quinta-feira, 30 de abril de 2009
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Saber comer
Foi com muita honra que o Leite da Terra aceitou o convite para estar presente no programa Saber Comer da RTPI.
Dia 5 de Maio as 10 da manhã lá estaremos.
Género: Artes e Cultura
Ficha Técnica:
Origem: Portugal - 2008
Autoria: Maria José Dionísio
Produção: RDP Internacional
Realização: Maria José Dionísio
Ficha Técnica:
Origem: Portugal - 2008
Autoria: Maria José Dionísio
Produção: RDP Internacional
Realização: Maria José Dionísio
Marcadores:
Entrevista
terça-feira, 28 de abril de 2009
PANCREATITE
É a inflamação do pâncreas e do conduto pancreático, obstruindo-se assim a passagem das enzimas que são lançadas no intestino delgado e alterando-se a produção de insulina, que é o hormônio que regula o metabolismo do açúcar.
Os sintomas mais comuns são:
- Dor ao redor do umbigo, irradiando-se para a parte superior.
- Gases estomacais.
- Náuseas e Vômitos.
- Febre
- Hipertensão - pressão alta
- Dor muscular
* Uma vez que as enzimas não são lançadas no intestino delgado, produz-se uma constipação produzida pelas gorduras não digeridas. Outro problema que ocorre é o diabete.
Causas: As mais freqüentes são a formação de cálculos, tumores, infecção viral, alcoolismo, obesidade, má nutrição, drogas, etc.
Tratamento: O tratamento recomendado para restabelecer as funções do pâncreas são: Ingerir cromo - o Levedo de Cerveja o contém, cálcio, magnésio, ginseng, suco de Aloe, lecitina, vitaminas do complexo B e vitaminas C e E - esta é um importante antioxidante e reparador dos tecidos.
Terapia Nutricional :
- Ginseng
- Aloe Vera Gel
- Vitaminas do complexo B
- Multiminerais - em especial Cálcio, Magnésio e Germânio
- Beta-caroteno com vitamina E
- Vitamina C
- Lecitina
fonte:Phitoherb
Marcadores:
Patologia - Pancreas
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Brócolos podem combater germes
Estudo usou 50 voluntários infectados com germe. Grupo que comeu brócolos reagiu melhor à infecção.
Num estudo publicado na edição de Abril da revista especializada «Cancer Prevention Research», investigadores examinaram 50 pessoas infectadas com o germe Helicobacter pylori, e dividiram-nas em dois grupos.
Durante oito semanas, um grupo comeu até cem gramas de brócolos por dia, enquanto o outro consumiu uma quantidade equivalente de alfafa.
Utilizando exames padronizados de sangue e fezes, os pesquisadores descobriram que o grupo dos brócolos reduziu significativamente os níveis de infecção do H. pylori, enquanto os níveis no grupo de controlo permaneceram inalterados.
Existem tratamentos antibióticos para infecção por H. pylori, mas Jed W. Fahey, co-autor do estudo e investigador no Johns Hopkins, aponta que os medicamentos nem sempre são efectivos e podem causar efeitos colaterais desagradáveis.
«Estamos animados com os resultados, mas temos de ser cautelosos para não interpretá-los demais», disse Fahey. «Uma redução no H. pylori deveria levar a uma redução na inflamação, mas não provamos isso neste pequeno experiência clínica». Ainda assim, acrescentou, «numa escala de saúde pública, uma mudança relativamente pequena nos hábitos alimentares pode ter um grande efeito em doenças crónicas.»
2009-04-16
tags:alimentação crua - alimentação solar - alimentação viva - crudivorismo - David Wolfe, brocolos
Fonte: Sapo Saude
Num estudo publicado na edição de Abril da revista especializada «Cancer Prevention Research», investigadores examinaram 50 pessoas infectadas com o germe Helicobacter pylori, e dividiram-nas em dois grupos.
Durante oito semanas, um grupo comeu até cem gramas de brócolos por dia, enquanto o outro consumiu uma quantidade equivalente de alfafa.
