sexta-feira, 10 de junho de 2011

Calúnia contra os alimentos

Calúnia contra os alimentos crus

O que ocorre na Alemanha é uma campanha vergonhosa contra os alimentos naturais, orgânicos e vivos. Toda acusação de hortaliças, pepinos e dos brotos de sementes germinadas é improcedente. Isto é um abuso. Todos os que conhecem microbiologia sabem as cepas letais de Escherichia coli e bactérias em geral crescem em matéria desvitalizada - como laticínios e carne.

Os alimentos vivos são aqueles que contam com o menor número de bactérias por grama (500 unidades), quando comparados a qualquer outro tipo de alimento.

Esta campanha visou desviar a atenção da opinião pública mundial do verdadeiro pivô da crise: a carne de porco. Neste momento, todas as mostras de carne infectada devem estar devidamente incineradas e enterradas. Uma verdadeira operação foi montada para evitar a real notícia, que levaria à quebra da industria de carne de porco. Trata-se do alimento mais importante do país mais importante da comunidade européia.

O governo alemão destina agora 200 milhões de euros (346 milhões de reais) aos agricultores prejudicados, para acalmar os ânimos. Um preço barato, quando comparado ao prejuízo que ocorreria após a veiculação do verdadeiro culpado pelas mortes.

O governo alemão já afirma que "o real causador da doença poderá não ser identificado". Pedem para que acreditemos em Papai Noel! A Alemanha, com seus laboratórios altamente sofisticados e sistemas avançados de rastreamento sabe muito bem o causador da epidemia letal. Mas não pode veicular a verdade, o que levaria a uma crise sem precedentes e um efeito econômico "dominó", na já combalida Europa.

E quem paga pelos efeitos morais e éticos? Um governo aparentemente sério como o da Alemanha aponta o dedo contra um tipo de alimento! Isso deixa marcas por dezenas de anos e mesmo até gerações. Se observarmos bem, já existe uma falsa idéia de que alimentos crus possam conduzir doenças.

A maioria das pessoas que ingere carne, leite e muitos alimentos deteriorados, todos eles "cozidos", pensa estar protegida. Mas podem haver até um bilhão de bactérias em um prato cozido que você come na rua. Ninguém traz isso à tona. Por milagre, e por eficiência dos sistemas imunes intestinais, sobrevivemos a estes ataques.

Mesma sorte não tiveram aqueles que ingeriram hamburgueres da rede Burger King em Seattle, nos Estados Unidos. Foram 200 mortes causadas por E.Coli H 520. Mas as industrias se aproveitam da pouca memória e mesmo da falta de informação das pessoas.

Lançaram esta calúnia contra os alimentos crus. É como inocentar um assassino adulto e armado e jogar a culpa em uma criança que brinca no parque.

A falácia sobre alimentos crus vem da idade média, quando ratos caminhavam entre os alimentos e havia fezes nas ruas da Europa. Coisa dos tempos do cólera, da Inquisição.

É hora de virar a página. Estamos no século XXI. Segurança alimentar é alimento vegetal - cru, vivo, orgânico e natural. O resto é hipocrisia e interesses financeiros.

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Alberto P. Gonzalez, médico
http://www.doutoralberto.com/


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2 comentários:

Eva disse...

É muito bom pudermos tomar conhecimento de opiniões que não servem os interesses económicos que nos comandam. Parabéns pelo vosso trabalho, que nos abre os olhos para tantas incongruências.
Eva, Portugal.

Daisy disse...

Márcia,

Obrigada por partilhar!
Eu nunca acreditei que pudesse vir dos alimentos crus, biológicos - até me fez lembrar um episódio do CSI Miami em que a equipa investigava as mortes nunca cadeia de fast-food (!!) e descobriu-se que as alfaces tinham uma elevada concentração de E. Coli, mas a bactéria não se tinha desenvolvido nos vegetais, vinha na água da rega, que por sua vez partilhava canos com a água de um matadouro! lá está - carne morta, ambiente ideal para o desenvolvimento da bactéria.

Já reencaminhei para a minha lista de contactos.

Um abraço,
Susana M.

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