua por uma questão pessoal. Tinha apenas duas opções: encher a cara de remédios para controlar uma inflamação crônica no intestino ou partir para a autocura pela via alternativa.Mana preferiu, literalmente, botar as mãozinhas na massa.

— Eu não acredito na doença. Acredito na saúde. Aprendi isso com a alimentação viva — diz, olhos brilhando, sorriso no rosto, sentada no charmoso jardim de sua casa, um sobrado de época em Santa Teresa. — Comecei a tomar o suco por causa de uma crise. Fiz uma dieta só do suco da luz do sol por oito dias. Eu senti tanta energia que tinha vontade de sair dançando. A partir daí mergulhei nos crus.

A guru de Mana — e de toda uma turma de bem-nascidos que estão na toada da comida crua — chama-se Ana Branco, uma professora de arte e design da PUC-Rio que resolveu criar na universidade um curso de Bio-Chip, nome pomposo para uma culinária estranha, pelo menos à primeira vista. Na tarde de um sábado, último dia 2, Ana deu uma palestra para um auditório lotado de interessados — como o diretor de TV Ricardo Waddington — em aprender que diabos, afinal, é essa tal de alimentação viva. Não é tão fácil absorver o conceito. Cabelos grisalhos e jeito moleca, a professora começou o seu discurso distribuindo sementes de trigo para a platéia. Segundo ela, uma sementinha como aquela é exatamente como um chip de computador: uma microembalagem recheada de silício, envolvido por uma molécula de água que armazena informação. Se o chip for cozido, a molécula de água se rompe e a informação se perde. O mesmo acontece com o trigo quando vai para a panela. A semente também é silício protegido por água. A Bio-Chip, então, prega um processo inusitado de preparação dos alimentos: em vez de cozinhar os grãos, a idéia é germiná-los para extrair deles todo o seu potencial nutritivo, toda a informação contida ali para gerar uma planta. E combiná-los com toda a variedade possível de frutas, legumes e verduras.

Ana faz arte com os alimentos. Seus alunos aprendem a exercitar a criatividade fazendo desenhos com tudo aquilo que é comestível na natureza.

— Quando damos água para uma semente, ela fica tão contente que bota um narizinho para fora. O grão germinado amplia o seu valor nutritivo em 20 mil vezes — anima Ana.

A professora que diz que não tem idade é só energia e analogias malucas que, pensando bem, fazem sentido. Ana associa o ato de cozinhar à guerra. Para início de conversa, ela lembra que o cozimento surgiu da necessidade dos guerreiros de amenizarem o cheiro de podre das comidas nos campos de batalha.E nós continuamos provendo guerra nos nossos corpos. Acompanhe o raciocínio: um alimento vivo é alcalino, obviamente. Cozinhar seria um processo de desnaturação e acidificação desse alimento, que, quando cai no estômago, aciona o sistema de defesa do organismo para combater uma substância chamada acrilamida, produzida pelo cozimento do amido. Tal substância gera dependência química e, por isso, temos tanta necessidade de pão com manteiga, em vez de desejar trigo germinado. Quanto mais ácido o sangue, mais necessidade de comer porcarias. À medida que o corpo é purificado, os vícios, como o de açúcar, desapareceriam. Ana criou o curso de Bio-Chip há 14 anos. No início, as aulas atraíam 15 pessoas. Hoje, as turmas têm em média cem interessados.

— Tudo o que a sociedade faz é com o paradigma da guerra. Como vai fulano? Está na luta. Ah, minha mãe é uma guerreira. Não tem como ter paz se vivemos numa guerra — diz a professora. – A s pessoas gastam toda a sua energia vital se defendendo de uma comida que o organismo pensa que é doença. A proposta é partir para a alcalinização do corpo. Um ambiente alcalino é um ambiente criativo.

Maluquice ou lucidez, Ana vem arrebanhando uma turma bacana do Rio. O casal Lula Buarque de Holanda, cineasta, e Letícia Monte, empresária e irmã de Marisa Monte, está doutrinado. Moradora da Gávea, Letícia fez o curso na PUC e já se aventurou no The Tree of Life Rejuvenation Center, a meca da alimentação viva, uma espécie de spa espartano no Arizona, nos Estados Unidos. A moça garante que foi natural entrar na barca. Aos 42 anos, é veterana das experimentações alimentares. Com 12 anos, caiu doente depois de um churrasco e parou de comer carne. Quando fez 15, conheceu a macrobiótica. O namorado da irmã Lívia era adepto e apresentou à família Monte a culinária natural. Na época, a rotina da casa passou a incluir alimentos integrais. Em 89, Letícia foi estudar nos Estados Unidos e virou fã de alimentos orgânicos, uma prática que começara timidamente no Rio. Na volta, resolveu entrar no ramo da comida. Tornou-se sócia do Ateliê Culinário, onde, apesar de servir sanduichinhos nada naturais, preocupava-se em introduzir a filosofia dos orgânicos. Agora está apaixonada pela Bio-Chip.

— Comer é uma maneira de se conhecer, de refletir sobre o mundo — acredita. — Comer é uma questão ambiental, de respeito pela vida e, claro, social. Se faço um jantar em casa, preparo opções para todo mundo. E, quando viajo, sempre me viro bem.

Em outra casa bacana da Gávea a alimentação viva se tornou o carrochefe há cinco anos. O arquiteto Hélio Pellegrino Filho mostra seus potes de sementes germinadas e sua horta com ânimo de adolescente. Diz que, por ironia do destino, tinha acabado de comprar um fogão de oito bocas quando descobriu o paraíso da comida crua. Segundo ele, os adeptos formam uma espécie de “gueto de Varsóvia”: trocam receitas, experiências, tornam-se amigos. Hélio é dado a arroubos verbais. Ele fecha os olhos para falar e transborda, com eloqüência. Para o arquiteto, filho do psicanalista e escritor mineiro Hélio Pellegrino, “as padarias são bombas atômicas”; “o ser humano está podre por dentro”; e “comer comida crua é como fazer amor com os alimentos.” Ele tem razão para o entusiasmo. Antes de abocanhar a dieta dos crus, Hélio estava gordo, envelhecido e sem energia. Cinco anos depois de fazer o curso de Ana Branco, perdeu mais de dez quilos e garante que até o seu cabelo escureceu.