Utilizando exames padronizados de sangue e fezes, os pesquisadores descobriram que o grupo dos brócolos reduziu significativamente os níveis de infecção do H. pylori, enquanto os níveis no grupo de controlo permaneceram inalterados.
Existem tratamentos antibióticos para infecção por H. pylori, mas Jed W. Fahey, co-autor do estudo e investigador no Johns Hopkins, aponta que os medicamentos nem sempre são efectivos e podem causar efeitos colaterais desagradáveis.
«Estamos animados com os resultados, mas temos de ser cautelosos para não interpretá-los demais», disse Fahey. «Uma redução no H. pylori deveria levar a uma redução na inflamação, mas não provamos isso neste pequeno experiência clínica». Ainda assim, acrescentou, «numa escala de saúde pública, uma mudança relativamente pequena nos hábitos alimentares pode ter um grande efeito em doenças crónicas.»
2009-04-16
tags:alimentação crua - alimentação solar - alimentação viva - crudivorismo - David Wolfe, brocolos
Fonte: Sapo Saude
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Brocolos
Dia da Terra
Sete pecados da insustentabilidade do desenvolvimento em Portugal
22 de Abril de 2009,
22 de Abril de 2009,
No Dia da Terra, a associação Quercus identifica o que considera serem os maiores problemas de desenvolvimento sustentável que Portugal apresenta, alertando para as principais questões de fundo na área do ambiente que afectam o nosso País.
1. Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável - no esquecimento
Oito meses após a realização da Cimeira das Nações Unidas sobre o Ambiente e o Desenvolvimento em Joanesburgo continua-se sem notícias do prometido Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável. Temos assim uma Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável que foi feita apressadamente para respeitar os compromissos europeus, mas que na prática de nada vale. A integração das valências sociais, económicas, ambientais e institucionais, aglutinando os Planos e Estratégias das diferentes áreas do Governo numa perspectiva de longo prazo, parece ser um objectivo cada vez mais longínquo, falhando assim as promessas do Sr. Primeiro-Ministro anunciadas na altura da Cimeira da Terra. No Dia da Terra, o esquecimento do desenvolvimento sustentável, quer no discurso, quer na prática governamental e autárquica, onde as medidas anunciadas contrariam uma lógica de soluções de raiz e de montante, é sem dúvida uma das maiores falhas.
2. Ordenamento do Território – remodelação do financiamento às autarquias
Numa altura em que o Governo resolveu reformular as taxas relativas ao Imposto de Sisa e Contribuição Autárquica, é importante sim desenvolver toda uma reflexão sobre o modo de distribuição do financiamento público de forma a contrariar o contínuo estímulo a mais e mais construção. Isto é, é fundamental uma nova Lei de Finanças Locais, onde uma componente ambiental ganhe uma forte ponderação, de modo a permitir que autarquias que tenham áreas com fortes limitações à construção e com importantes valores naturais e paisagísticos sejam claramente favorecidas, em detrimento de um critério que não se baseie essencialmente o número de habitantes e a área ocupada.
3. Energia – Portugal aumenta drasticamente a sua intensidade energética
Numa altura de recessão económica, com um decréscimo do Produto Interno Bruto durante alguns meses, Portugal apresenta uma situação inédita - de acordo com resultados preliminares anunciados recentemente em várias conferências, o consumo de energia entre Janeiro de 2002 e Janeiro de 2003 aumentou mais de 8%. Portugal, que já era o país europeu com pior desempenho em termos de intensidade energética, vê-se assim numa situação ainda mais grave; a intensidade energética é um indicador do consumo de energia em relação ao PIB, significando assim que estamos a consumir muito mais energia face ao desenvolvimento económico que apresentamos. Por outras palavras, estamos a desperdiçar cada vez mais recursos e energia. Ao contrário de haver uma política com forte incidência na contenção da procura de energia, continua-se, por exemplo no sector da produção de electricidade, a justificar que o que é necessário é ter maior capacidade de produção, nomeadamente com a defesa da construção da Barragem do Sabor, destruindo mais uma fracção do património natural valioso do País.
