É mais que um estilo de vida saudável!!!
O consumo de brotos e sementes ajuda na absorção da força vital
Aproveitar toda a potencialidade dos vegetais e ter um maior contato
com o alimento desde o seu cultivo, prezando pela sustentabilidade. Ser
responsável não apenas em prevenir doenças, mas também promover a saúde
de um modo mais amplo. Essas são apenas algumas das características da
alimentação viva, que considera a vitalidade dos alimentos como fonte de
energia e bem-estar.
Alimentos germinados resgatam o ritmo perdido pelo cotidiano acelerado
É evidente que optar por frutas, legumes e verduras é essencial para
seguir um estilo de vida mais saudável. Entretanto, a culinária viva
propõe mais que a simples análise e ingestão dos conteúdos bioquímicos,
como vitaminas e minerais. É preciso despertar o vigor inerente aos
alimentos naturais, resgatando os ritmos essenciais perdidos em
consequência do cotidiano acelerado. Como isso é possível? Germinando e
fazendo brotar as sementes.
A médica e ambientalista Maria
Luiza Branco, idealizadora e coordenadora do projeto Terrapia, na Escola
Nacional de Saúde Pública (ENSP), explica que a semente é como o bebê
de uma planta e representa toda a força do início da vida, mobilizando
vitalidade e transformação que o ser humano pode absorver para si ao
fazê-la brotar.
Prova dos benefícios, Maria Luiza Branco conta
que a sua busca por uma dieta mais saudável começou há 17 anos, devido a
uma disfunção no pâncreas que resultou em uma hipoglicemia crônica,
acompanhada de um descolamento de retina, prejudicando a visão do olho
direito. De lá pra cá, percebeu que cuidar da dieta vai além do simples
ato de se alimentar. Com a ajuda da irmã, a professora Ana Branco,
passou a descobrir os encantos da alimentação viva.
"O que me
tocou profundamente foi a rapidez da resposta por conta da alimentação.
No começo, dediquei a minha dieta somente à alimentação viva. Em 15
dias, eu já notava a melhora. Depois de 3 meses, já não tinha mais
nenhum sintoma. O bonito é que eu voltei a enxergar, apesar de ter sido
um caso considerado irreversível", diz.
O mesmo aconteceu com a
médica acupunturista Fátima Uchoa. Adepta da alimentação viva há cinco
anos, conseguiu não só melhorar sua saúde, como também incentivar seus
pacientes a buscar hábitos de vida mais saudáveis, começando pela
alimentação. Ela afirma que não demorou muito para que as melhorias
fossem percebidas.
"Notei que a desintoxicação, por meio da
alimentação viva, poderia auxiliar os meus pacientes. Então foi possível
fazer com que eles voltassem à velha rotina e a viver melhor, sem
dores".
Como germinar
Maria Luiza Branco ressalta que,
dependendo do tipo de semente, existem três formas de germinar: na
água, no ar e na terra. Mas antes disso, o primeiro passo é lavar todas
as sementes e deixá-las de molho dentro da água por aproximadamente oito
horas.
No ar, a germinação pode ser com amendoim e centeio,
por exemplo. Após o preparo para a germinação, é preciso escorrer a água
e lavar bem as sementes por cinco vezes. Então, coloca-se um vidro com a
semente úmida em um local inclinado em 45 graus, de maneira que seja
possível pegar ar, escorrer o excesso de água e ficar na sombra. Além
disso, deve-se lavar bem (cinco vezes) de manhã e à noite, retornando ao
local inclinado. As sementes estarão prontas para comer quando
estiverem com um "narizinho para fora" (cerca de 24h).
Já na
germinação em água com amêndoas, nozes e castanhas, as sementes que
germinam na água continuarão imersas. Atenção para trocar a água duas
vezes por dia. Após aparecer o narizinho, pode-se comer. A duração
depende da espessura das cascas.
Por fim, os brotos, na terra,
(girassol, linhaça, ervilha, trigo). Após o primeiro passo, as sementes
irão germinar no ar, acelerando o processo de cultivo. Com o "narizinho
para fora", deve-se espalhá-las sobre uma bandeja com furos embaixo e
três centímetros de terra. Cubra as sementes com pouca terra peneirada e
regue. No início, coloque em um local sombreado e, quando crescidas, no
sol. Regue regularmente sem encharcar. Os brotos estarão prontos para
comer quando aparecerem as duas primeiras folhas ou, no caso das gramas
(trigo), quando alcançarem 15 centímetros.
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1313512
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