— Primeiro, eu cortei a carne. E, aos poucos, fui me apaixonando pela idéia de mudar o corpo pela alimentação.Eu era um cara que tinha sal de frutas no banheiro — diz. — O que mais me impressiona é a energia que tenho hoje. Faço projetos no mundo inteiro. Ninguém tem que virar um dinossauro por conta de prazeres ilusórios. Hoje vejo os supermercados como catedrais da morte. A relação com a natureza me tirou do pedestal.

A medicina tradicional olha torto para tais radicalismos. O endocrinologista Alberto Serfaty, médico de celebridades como Vera Fischer, concorda que os alimentos crus preservam o valor nutricional e são poderosas armas contra o envelhecimento, por fora e por dentro. Só que, para ele, a verdade não é absoluta. Ou seja, tem que comer muita salada, mas também se permitir um peixinho grelhado de vez em quando. Já o nutrólogo Alexandre Merheb, responsável pela dieta do jogador Ronaldo, é completamente contra qualquer exotismo quando o assunto é comida. Desaconselha até mesmo a prática do vegetarianismo. Segundo ele, nenhum médico discute a importância do alimento vivo, mas é importante não abrir mão das convicções que já têm “jurisprudência”, como um bom bifinho acebolado. O nutrólogo João Curvo tem a mesma opinião. Ele diz que comer cru é bom, sim, mas que uma sopa à noite cai melhor do que uma salada.

— Se eu tivesse que dar uma nota para a alimentação viva, daria nota 8. Ela fica devendo ao corpo as boas proteínas. As carnes são as principais fontes de complexo B, por exemplo. Uma pessoa que come peixe pelo menos uma vez por semana previne em 25% a incidência de infarto do miocárdio — comenta Serfaty.

— Existe hoje uma implicância com as carnes. Isso é filosófico. Do ponto de vista nutricional, condenar não é boa idéia. Para a mulher, por exemplo, a carne vermelha é insubstituível, principalmente no período menstrual — completa Merheb.

A ex-dona de pizzaria Inês Braconnot, de 57 anos, e a aromoterapeuta Marta Sá, de 54, não querem saber de voltar para o fogão. A primeira havia se tornado uma especialista em antiácidos quando descobriu os crus. Vinte e seis quilos mais magra e com a pele brilhando, Inês diz que não sabe como estaria hoje se tivesse continuado a freqüentar com o ex-marido, sócio da pizzaria Fiammeta, os restaurantes badalados da cidade.

Separada e morando no Leblon, ela se diverte criando pratos vivos. Quem já foi gourmet, afinal, não perde o paladar. Já Marta teve uma experiência radical. Aos 38 anos, enfrentou uma doença grave. Seu corpo não absorvia os alimentos.Estava subnutrida, com problemas de visão e cabelos grisalhos. Os médicos não viam saída. Sem falar inglês e com pouco dinheiro no bolso, ela se mandou para o Canadá para estudar alimentação viva. Foram cinco anos de dedicação. Quem olha para Marta hoje enxerga uma mulher saudável e bem tratada. O mais engraçado é que ambas garantem: o sucão dá barato.

— A primeira vez que experimentei o suco foi na casa da Ana Branco. Passei a
noite tendo baratos — lembra Inês.

— Não sei explicar por que tomei a atitude radical de sair do Brasil doente e ir para um país desconhecido estudar uma coisa de que ninguém aqui tinha ouvido falar. Só sei que em pouco tempo lá eu rejuvenesci interna e externamente. A nutrição enzimática é uma bênção. E o suco de manhã dá um baratinho bom — comenta Marta.

Tanto Inês quanto Marta resolveram transformar a comida viva em ganhapão. Inês está escrevendo um livro. E Marta, além de dar cursos em seu apartamento, de vez em quando vai à casa de clientes especiais preparar a cozinha para a iniciação da família. O único restaurante dedicado exclusivamente à comida viva no Rio é o Universo Orgânico, no Leblon. No cardápio, toda a sorte de sucos especiais batidos com sementes germinadas e pratos caprichosamente decorados. Tudo cru.

O geógrafo Lucas Alves Ripper nem se lembra como era a vida sem o barato do suco da luz do sol. Aos 27 anos, ele come cru desde os 13. O garoto foi uma espécie de cobaia do laboratório experimental de Ana Branco na PUC. O pai dele, o professor José Luís Mendes Ripper, é parceiro da professora no desenvolvimento de design a partir da perspectiva ecológica. Lucas conta que quando criança era obrigado a ler o rótulo de tudo o que queria comer. E, por isso, não come nada processado. Sabe bem o que tem dentro das belas embalagens. Todos os dias de manhã, em jejum, ele toma um copo duplo de suco verde. Na hora do almoço, come feijão, arroz, salada e até um peixinho grelhado. E, a partir dessa refeição, só ingere coisas cruas. O rapaz, parece, encontrou o que os budistas chamam de caminho do meio. Ana Branco não acredita em tal percurso. Para ela só existe um único caminho: o radicalismo, palavra derivada de raiz.

— O que é alimentação para você? Essa é a questão. Eu vejo o alimento como energia, não como vitamina, proteína etc. Parto do princípio de que não posso agredir meu corpo. Eu sei do que preciso para ficar bem. Mas não acho que exista uma verdade absoluta para todos — diz ele.

Receita da Mana
Suco de luz do sol

Ingredientes:
•Uma maçã
•Um punhado de sementes de girassol germinadas
•Couve
•Chicória
•Salsa
•Hortelã
•Manjericão
•Espinafre
•Chuchu
•Cenoura
•Uma colher de babosa

Modo de preparo: Não adicionar água. Para ajudar a extrair o líquido, usar um pepino como socador. Coar, espremendo na chamada panela furada, um pano com furinhos que permitem passar o líquido

Receita da Letícia
Gazpacho

Ingredientes:

• 6 tomates bem maduros sem pele e sem sementes, cortados em quadradinhos
•1 pimentão vermelho ou amarelo, sem sementes, cortado em quadradinhos
•2 pepinos, sem sementes, cortados em quadradinhos
•1 talo de aipo cortado em quadradinhos
•1 cebola média cortada em quadradinhos e colocada em água gelada (para suavizar o aroma)
•3 colheres de sopa de azeite extravirgem
•3 colheres de sopa de vinagre de maçãs ou balsâmico
•½ xícara de manjericão fresco picado
•1 colher de sopa de salsinha picada
•1 colher de café de sementes de cominho amassadinhas (opcional)
•Sal a gosto pimenta fresca a gosto

Modo de preparo: Lavar e cortar os legumes. Passar na peneira as sementes dos tomates para aproveitar o suco.