4. Transportes –maior gasto energético, mais emissões, mais congestionamento, mais ruído
Portugal não parece querer implementar as medidas de redução das emissões de gases poluentes, nomeadamente dos responsáveis pelo agravamento do efeito de estufa/alterações climáticas. Com concentrações de alguns poluentes muito acima dos limites da legislação europeia. No que respeita às grandes cidades, o tráfego rodoviário surge como a principal actividade responsável pelo agravamento da situação. Portugal é um dos cinco países que caminha para uma maior insustentabilidade na área dos transportes. A par da Bélgica, Espanha, Grécia, Itália, o volume de passageiros e de carga em relação ao PIB, aumentou na década de 90, em vez de diminuir, o que mostra uma maior ineficiência no transporte de pessoas e bens. Portugal está a meio da tabela no que respeita à utilização do automóvel privado por comparação com outros países europeus, mas é o quarto com maior peso no transporte de mercadorias por via rodoviária.
5. Recursos hídricos – 3 100 000 000 000 litros de água desperdiçados anualmente em Portugal
No Ano Internacional das Águas Doces declarado pelas Nações Unidas, é importante lembrar um dos aspectos mais importantes da gestão de recursos hídricos - a poupança da água ou o seu uso eficiente. Desde a sua aprovação pelo anterior Governo em Dezembro de 2001, um dos mais importantes instrumentos para a poupança da água está na gaveta - o Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água. Este programa descreve detalhadamente 87 medidas, das quais 50 destinam-se ao sector urbano, 23 ao sector agrícola e 14 ao sector industrial, sendo que várias das medidas do sector urbano se aplicam também ao sector industrial. Os maiores desperdícios de água verificam-se na agricultura - 2 750 milhões de metros cúbicos (88% do total de perdas), sendo o abastecimento para consumo humano e a indústria responsáveis respectivamente por 8% e 4% das restantes perdas.
6. Conservação da Natureza – Rede Natura sem ordenamento, cedência total no ordenamento dos Parques Naturais
Muitos dos objectivos cruciais da Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade continuam por concretizar. Continuamos com atrasos na realização e implementação de Planos de Ordenamento do Território para a grande maioria das nossas áreas protegidas, a que se acrescenta a necessidade de ordenar as novas áreas agora incluídas na Rede Natura 2000. No que respeita às discussões públicas associadas por exemplo aos Planos de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida e do Guadinana, o Ministério do Ambiente está a fazer cedências inacreditáveis nas áreas da construção, pesca, recreio, pondo em causa directamente a preservação dos valores naturais que motivaram a classificação como Área Protegida, ou o respeito pela legislação europeia relativa à Rede Natura.
7. Resíduos – reutiliza-se menos, recicla-se apenas um pouco mais, e quer-se incinerar muito mais
A reutilização das embalagens (embalagens com tara de retorno), depois de medidas legislativas tomadas no final da década de 90, deixou de fazer parte das prioridades de gestão de resíduos e é cada vez menor. A reciclagem de resíduos urbanos está longe do desejável e daquilo que seria possível fazer. A queima de resíduos, uma solução de fim de linha, é afinal a solução que infelizmente se preconiza. Quando o desejável seria a promoção da transformação da matéria fermentável (quase 50% dos resíduos urbanos) em composto agrícola, com ou sem aproveitamento energético, a quantidade de resíduos per capita não pára de aumentar, a reciclagem é de apenas alguns pontos percentuais do total de resíduos e a solução simplista que se quer desenvolver é a incineração, com instalações previstas para a Região Centro e S. Miguel nos Açores, o início de funcionamento da instalação da Madeira, para além eventual da expansão das unidades existentes em Lisboa e Porto.
