A ciência só não conseguiu explicar até hoje um milagre do açaí: quem consome a frutinha fica com o coração um pouquinho paraense.
Açaí Abençoado. Açaí do Bom. Super Açaí. Em Belém do Pará, em cada
esquina, um elogio aos poderes do açaí. E não é para menos: é a base da
comida paraense.
Alimento de qualidade que não falta na casa de Joubert, que vive da produção da fruta. No Pará, se come com farinha. Pode ser a qualquer hora. Café da manhã, lanche, almoço ou jantar.
É um hábito que uma cardiologista da Universidade Federal do Pará decidiu investigar. O açaí faz mesmo tão bem?
O primeiro resultado foi a descoberta de novos consumidores, que gostaram e se lambuzaram. Os pesquisadores compararam dois grupos de coelhos, os que tomaram e os que não tomaram açaí. E depois fizeram exames clínicos.
“Chegamos à conclusão que o açaí pode ser benéfico, pode melhorar doenças cardiovasculares. Pode impedir que o colesterol suba muito, pode impedir que os triglicerídios subam muito”, aponta Claudine Alves Feio, cardiologista da UFPA.
A pesquisadora explica que isso se deve aos fitoesteróis, substâncias presentes em quantidade no açaí.
“Esta substância vai competir na parede do intestino com o colesterol. Ela tem maior afinidade para penetrar na parede do que o colesterol. Então, ela penetra no lugar do colesterol e o colesterol é eliminado através das fezes”, explica Claudine.
Qualidades como estas fizeram a fama do açaí mundo afora e estão fazendo uma cidade ficar cada vez mais famosa. Igarapé Mirim, a capital mundial do açaí. É o município que mais produz açaí no Brasil.
É onde mora o agricultor Joubert Pantoja, com a família. “Eu não troco este meu açaizal aqui por qualquer tipo de profissão. Mudou minha vida”, afirma.
Toda a área onde Joubert tem a sua produção era um canavial 20 anos atrás. Hoje, a plantação de açaí convive com outras espécies, num sistema que ajuda a preservar as plantas nativas. Só quem alcança os galhos mais altos é o peconheiro. É coisa de especialista. É preciso força e muita habilidade. Em pouco tempo, vários galhos são colhidos.
“Catando de pouquinho em pouquinho, a gente faz um volumezinho e leva para a feira da cidade”, diz Joubert.
Na feira, tem movimento toda madrugada. É a feira do açaí em Belém. Ao lado do Mercado Ver-o-Peso.
Baía do Guajará, 4h manhã, começam a chegar os barcos que percorreram vários rios da Amazônia. É hora de receber o presente que vem da floresta, o açaí está chegando para ser vendido no Mercado Ver-o-Peso.
No passado, um cesto valia R$ 0,50. Hoje, este é valor que Josivaldo recebe só pelo transporte de um cesto destes do barco para a feira.
Um grupo prefere descarregar com trabalho cooperativo. O trabalho parece que vai ainda mais rápido. Olhando parece fácil, mas eles jogam 14kg pelos ares. Para quem não está acostumado, é difícil até levantar um cesto destes de açaí.
O Luis e a Rosangela comandam o restaurante dos funcionários de uma grande companhia. É uma correria para alimentar tantas pessoas e os dois acabam se descuidando da própria alimentação.
“Quando dá 10h45, eu gosto de experimentar como está o sabor, a textura, o tempero”, diz Luís Fabri, empresário.
O resultado foi colesterol alto demais. No ano passado, a doutora propôs a eles uma reeducação alimentar. Eles passaram a consumir mais saladas e comidas integrais. Como a dieta não surtiu todo o efeito desejado, há dois meses, ela sugeriu um novo desafio para eles.
“Depois do trabalho que ela fez na universidade, ela nos propôs se a gente queria entrar neste projeto que era substituir o remédio pelo açaí”, conta Luís Fabri.
Luis, catarinense, não tinha o hábito. Eles tomaram o açaí durante um mês, como lanche no meio da manhã, sem açúcar, e muito menos farinha. E mantiveram a alimentação equilibrada.
“Eu estou aqui com os exames laboratoriais de vocês. Por exemplo, houve uma redução de 19% no seu colesterol. E de triglicerídeos uma redução de 23%. A Rosangela teve uma redução de 18% no colesterol, e dos triglicerídeos 32%”, conta a médica.
“Eu fiquei surpresa, porque meus trigicerídeos estavam só aumentando. Tomei o açaí e está melhorando. A doutora só me dá respostas boas”, afirma Rosângela Maia, empresária.
A ciência só não conseguiu explicar até hoje um milagre do açaí: quem consome a frutinha fica com o coração um pouquinho paraense.