Bater no liqüidificador metade dos tomates e pepinos, mais azeite e vinagre. Se necessário, acrescentar meia xícara de água filtrada para bater. Acrescentar ervas, sal e pimenta a gosto.

Misturar os legumes restantes, escorrendo a água da cebola, deixando-os em quadradinhos.

Refrigerar até a hora de servir

Receita do Hélio
Suco de castanha com jaca e cacau:

Ingredientes:

• Um copo de castanhas
•Dois copos de água de coco
•Uma jaca
•Sementes de cacau

Modo de preparo: Deixar um copo cheio de castanhas por oito horas na água. Depois, deixar a água escorrer completamente. Bater no liqüidificador com dois copos de água de coco. Coar. Bater novamente o leite extraído com a jaca e as sementes de cacau. Para adoçar, mel, passas, tâmaras ou ameixas. O bagaço que sobra no coador também pode ser aproveitado. É só temperá-lo com cebolinha, salsa, cebola, alho, azeite ou olho de linhaça e servir como patê.

Receita da Marta
Bolo de nozes com Portobelo

Ingredientes:

• 1 e 1/3 copo de nozes pecan (de molho por seis horas)
•1 e 1/3 copo de de semente de girassol germinada
•1 e 1/3 copo de amêndoas (de molho por 12 horas)
•½ copo de salsa picada
•½ copo de aipo picadinho
•2 copos de cogumelo Portobelo picado e marinado no shoyo por uma hora
•1 colher de tarragon fresca picada
•½ colher de sopa de gengibre ralado
•1 colher de sopa de cebola batida
•2 colheres de sopa de alecrim fresco sem cabo e bem picado
•1 copo de pimentão vermelho bem picadinho
•1 pitada de pimenta cayenne
•1 colher de chá de cominho em semente, bem amassado
•Azeite a gosto

Modo de preparo: Passar no multiprocessador as nozes, as sementes de girassol e as amêndoas.Acrescentar todo o resto ao patê. Pôr num recipiente de sua preferência. Tirar da fôrma e servir com salada verde farta em brotos verdes (girassol, alfafa, trevo...).

Receita da Inês
Couve-flor crocante

Ingredientes:


• ½ xícara de couve-flor picadinha
•2 colheres de sopa de cebolinha verde picada
•1 colher de sopa de aipo em cubinhos
•2 colheres de sopa de cenoura em quadradinhos
•1 colher de sopa de cebola picada
•1 colher de sopa de coentro picado
•1 colher de chá de limão siciliano salée
•1 colher de café de sal marinho com pimenta fresca
•½ xícara de gergelim hidratado por quatro horas
•Passas hidratadas para enfeitar

Modo de preparo: Misturar todos os ingredientes, enformar em pratos e desenhar com o molho e as passas.

Molho

Ingredientes:
• 1 colher de sopa de azeite extravirgem
•1 miolo de abobrinha
•1 colher de café de mostarda Dijon
•Sal a gosto
•1 colher de chá de limão
•1 colher de chá de abacate

Modo de preparo: Bater todos os ingredientes num miniprocessador, acrescentando água, se necessário, para ficar um molho espesso mas fácil de desenhar

Receita do Lucas

Creme de banana com linhaça

Ingredientes:

• Bananas
•Linhaça germinada
•Castanha-do-pará
•Passas
•Canela

Modo de preparo: Bater no liqüidificador as bananas, a canela e um punhado de sementes de linhaça germinadas.

A mistura fica com consistência de pudim. Depois, adicionar a gosto as castanhasdo-pará e as passas hidratadas

Fon te:
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Goiaba reduz colesterol e ajuda no emagrecimento

Seu aroma inconfundível faz com que seja facilmente identificada, seja na feira, no varejão, no supermercado ou mesmo na rua. Encontrada em qualquer época do ano, a goiaba é uma fruta muito saudável, saborosa e versátil. Pode ser consumida ao natural ou em sucos, doces e geléias.

Originária da América Central e do Sul, a fruta possui alto valor nutritivo, pois contém grande quantidade de vitamina A, B1, C, cálcio, fósforo, ferro e fibras solúveis.

Apresenta formatos diferentes, coloração da casca verde-amarela variável conforme a maturação do fruto. A cor da polpa também varia, podendo ser branca, rosada ou vermelha e interior preenchido por sementes.

PROPRIEDADES MEDICINAIS

A goiaba é um fruto de alto benefício ao organismo, pois além de não conter muito açúcar, gordura e calorias, auxilia no combate a infecções e hemorragias. Também fortifica os ossos, os dentes e o músculo cardíaco, melhora a cicatrização e o aspecto da pele, retardando o envelhecimento, regula o aparelho digestivo, o sistema nervoso e dá maior resistência física. Porém, deve ser evitada por pessoas que tenham o aparelho digestivo delicado ou apresentam intestino preso.

A espécie de polpa vermelha é benéfica na redução do colesterol e da pressão sangüínea. Isso acontece porque a fruta é rica em licopeno e em fibras solúveis. Este tipo de fibra possui a capacidade de se ligar aos ácidos biliares interferindo na absorção de gorduras. Ingerir um pedaço de goiaba vermelha por dia pode reduzir consideravelmente os níveis de pressão arterial, do colesterol e triglicérides.

Achou a goiaba demais? Pois além de todas essas vantagens, a fruta ainda possui baixas calorias. Uma unidade com 100 gramas, por exemplo, tem pelo menos 57 calorias. Até o famoso Romeu & Julieta é uma opção de sobremesa mais light. A clássica combinação de goiabada (30 gramas) com uma fatia de 25 gramas de queijo prato soma apenas 171 calorias.