Artigo: Naturlink - Direcção Nacional da Quercus/ Associação Nacional de Conservação da Natureza
1. Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável - no esquecimento
Oito meses após a realização da Cimeira das Nações Unidas sobre o Ambiente e o Desenvolvimento em Joanesburgo continua-se sem notícias do prometido Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável. Temos assim uma Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável que foi feita apressadamente para respeitar os compromissos europeus, mas que na prática de nada vale. A integração das valências sociais, económicas, ambientais e institucionais, aglutinando os Planos e Estratégias das diferentes áreas do Governo numa perspectiva de longo prazo, parece ser um objectivo cada vez mais longínquo, falhando assim as promessas do Sr. Primeiro-Ministro anunciadas na altura da Cimeira da Terra. No Dia da Terra, o esquecimento do desenvolvimento sustentável, quer no discurso, quer na prática governamental e autárquica, onde as medidas anunciadas contrariam uma lógica de soluções de raiz e de montante, é sem dúvida uma das maiores falhas.
2. Ordenamento do Território – remodelação do financiamento às autarquias
Numa altura em que o Governo resolveu reformular as taxas relativas ao Imposto de Sisa e Contribuição Autárquica, é importante sim desenvolver toda uma reflexão sobre o modo de distribuição do financiamento público de forma a contrariar o contínuo estímulo a mais e mais construção. Isto é, é fundamental uma nova Lei de Finanças Locais, onde uma componente ambiental ganhe uma forte ponderação, de modo a permitir que autarquias que tenham áreas com fortes limitações à construção e com importantes valores naturais e paisagísticos sejam claramente favorecidas, em detrimento de um critério que não se baseie essencialmente o número de habitantes e a área ocupada.
3. Energia – Portugal aumenta drasticamente a sua intensidade energética
Numa altura de recessão económica, com um decréscimo do Produto Interno Bruto durante alguns meses, Portugal apresenta uma situação inédita - de acordo com resultados preliminares anunciados recentemente em várias conferências, o consumo de energia entre Janeiro de 2002 e Janeiro de 2003 aumentou mais de 8%. Portugal, que já era o país europeu com pior desempenho em termos de intensidade energética, vê-se assim numa situação ainda mais grave; a intensidade energética é um indicador do consumo de energia em relação ao PIB, significando assim que estamos a consumir muito mais energia face ao desenvolvimento económico que apresentamos. Por outras palavras, estamos a desperdiçar cada vez mais recursos e energia. Ao contrário de haver uma política com forte incidência na contenção da procura de energia, continua-se, por exemplo no sector da produção de electricidade, a justificar que o que é necessário é ter maior capacidade de produção, nomeadamente com a defesa da construção da Barragem do Sabor, destruindo mais uma fracção do património natural valioso do País.
4. Transportes –maior gasto energético, mais emissões, mais congestionamento, mais ruído
Portugal não parece querer implementar as medidas de redução das emissões de gases poluentes, nomeadamente dos responsáveis pelo agravamento do efeito de estufa/alterações climáticas. Com concentrações de alguns poluentes muito acima dos limites da legislação europeia. No que respeita às grandes cidades, o tráfego rodoviário surge como a principal actividade responsável pelo agravamento da situação. Portugal é um dos cinco países que caminha para uma maior insustentabilidade na área dos transportes. A par da Bélgica, Espanha, Grécia, Itália, o volume de passageiros e de carga em relação ao PIB, aumentou na década de 90, em vez de diminuir, o que mostra uma maior ineficiência no transporte de pessoas e bens. Portugal está a meio da tabela no que respeita à utilização do automóvel privado por comparação com outros países europeus, mas é o quarto com maior peso no transporte de mercadorias por via rodoviária.
5. Recursos hídricos – 3 100 000 000 000 litros de água desperdiçados anualmente em Portugal
No Ano Internacional das Águas Doces declarado pelas Nações Unidas, é importante lembrar um dos aspectos mais importantes da gestão de recursos hídricos - a poupança da água ou o seu uso eficiente. Desde a sua aprovação pelo anterior Governo em Dezembro de 2001, um dos mais importantes instrumentos para a poupança da água está na gaveta - o Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água. Este programa descreve detalhadamente 87 medidas, das quais 50 destinam-se ao sector urbano, 23 ao sector agrícola e 14 ao sector industrial, sendo que várias das medidas do sector urbano se aplicam também ao sector industrial. Os maiores desperdícios de água verificam-se na agricultura - 2 750 milhões de metros cúbicos (88% do total de perdas), sendo o abastecimento para consumo humano e a indústria responsáveis respectivamente por 8% e 4% das restantes perdas.