“Sou apaixonado por este estado maravilhoso, mas o açaí, com certeza, prende mais a gente aqui”, completa Luís.
Fonte: G1
Alimento de qualidade que não falta na casa de Joubert, que vive da produção da fruta. No Pará, se come com farinha. Pode ser a qualquer hora. Café da manhã, lanche, almoço ou jantar.
É um hábito que uma cardiologista da Universidade Federal do Pará decidiu investigar. O açaí faz mesmo tão bem?
O primeiro resultado foi a descoberta de novos consumidores, que gostaram e se lambuzaram. Os pesquisadores compararam dois grupos de coelhos, os que tomaram e os que não tomaram açaí. E depois fizeram exames clínicos.
“Chegamos à conclusão que o açaí pode ser benéfico, pode melhorar doenças cardiovasculares. Pode impedir que o colesterol suba muito, pode impedir que os triglicerídios subam muito”, aponta Claudine Alves Feio, cardiologista da UFPA.
A pesquisadora explica que isso se deve aos fitoesteróis, substâncias presentes em quantidade no açaí.
“Esta substância vai competir na parede do intestino com o colesterol. Ela tem maior afinidade para penetrar na parede do que o colesterol. Então, ela penetra no lugar do colesterol e o colesterol é eliminado através das fezes”, explica Claudine.
Qualidades como estas fizeram a fama do açaí mundo afora e estão fazendo uma cidade ficar cada vez mais famosa. Igarapé Mirim, a capital mundial do açaí. É o município que mais produz açaí no Brasil.
É onde mora o agricultor Joubert Pantoja, com a família. “Eu não troco este meu açaizal aqui por qualquer tipo de profissão. Mudou minha vida”, afirma.
Toda a área onde Joubert tem a sua produção era um canavial 20 anos atrás. Hoje, a plantação de açaí convive com outras espécies, num sistema que ajuda a preservar as plantas nativas. Só quem alcança os galhos mais altos é o peconheiro. É coisa de especialista. É preciso força e muita habilidade. Em pouco tempo, vários galhos são colhidos.
“Catando de pouquinho em pouquinho, a gente faz um volumezinho e leva para a feira da cidade”, diz Joubert.
Na feira, tem movimento toda madrugada. É a feira do açaí em Belém. Ao lado do Mercado Ver-o-Peso.
Baía do Guajará, 4h manhã, começam a chegar os barcos que percorreram vários rios da Amazônia. É hora de receber o presente que vem da floresta, o açaí está chegando para ser vendido no Mercado Ver-o-Peso.
No passado, um cesto valia R$ 0,50. Hoje, este é valor que Josivaldo recebe só pelo transporte de um cesto destes do barco para a feira.
Um grupo prefere descarregar com trabalho cooperativo. O trabalho parece que vai ainda mais rápido. Olhando parece fácil, mas eles jogam 14kg pelos ares. Para quem não está acostumado, é difícil até levantar um cesto destes de açaí.
O Luis e a Rosangela comandam o restaurante dos funcionários de uma grande companhia. É uma correria para alimentar tantas pessoas e os dois acabam se descuidando da própria alimentação.
“Quando dá 10h45, eu gosto de experimentar como está o sabor, a textura, o tempero”, diz Luís Fabri, empresário.
O resultado foi colesterol alto demais. No ano passado, a doutora propôs a eles uma reeducação alimentar. Eles passaram a consumir mais saladas e comidas integrais. Como a dieta não surtiu todo o efeito desejado, há dois meses, ela sugeriu um novo desafio para eles.
“Depois do trabalho que ela fez na universidade, ela nos propôs se a gente queria entrar neste projeto que era substituir o remédio pelo açaí”, conta Luís Fabri.
Luis, catarinense, não tinha o hábito. Eles tomaram o açaí durante um mês, como lanche no meio da manhã, sem açúcar, e muito menos farinha. E mantiveram a alimentação equilibrada.
“Eu estou aqui com os exames laboratoriais de vocês. Por exemplo, houve uma redução de 19% no seu colesterol. E de triglicerídeos uma redução de 23%. A Rosangela teve uma redução de 18% no colesterol, e dos triglicerídeos 32%”, conta a médica.
“Eu fiquei surpresa, porque meus trigicerídeos estavam só aumentando. Tomei o açaí e está melhorando. A doutora só me dá respostas boas”, afirma Rosângela Maia, empresária.
A ciência só não conseguiu explicar até hoje um milagre do açaí: quem consome a frutinha fica com o coração um pouquinho paraense.
“Sou apaixonado por este estado maravilhoso, mas o açaí, com certeza, prende mais a gente aqui”, completa Luís.
Fonte: G1
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