Fonte: Toda Fruta

Entrevista na TSF - Crudivorismo


Ouça a entrevista na TSF

Crudivorismo - comer comida crua

06 JAN 09

Márcia Almeida organiza periodicamente, na zona de Lisboa, cursos sobre crudivorismo, «um estilo de vida à base de alimentos biogênicos, bioativos (alimentos vivos) crus». O crudivorismo «não é uma dieta e nem uma terapia para tratamento de doenças, é um estilo de vida saudável que promove mudanças no ambiente do nosso corpo para que a saúde se estabeleça». Neste programa conversámos com Márcia Almeida para saber que alimentos, que tipo de preparação e que misturas se podem fazer. Provámos ainda o sumo verde e ouvimos a nutricionista Alexandra Bento falar sobre as eventuais vantagens e desvantagens de comer a comida crua.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

TSF - Mais Cedo ou Mais Tarde

6 de Janeiro de 2009: crudivorismo - comer comida crua!

15h-16h30: Márcia Almeida organiza periodiocamente, em Portugal, cursos sobre crudivorismo - nunca ouviu falar? Crudivorismo «é um estilo de vida a base de alimentos biogênicos, bioativos ( alimentos vivos ) crus. Não é uma dieta e nem uma terapia para tratamento de doenças, é um estilo de vida saudável que promove mudanças no ambiente do nosso corpo para que a saúde se estabeleça». Por isso vamos conversar com ela: que alimentos, que tipo de preparação, que misturas se podem fazer.

Márcia nasceu no Brasil e vive há 26 anos em Portugal; há alguns anos trocou a economia pela naturopatia e abriu uma clínica para, entre outras abordagens, falar de crudivorismo.

Também vamos provar o sumo verde; a repórter Ana Maria Ramos esteve no café Gulodice (na Estrada da Luz, 110, telefone: 21 7273052) e pelos vistos gostou. Vamos ainda ouvir a nutricionista Alexandra Bento falar-nos sobre as eventuais vantagens e desvantagens de comer a comida crua.

FONTE: Programa da TSF - Mais Cedo ou Mais Tarde

Cursos e Workshop´s Agendados:2009
- 10.01 - Espaço Maaiana - Lisboa
- 17.01 -
Academia dos Sentidos - Parede
- 24.01 -
Terra Cristal - Coimbra
- 31.01 -
Espaço Maaiana - Lisboa
- 07.02 - Fit Mulher - São Marcos
- 21.02 -
Terra Cristal - Lisboa
- Porto data a combinar
- Braga data a combinar

NUTRACÊUTICOS

I - Introdução: a ausência de uma definição oficial

Quais são e como agem os Nutracêuticos? Essas são as perguntas que nos fazem os consumidores e os estudantes. Estes últimos, algumas vezes, acrescentam uma outra pergunta igualmente complicada: "dá para me emprestar tudo que você tem sobre isso?".
As perguntas são diretas e objetivas. E expressam a expectativa de que assim sejam também nossas respostas e, sempre, bem curtas e imediatas.

No caso, e para esse tipo de público, uma primeira resposta poderia ser algo como: "nutracêuticos são substâncias que se apresentam numa faixa cinzenta, entre comida e remédio, entre nutriente e medicamento, compreendendo não apenas nutrientes tradicionais, como vitaminas, sais minerais, aminoácidos ou ácidos graxos poli-insaturados, mas também não-nutrientes como as fibras, além de uma ampla gama de substâncias que parecem contribuir para a prevenção ou mesmo cura de doenças, como o licopeno do tomate, o resveratrol do vinho, os fitoesteróis da casca da uva, que podem estar presentes, ou não, em alimentos - então muitas vezes por isso denominados alimentos funcionais, sendo que os mecanismos de ação não estão, na maioria dos casos, plenamente conhecidos, baseando-se as afirmativas mais em dados epidemiológicos do que em ensaios bioquímicos ou fisiológicos.".

O problema é que essa resposta, além de conduzir a um mundo de subjetividades e contradições, típicas da área cinzenta e não delimitada onde se situa, até pode atender uma efêmera e preliminar curiosidade de consumidores, mas não sustenta, nem orienta, as medidas que devem ser tomadas pelos profissionais envolvidos com a questão, os quais devem, pelo menos, regulamentar a fabricação, a rotulagem e a propaganda desses produtos. Para este tipo de demanda, é preciso uma resposta mais longa e detalhada, fazendo uso de termos bem definidos, fazendo referencias a categorias bem delimitadas e, infelizmente, seja pelo atual estágio do nosso conhecimento, seja pelo modelo de raciocínio que vem sendo adotado, tal resposta não está disponível, nem parece se anunciar no horizonte próximo. As respostas aqui sinalizadas não serão mais que a apresentação e correlação de tentativas de resposta, caracterizando-se como um convite para uma reflexão conjunta, na expectativa de contribuir para uma construção conjunta dessa resposta.

De início, devemos reconhecer que existe uma crescente evidência, e um forte consenso entre pesquisadores científicos - a partir de dados epidemiológicos, ensaios clínicos e conhecimentos modernos da bioquímica nutricional - acerca de uma acentuada conecção entre a dieta e a saúde. E tal evidência incluiria não apenas fenômenos imediatos ou de curto prazo, mas também o desenvolvimento e controle de manifestações de natureza crônica.

Certos constituintes particulares dos alimentos - tanto nutrientes como não-nutrientes, como é o caso das fibras - apresentariam capacidade de afetar diversos fatores de risco para doenças.

Tal evidência não deveria ser pensada como uma descoberta recente. E´ notório que novas descobertas científicas, assim como novas circunstâncias econômicas e sócio-culturais, têm levado à uma maior oferta e a uma maior procura por essas substâncias ditas "nutracêuticas". Mas é também certo que, ao longo dos séculos, sempre foi atribuído aos alimentos algum papel funcional na gênesis, na prevenção e mesmo na cura de várias doenças.