6. Conservação da Natureza – Rede Natura sem ordenamento, cedência total no ordenamento dos Parques Naturais
Muitos dos objectivos cruciais da Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade continuam por concretizar. Continuamos com atrasos na realização e implementação de Planos de Ordenamento do Território para a grande maioria das nossas áreas protegidas, a que se acrescenta a necessidade de ordenar as novas áreas agora incluídas na Rede Natura 2000. No que respeita às discussões públicas associadas por exemplo aos Planos de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida e do Guadinana, o Ministério do Ambiente está a fazer cedências inacreditáveis nas áreas da construção, pesca, recreio, pondo em causa directamente a preservação dos valores naturais que motivaram a classificação como Área Protegida, ou o respeito pela legislação europeia relativa à Rede Natura.
7. Resíduos – reutiliza-se menos, recicla-se apenas um pouco mais, e quer-se incinerar muito mais
A reutilização das embalagens (embalagens com tara de retorno), depois de medidas legislativas tomadas no final da década de 90, deixou de fazer parte das prioridades de gestão de resíduos e é cada vez menor. A reciclagem de resíduos urbanos está longe do desejável e daquilo que seria possível fazer. A queima de resíduos, uma solução de fim de linha, é afinal a solução que infelizmente se preconiza. Quando o desejável seria a promoção da transformação da matéria fermentável (quase 50% dos resíduos urbanos) em composto agrícola, com ou sem aproveitamento energético, a quantidade de resíduos per capita não pára de aumentar, a reciclagem é de apenas alguns pontos percentuais do total de resíduos e a solução simplista que se quer desenvolver é a incineração, com instalações previstas para a Região Centro e S. Miguel nos Açores, o início de funcionamento da instalação da Madeira, para além eventual da expansão das unidades existentes em Lisboa e Porto.
Artigo: Naturlink - Direcção Nacional da Quercus/ Associação Nacional de Conservação da Natureza
Fonte: Sapo
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terça-feira, 21 de abril de 2009
Receitas da Alimentação Crua e Viva
Esta é uma apostila que integrei receitas criadas por mim e de outras fontes, para fazer parte do Boletim de Dezembro 2007 sobre alimentação crua e viva.
Na alimentação viva tudo tem início pela germinação das sementes e grãos, agentes biogênicos (que geram vida), por sua qualidade energética e vibracional.
Ao colocarmos uma sê-mente para germinar (água = umidade + escurinho = à noite), ela entende que chegou a hora de brotar e expandir para virar uma nova planta. Neste exato momento, substâncias antinutricionais (glúten, ácido fítico, inibidores de tripsina, etc.) são transformadas em substâncias ativas da germinação, brotar, enraizar e crescer. E, neste mesmo momento a explosão de energia e nutrição acontecem. Então, o primeiro a saber fazer é:
1. GERMINANDO GRÃOS E SEMENTES - preparo em geral
Coloque de uma a três colheres (sopa) de grãos num vidro e cubra com água filtrada.
Deixe de molho por 8 a 12 horas – varia para cada semente. Ver abaixo.
Cubra a boca do vidro com um pedaço de filó e prenda com um elástico.
Despeje a água em que os grãos ficaram de molho e enxágue bem os grãos sob a torneira.
Coloque o vidro inclinado (45 graus) e emborcado num escorredor, num lugar sombreado e fresco.
Enxágue pela manhã e à noite. Em dias quentes é preciso lavar 3 ou mais vezes.
O tempo de germinação varia de acordo com o grão, temperatura etc. Em geral, estão com sua potência máxima logo que sinalizam, assim que põem a "cabecinha branca" para fora. Então estão prontos para serem consumidos.