O que é recente, e vem sendo objeto de atenção especial da vigilância sanitária, é a tendência para a produção industrial, em escala planetária, dessas substâncias que, embora de origem alimentar, são colocadas no mercado como formulações farmacêuticas, seja em termos de formato e de embalagem, seja também em termos de canais de comercialização.

Desse fenômeno de mercado emerge, como desdobramento espontâneo, uma demanda pela produção de normas e padrões que regulem a identidade e qualidade dos produtos, bem como sua rotulagem e propaganda. E isso não apenas para proteger a saúde do consumidor e a economia popular, mas igualmente para regulamentar a competição entre empresas e para instrumentalizar as ações dos órgãos governamentais de registro e inspeção.

Essa vasta gama de substâncias - que já ultrapassou de muito o rol de nutrientes tradicionais como vitaminas e minerais - vem sendo denominada como "nutracêuticos". E é neste contexto, o da normatização, que iremos então nos deparar com o primeiro obstáculo técnico: não existe uma definição clara e universalmente aceita, para o termo "nutracêutico".

Embora "nutracêutico" ou "nutraceuticals" seja um termo hoje reconhecido internacionalmente, a verdade é que ainda não existe um consenso sobre o seu significado. O objetivo deste artigo é discutir a construção desse conceito e dessa definição, a partir de iniciativas normativas brasileiras e internacionais, de forma a demonstrar que, com ou sem um conceito preciso e universalmente aceito, com ou sem uma definição definitiva e oficial, é premente o estabelecimento de normas de identidade e qualidade para os produtos colocados sob esse amplo e difuso "guarda-chuva" terminológico, ao mesmo tempo que dispormos de normas simples, objetivas, inteligíveis e estáveis, sobre rotulagem nutricional e sobre alegações funcionais - o que não é assim tão difícil - resolveria a maior parte dos conflitos hoje existentes no setor.


II - Definindo a partir das definições legais anteriores

A legislação sanitária brasileira define, em vários de seus instrumentos, "alimento" e "nutriente". E como está inclusive definido por meio de Decreto-Lei (e não por uma provisória portaria ministerial), parece razoável que, também por pragmatismo, se busque estabelecer futuras definições, complementares, a partir dessas definições básicas já oficialmente cristalizadas.

Inicialmente, vejamos a definição, estabelecida pelo Decreto-Lei 986 de 21/10/69, para alimento: "Toda substância ou mistura de substâncias, no estado sólido, líquido, pastoso ou qualquer outra forma adequada, destinada a fornecer ao organismo humano os elementos normais à sua formação, manutenção e desenvolvimento.".

Trinta anos mais tarde, a Portaria 41/98 da SVS/MS assumiria, como definição, que "Nutriente é qualquer substância química consumida normalmente como componente de um alimento, que:
a) proporcione energia, e/ou:
b) seja necessária para o crescimento, desenvolvimento e manutenção da saúde e da vida, e/ou
c) cuja carência faz com que se produza mudanças químicas ou fisiológicas características.

Complementarmente, a Portaria SVS/MS 42/98 veio trazer uma nova definição de alimento, sem obviamente dispor de poderes para anular a definição estabelecida pelo Decreto-Lei. Definiu então alimento como "toda substância que se ingere no estado natural, semi-elaborada ou elaborada, destinada ao consumo humano, incluídas as bebidas e qualquer outra substância utilizada em sua elaboração, preparo ou tratamento, excluídos os cosméticos, o tabaco e as substâncias utilizadas unicamente como medicamentos.".

Se temos duas definições para "alimento", parece coerente dispormos de uma definição, para "nutracêutico", que seja independente e até mesmo diferente da definição estabelecida para "nutriente". Mas qual definição seria essa e como construí-la. Ela poderia ser construída a partir dos produtos existentes no mercado, legalizando o que já se tornou prática comercial corrente. Ou poderia ser construída a partir da bibliografia científica e normativa internacional, particulamente daquilo que estiver sendo recomendado pelo Codex Alimentarius Commission. Ou, ainda, ser construída a partir da criatividade e do conhecimento acumulado pelos pesquisadores e técnicos em vigilância sanitária atuantes no Brasil. Talvez pudesse ser construída mesclando essas três alternativas.


III - Definindo a partir dos exemplos


Para definir a partir da realidade do mercado brasileiro, seria indispensável dispor, de início, de um levantamento completo e de uma análise crítica dessa realidade, de onde se pudesse, pelo menos, construir classificações para os produtos hoje comercializados. Ou seja, classificá-los em termos de suas finalidades (propriedades imunomodulatórias, atividade anti-oxidante, pro-bióticos etc.); classificá-los em termos de suas naturezas (produtos de síntese química, fitoquímicos naturais, alimentos fermentados etc.); e classificá-los em termos de sua característica química (vitaminas, minerais, ácidos graxos poli-insaturados etc.). Uma classificação quanto aos aspectos relacionados com risco toxicológico seria também recomendável.

Todo esse conjunto de conhecimentos organizados - considerando-se também aspectos relacionados com a percepção, a compreensão e as tendências de conduta do público brasileiro - seria fundamental para que a normatização integral, e não apenas uma definição semântica para "nutracêutico", viesse a ser edificada no Brasil.

Como esses produtos estão hoje oferecidos ao consumidor, nas farmácias, nos supermercados, no comércio de rua e em "sites" da internet, em quantidade e variedade que totalizam centenas de diferentes produtos, não faltariam elementos para a realização desse trabalho. E esse levantamento e análise estão sendo realizados, atualmente, pelo LabConsS - Laboratório de Consumo & Saúde - da Faculdade de Farmácia da UFRJ, envolvendo professores, alunos e estagiários, devendo, em breve, oferecer subsídios para uma melhor compreensão desse complexo quadro, bem como devendo oferecer alternativas para ações normatizas cientificamente sustentadas.


IV - Definindo a partir da bibliografia internacional

A bibliografia internacional informa que, em 1996, a Foundation for Innovation in Medicine (FIM), ofereceu a seguinte definição para "nutraceutical" (De Felice, 1996):

a food or parts of foods that provide medical-health benefits including the prevention
and/or treatment of disease. Such products may range from isolated nutrients, dietary
supplements and diets to genetically engineered `designer' foods, functional foods,
herbal products and processed foods such as cereals, soups and beverages.