Trigo, grão-de-bico, amendoim, lentilha e girassol: coloque as sementes de molho em água filtrada por 6-9 horas. Em 3 dias estarão germinadas e prontas para consumo.
Broto de Alfafa: coloque as sementes em um vidro por 4 horas de molho em água. Em 5 a 8 dias estarão brotados e prontos para consumo em saladas.
Gergelim e linhaça: coloque as sementes em um vidro por 4 horas (ou durante a noite) de molho em água (1 parte de semente para 4 partes de água). Estará pronta para fazer leite, pasta ou usar em receitas de sucos desintoxicantes.
Castanha do Pará e Noz: coloque as sementes em um vidro por 24 horas de molho em água e estarão prontas para consumo.
Amêndoa e Avelã: coloque as sementes em um vidro por 12 horas de molho em água e estarão prontas para consumo.
2. FERMENTADOS
Rejuvelac: é uma bebida tônica preparada a partir de trigo em germinação. É rica em enzimas e muitos nutrientes. Devem tomar o Rejuvelac as pessoas saudáveis e as doentes, crianças e adultos. Diabéticos podem tomar pequenas quantidades em forma diluída. Rejuvelac é um excelente tônico para todo o organismo, particularmente os intestinos e o cólon. Sua riqueza em enzimas, após consumo continuado, repõe uma flora intestinal saudável. Principalmente a que se perde devido ao consumo de antibióticos. Os antibióticos não têm inteligência que discrimine entre as bactérias "inimigas" e as "amigas" que são necessárias à nossa sobrevivência.
Receita prática: é feito em casa, a partir do grão de trigo integral, não polido;
a) Lave uma xícara de grão de trigo inteiro e coloque em um frasco de vidro;
b) Acrescente 5 xícaras de água filtrada;
c) Deixe em repouso por 48 horas;
d) Após 48 horas, coe o líquido para outra jarra. Este líquido é o Rejuvelac. Adicione 2 colheres (sopa) de mel e guarde na geladeira. Na hora de consumir acrescente suco fresco de 1/2 limão/copo;
e) Volte os grãos que ficaram sobre a peneira para o vidro e adicione + 5 xícaras de água filtrada;
f) Neste segundo preparo deixe em repouso por somente 24 horas;
g) Coe o Rejuvelac e proceda como na etapa (d).;
h) Se desejar, prepare uma terceira (e última) extração colocando sobre os grãos + 5 xícaras de água filtrada;
i) Deixe em repouso por 24 horas;
j) Coe o Rejuvelac e proceda como na etapa (d). O trigo remanescente pode ser jogado fora ou use como um bom adubo para os vasos.
Nota: a princípio pode-se sentir um cheiro "azedo", mas quando se adiciona suco de limão ele desaparece. A nutrição que o Rejuvelac provê vale a hesitação inicial que se possa ter em bebê-lo.
Vegi-kraut: conserva feita por fermentação natural, rica em enzimas, lactobacilos e vitaminas. Bata no processador 1 xícara (chá) de beterraba crua + 1 xícara (chá) de cenoura crua + 1 xícara (chá) de repolho cru. Processe até obter uma massa uniforme. Separe algumas folhas do repolho para cobrir a massa obtida. Coloque em um vidro e tampe. Deixe fermentar por 3 a 5 dias. Use no preparo de saladas e pratos salgados.
3. LEITES E IOGURTES DE GERMINADOS
Leite de trigo: pode ser preparado a partir de um trigo germinado de 3 dias (conforme acima) batido no liquidificador com água na proporção de 1 parte de germinado para 1 de água. Coe e está pronto para o consumo puro ou no preparo de vitaminas.
(Pão de trigo: Adicione banana amassada à massa resultante do preparo do leite de trigo e misture. Coloque colheradas sobre um pirex e leve para desidratar ao sol (cobrindo com um filó) por cerca de 1 a 3 dias. Na versão salgada adicione missô e ervas ou gengibre ralado.)