Ou seja, "Entende-se, por Nutracêutico, um alimento ou parte de alimentos que oferecem benefícios medicinais, incluindo a prevenção e/ou tratamento de doenças. Tais produtos abrangem, de nutrientes isolados, suplementos nutricionais e produtos dietéticos, até alimentos engenheirados ou "desenhados" através da genética, passando por fitoquímicos e ainda por alimentos tais como bebidas, sopas e cereais.".

Já a Agencia de Saúde, do Canadá, por exemplo, assume que:
"Um nutracêutico é um produto isolado ou purificado de alimentos, o qual é vendido sob forma medicinal não usualmente associada com alimento. Um nutracêutico demonstra ter benefício fisiológico ou fornece proteção contra uma doença crônica.".


Pela definição daquela Fundação - e ao contrário do que preconiza o estudo da agência canadense - qualquer alimento, ou parte de alimento, poderia ser enquadrado como nutracêutico, desde que tenha algum benefício à saúde.

Outro obstáculo, bem visível no cenário internacional, é a existência de muitas designações em conflito pois, além de "nutraceutical", são também facilmente encontrados termos como: functional food, medical food, healthy food, designed food e muitos outros, chegando quase a duas dezenas. As companhias farmacêuticas parecem preferir termos como medical foods, nutraceuticals e functional foods, enquanto as indústrias de alimentos estariam optando por nutritional foods e functional foods. E, enquanto as primeiras fazem uso de um approach pelo enfoque da medicina, estas últimas, de alimentos, priorizam o approach nutricional em suas definições de produto e suas campanhas de marketing. Outro conflito já bem visível é que, enquanto os novos alimentos ambicionam ser vendidos no varejo farmacêutico, os novos "medicamentos" ambicionam ser vendidos nos supermercados e outros pontos de varejo de alimentos, o que parece reflexo natural do conceito adotado para o produto: algo no meio do caminho entre comida e medicamento.

E tudo isso já não pode ser visto, então, como uma questão semântica de menor importância. Parece óbvio que a construção do conceito - e seus conseqüentes desdobramentos, principalmente em termos normativos - mexe com um vasto e complexo conjunto de interesses empresariais, o que apenas complica e dificulta o processo de normatização, já em si, do ponto de vista estritamente técnico-científico, já seria por demais complexo e dificultoso.


V - Tentativas frustradas da Legislação Brasileira


Em outubro de 1994 o Ministério da Saúde fez reuniões, com especialistas convidados, para discutir legislação de alimentos para "fins especiais" e, dentro disso que deveria se restringir "dietas especiais" (diabéticos, hipertensos, redução de peso etc.), entendeu de discutir também os chamados "complementos nutricionais". Os convidados opinaram no sentido de se liberar, como "complementos", apenas as vitaminas e minerais, conforme preconizava o Codex Alimentarius, ficando os demais produtos para uma futura normatização, sob a denominação "alimentos funcionais". Contudo, já em março de 1995, o Ministério da Saúde estabeleceu normatização para os complementos e, além das substâncias ou nutrientes reconhecidos (vitaminas e minerais, incluiu produtos diversos, como espirulina, levedo de cerveja, óleo de fígado de cação, lecitina etc. (Portaria SNVS 19/95).

Logo depois, em julho de 1995, essa norma seria substituída por uma versão revista e reduzida, que excluía vários daqueles "complementos", como a lecitina e a espirulina. Via-se, ali, uma primeira frustração na tentativa de padronizar os produtos, dada a dificuldade de estabelecer parâmetros de identidade e qualidade, traduzíveis em indicadores que pudessem ser quantificados através de ensaios laboratoriais válidos para análises de fiscalização e controle. Ou seja, uma norma para óleo de fígado de cação haveria de, no mínimo, oferecer paradigmas que servissem para retirar do mercado as marcas que tentassem fraudar o produto, mediante mistura de óleos convencionais, como soja ou milho. E a Portaria de 1995 não lograva chegar a este mínimo detalhamento.

Cabe salientar que, na primeira versão, o termo Complemento Nutricional foi estabelecido em substituição aos termos Complemento Alimentar, Suplemento Alimentar e Suplemento Nutricional. Já na segunda versão, o termo Suplemento Nutricional foi ressucitado, restringindo-se então a aplicação do termo Complemento Nutricional, de onde se explicaria, então, que diversos produtos, como lecitina, gelatina, espirulina fossem excluídos da norma.

Pelo menos dois seriam os objetivos de uma norma para complementos nutricionais ou para nutracêuticos. De um lado, assegurar a identidade e a qualidade do produto. De outro lado, assegurar uma rotulagem que não induza o consumidor a erros. O Ministério da Saúde continuou estabelecendo e revisando inúmeras normas, nesse campo, desde aquela primeira, de 1995. E nota-se, ao longo dessas tentativas, um nítido processo de transição, com a autoridade sanitária abandonando a intenção de estabelecer padrões de identidade e qualidade, e procurando, ao menos, e restritivamente, cuidar dos aspectos de rotulagem e informação aos consumidores. Tal processo vem culminar com a Portaria SVS 841, de outubro de 1998 onde, em forma de Consulta Pública, a SVS/MS propõe uma regulamentação dos procedimentos de registro de alimentos com alegações de propriedades funcionais em sua rotulagem.

A regulamentação se restringiria aos nutrientes conhecidos na literatura científica atual, mas não listou tais nutrientes, embora, obviamente, não se trate de uma lista por demais extensa, deixando já, de início, aspectos difusos e arbitrários. E limitava as alegações apenas à descrição do "papel fisiológico no crescimento, desenvolvimento e funções normais do organismo". E novamente surge a questão anterior: "não seria mais lógico apresentar logo um quadro dos nutrientes permitidos, bem como das alegações permitidas, inclusive aproveitando para padronizar as palavras, as frases e as próprias dimensões desses "health claims" ou "nutrition claims"?

Como, ao construir a norma, não construiu, dentro dela, esse quadro básico e indispensável, parece razoável se supor que não o fez, justamente, por não dispor, ainda, de uma posição tecnicamente definida e sustentável. Ou seja, a indefinição e a subjetividade da norma expressariam nada mais que a indefinição e a subjetividade do conhecimento disponível. O problema é que a razão do estabelecimento da norma deveria ser exatamente o inverso: botar fim na subjetividade, no casuísmo e na instabilidade reinantes no mercado.

As dúvidas e imprecisões se multiplicam à medida que as fronteiras do assunto se alargam, e isso ocorre quando a Portaria busca definir o que é Alegação de Propriedade Funcional ou de Saúde: "uma declaração direta, indireta ou implícita de que um alimento, nutriente ou outra substância contida num alimento possua relação com uma situação de saúde. De acordo com o Decreto-Lei 986/69, artigo 56, estão excluídos os produtos 'com finalidade medicamentosa ou terapêutica'. Entende-se que finalidade medicamentosa ou terapêutica são as relacionadas a efeitos curativos ou preventivos.".

Abandona-se então o modelo normativo bromatológico - onde a norma estabelece identidade e qualidade para cada produto, como leite, farinha de trigo, iogurte, salsicha, pessego em calda etc. - para adotar um modelo mais próximo do contexto farmacológico. E, em vez de se estabelecer uma norma para cada tipo de nutracêutico, a Portaria estabelece que, para efetuar o registro, o fabricante se obrigaria a apresentar, além de licença de funcionamento, alvará sanitário, formulários, DARF e também o texto e a cópia do layout da rotulagem, um relatório técnico informando:

- Denominação do produto
- Finalidade de uso
- Modo de uso (ingestão recomendada pelo fabricante)
- Descrição científica dos ingredientes, segundo espécie de origem botânica, animal ou mineral.
- Composição e/ou formulação do produto (lista dos ingredientes)
- Composição química e/ou caracterização molecular
- Comprovação de uso tradicional, observado na população, quando for o caso.
- Ensaios nutricionais e ou farmacológicos e ou toxicológicos em animais de experimentação, conforme o caso.
- Ensaios bioquímicos "in vitro" relativos a ação do produto ou componente, quando for o caso.
- Estudos epidemiológicos, quando for o caso
- Ensaios clínicos, quando for o caso.
- Outras evidências científicas existentes em literatura e organismos internacionais de saúde sobre as propriedades e características do produto.
- Descrição da Metodologia analítica para avaliação dos componentes alegados.

Nada disso é novidade. Há mais de trinta anos o Ministério da Saúde se defronta com esse desafio e, para regulamentar os primeiros alimentos para dietas especiais, incluindo os edulcorantes, imaginou ser possível dividi-los em duas categorias: uns seriam para pessoas sãs e, sendo alimentos, seriam registrados como "alimentos dietéticos" na então DINAL - Divisão Nacional de Vigilância Sanitária de Alimentos, da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária. E outros seriam para pessoas com doenças, e seriam assim registrados na DIMED, a Divisão de Medicamentos. Esse mecanismo já mostrou suficientemente, ao longo do tempo, que não dá conta de administrar o fenômeno "alimentos para dietas especiais ou alimentos funcionais" e que, definitivamente, é um modelo classificatório que não funciona, de onde se explicaria, em parte, esse desgastante procedimento de se editar uma norma atrás da outra, uma modificando completamente os fundamentos e premissas da norma anterior, o que torna o sistema normativo incompreensível e inacessível para as empresas e para os profissionais do setor, exceto para aquele pequeno grupo de técnicos e professores envolvidos diretamente no processo.


VI - Tendências e Recomendações


O Codex Alimentarius Commission vem trabalhando na regulamentação internacional das "Declarações de Propriedades Saudáveis". Mas também ali se verifica a existência de uma zona indefinida, agora entre o que se entende por "propriedades saudáveis" e "propriedades funcionais". Muitos países, por exemplo, permitem, na rotulagem, que se destaque a propriedade relativa aos níveis de colesterol sanguíneo, entendendo que isso seja declaração de propriedades funcionais de nutrientes presentes no alimento. Outros países, porém, entendem que o consumidor, ao ler tal mensagem no rótulo, fazem uma associação direta e imediata com a propriedade saudável: a redução do nível de colesterol sanguíneo previne as enfermidades cardíacas. E o que, então, pareceria uma singela informação bromatológica ou nutricional, emerge, na prática, como um poderoso "health claim".

Nesse contexto, a Dinamarca entende que não se deva separar um conceito do outro, quando se trabalha no sentido de regulamentar rotulagem. A Consumers International tem sido ainda mais enfática, defendendo que todas as declarações de propriedades, se vão verdadeiramente beneficiar os consumidores, devem então ser claramente definidas, fáceis de entender, verídicas e capazes de serem cumpridas. E alerta: "O potencial de confundir e induzir os consumidores a erros, perdendo por conseqüência toda confiança nas declarações de propriedades, é muito alto e deve ser evitado a todo custo. Consumidores, de todas as partes do mundo, têm indicado que existe confusão e falta de confiança na maneira em que se empregam muitas declarações de propriedades.".

A Resolução nº 16, de 30 de abril de 1999, da ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, parece uma tentativa de resolver, pelo menos temporariamente, os conflitos que não conseguiu equacionar com as normas anteriores. Para isso, inaugurou um novo termo; já não nutracêutico, engineered or designed food, mas "alimentos e/ou novos ingredientes", assumindo para estes, mas dali alertando estar excluindo os aditivos e coadjuvantes de tecnologia de fabricação, a seguinte definição:

ALIMENTOS E OU NOVOS INGREDIENTES: são os alimentos ou
substâncias sem histórico de consumo no País, ou alimentos com
substâncias já consumidas, e que entretanto venham a ser adicionadas ou
utilizadas em níveis muito superiores aos atualmente observados nos
alimentos utilizados na dieta regular.

O fato de definir, usando termos que não têm definição, ou criando categorias que não podem ser depois implementadas de forma objetiva - na medida que não apresenta a listagem do que entende por alimentos ou substâncias com histórico de consumo no País, nem indica onde ela pode ser encontrada ou a quem compete decidir o que se enquadra ou deixa de se enquadrar nessa categoria - parece, infelizmente, repetir o mesmo equívoco ou, no mínimo, a mesma limitação que terminou inviabilizando todas as normatizações anteriores.

Novos capítulos e novas normas certamente continuarão sendo escritas, inclusive porque novas percepções, novos conceitos e novos produtos continuarão surgindo na sociedade e no mercado. Mas a existência de um quadro, estabelecendo quais são os nutrientes e o que pode ser anunciado, para cada um deles, nos respectivos rótulos, e definindo com que palavras e onde e como isso pode estar escrito, certamente resolveria a maior parte dos problemas hoje existentes.

Para os demais problemas, particularmente aqueles que envolvem substâncias que não são, pelo menos ainda, consideradas nutrientes convencionais, seriam necessárias medidas mais específicas. E mesmo essas enfrentarão sérios obstáculos operacionais, pois é notório que não basta regulamentar a rotulagem, pois tanto no Brasil, como também na Europa e nos Estados Unidos, tem sido prática usual adicionar, ao que o rótulo oficial informa, folhetos promocionais, que são disponibilizados na própria loja, e onde então se registram várias propriedades funcionais e medicinais que, sem comprovação científica, estão proibidas de transcrição nos rótulos.

VII - Referências Bibliográficas

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA Aprova o regulamento técnico que estabelece as diretrizes básicas para análise e comprovação de propriedades funcionais e ou de saúde alegadas em rotulagem de alimentos. Resolução nº 18, de 3 de dezembro de 1999.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA. Aprova o regulamento técnico de procedimentos para registro de alimento com alegação de propriedades funcionais e ou de saúde em sua rotulagem. Resolução nº 19, de 10 de dezembro de 1999.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA.. Aprova o regulamento técnico de procedimentos para registro de alimentos e ou novos ingredientes. Resolução nº 16, de 3 de dezembro de 1999.
BRASIL, Decreto-Lei nº 986 de 21, de outubro de 1969. Institui Normas Básicas sobre Alimentos. Diário Oficial da União, 21 de outubro de 1969.
CÂNDIDO & CAMPOS, . Alimentos Funcionais - Uma Revisão. Bol. SBCTA,v.29, n.2, p.107, 1995.
Comité del Codex sobre Etiquetado de Alimentos. CX/FL 98/10. Anteproyecto de recomendaciones para el uso de declaraciones de propiedades saludables. Comentarios de gobiernos en el trâmite 3. Ottawa, mayo de 1998.
DeFelice, S. L. The need for a research-intensive nutraceutical industry: what can congress do? (the claims research connection). In S. Shaw (Ed.), Functional food, nutraceutical or pharmaceutical? 15-26 p. London:IBC, 1996.
GARY et al. Food Safety and Health Claims. Food Technology, may, p.92, 1994.
GISMONDO MR; DRAGO L; LOMBARDI A . Review of Probiotics Available to Modify Gastrointestinal Flora. Int J Antimicrob Agents, v..12, n.4, p. 287, aug., 1999.
NANCY, M. Functional Foods and Market Entry. The World of Ingredients, out/nov, p. 36, 1994.
PARK, Y.K. et al. Recentes Progressos dos Alimentos Funcionais. Bol SBCTA, v.31, n.2, p.200, 1999.
PETER FÜRST. Moderated discussion. American Journal of Clinical Nutrition, v.71, n.6: 1688S-1690S, june, 2000
ROBERFROID, M.B. What is beneficial for Health? The Concept of Functional Food. Food and Chemical Toxicology, n.37, p.1039, 1999.

Autores:
Luiz Eduardo Carvalho, professor da Faculdade de Farmácia da UFRJ (luizeduardo@ufrj.br)
Mirian Ribeiro Leite Moura, Departamento de Produtos Naturais e Alimentos (mmirian@pharma.ufrj.br)




Fonte:
ACD UFRJ.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Compostagem

Este processo requer que cada indivíduo dentro da sua própria casa desenvolva um método de processar restos de jardim, principalmente folhas e aparas de relva. Se forem galhos, mato, toras de madeira, também funciona. O método mais simples requer a disposição do material numa pilha que vai ser regada e revolvida ocasionalmente, tendo em vista a promoção de umidade e oxigênio aos microorganismos da mistura. Durante o período de compostagem (que poderá levar um mês ou um ano), o material empilhado sofre decomposição por intermédio de bactérias e fungos até a formação de húmus. Quando este material composto se encontrar estabilizado biologicamente, poderá ser usado para correção de solos ou como adubo.
É importante salientar que sistemas imaginativos de compostagem em jardins têm sido desenvolvidos com grande êxito, devido a facilidade em construir o sistema.

COMO FAZER:
1. Recolha folhas, erva e aparas de jardim;

2. Coloque num monte ou caixote;

3. Salpicar com água, mantendo a umidade.
Para uma compostagem rápida (1-3 meses) alternar camadas de misturas verdes e materiais secos. Para arejar o empilhado, remexa e retalhe os materiais em bocados mais pequenos e umedeça-os. Para uma compostagem lenta (3-6 ou mais meses) adicionar, continuamente, material ao caixote e manter a umidade.

Observação:
Restos de comida, serão bem vindos, mas alimentos de origem animal (carne) podem atrair ratos e pragas do gênero.

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Fonte: RUSSO, Renato.
Disponível em: http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/m_a_txt10.htm

Fonte: TV Alterosa

sábado, 3 de janeiro de 2009

Pão essênio salgado

Ingredientes

- 250g de trigo germinado de um dia;
- sal a gosto;
- uma pitada de orégano;
- uma pitada de zathar;
- 50g nozes hidratadas.

Modo de Fazer

Processar o trigo e reservar numa tigela. Em seguida processar as nozes hidratadas e adiciona-las a tigela do trigo. Acrescentar os demais ingredientes. Misturar bem até ficar homogêneo e sovar. Se necessário, adicionar um pouco de água no pão. Por fim, abrir a massa sobre um vidro e desidratar no sol ou repetidas vezes num forno bem quente e desligado. Cortar a massa em quadradinhos e virar o pão para desidratá-lo também do lado que havia ficado para baixo.

Fonte: TV Alterosa

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