Leite de amêndoas: prepare o germinado de amêndoa conforme indicado acima. Bata no liquidificador colocando água aos poucos até que fique um leite cremoso.
Leite de gergelim: ½ xícara (chá) de semente de gergelim germinada conforme indicado acima + 1 xícara (chá) de água mineral. Bata tudo no liquidificador e coe.
Vitamina de maçã e gergelim: 1 xícara (chá) de leite de gergelim + 1 maçã descascada e picada + canela em pó a gosto + folhas secas de estévia (opcional).
Leite de coco: nada mais simples do que bater no liquidificador a água do coco com sua própria polpa. Não acrescente mais nada e delicie-se! Você pode ainda acrescentar fermento BioRich e preparar um delicioso iogurte natural de coco.
Imitação de chocolate: ¼ xícara (chá) de leite de amêndoas + ½ xícara (chá) de tâmaras + 1 coco verde (carne e água) + 2 colheres (sopa) de alfarroba em pó. Passe no liquidificador. Sirva gelado.
Vitamina cremosa: 1 xícara (chá) da sua fruta favorita + 1 xícara (chá) de Rejuvelac ou leite de trigo + 1 beterraba (crua) pequena + 2 colheres (sopa) de girassol germinado. Bata tudo no liquidificador e coe. Sirva imediatamente.
Vitamina de manga: 2 laranjas (descascadas) + 1 manga em cubos congelada (ou outra fruta congelada). Passe no liquidificador até ficar cremoso. Para facilitar coloque as laranjas primeiro e depois a manga. Decore com morangos frescos e amendoim germinado e triturado.
Bebida energética: misture 2 colheres (sopa) de pasta de gergelim germinado + 1 xícara (chá) de Rejuvelac + 1 colher (chá) de mel + gotas de limão.
Mingau de Aveia: 1 colher (sopa) de aveia demolhada na véspera + 1 maçã ralada + 1 colher (sopa) de suco fresco de limão + 1 colher (sopa) de uva passa + 1 colher (chá) de casca ralada de limão + 1 castanha do Pará germinada e ralada. Misture tudo e sirva como desjejum ou lanche. Misture tudo e sirva imediatamente. A maçã pode ser substituída pela fruta da estação de sua preferência.
Iogurte de nozes: coloque 1 xícara de nozes (ou da semente desejada) de molho em água para germinar conforme indicações do item 1. Passe no liquidificador colocando água aos poucos até que fique um creme grosso. Passe na peneira para coar a parte líquida e ponha a massa numa tigela coberta com um pano fino para que o ar possa penetrar. Coloque a tigela num lugar morno e deixe descansar por 6 a 12 horas ou até ficar com um gosto ácido. Este iogurte pode ser feito com gergelim, girassol, com qualquer tipo de nozes ou combinações. Pode-se variar o gosto acrescentando mel, suco de limão, sal marinho, essência natural de baunilha ou outros sabores naturais. Quanto mais tempo o iogurte demorar num lugar morno, mais ácido irá ficar.
Sugestões de combinações para deliciosos iogurtes: Castanha e gergelim / Castanha, amêndoa e gergelim / Castanha e girassol / Gergelim e amêndoa / Girassol e amêndoa / Pecã e amêndoa / Gergelim e avelã.
4. SOPA
Sopa de energia: bata no liquidificador ½ xícara (chá) de lentilha germinada + ½ xícara (chá) de grão-de-bico germinado + 1 xícara (chá) mamão picado + Rejuvelac. Bata tudo e vá adicionando Rejuvelac até consistência cremosa. Se desejar acrescente abacate e decore com salsa picada.
5. SUCOS
Suco de clorofila: 4 folhas frescas de qualquer tipo de couve (manteiga, repolho, couve-flor, brócolis) + 1 pepino + 3 cenouras + 3 maçãs + suco de 1 limão. Passe o pepino e as maçãs pela centrífuga. Depois as cenouras e as folhas. Acrescente o suco fresco do limão e sirva imediatamente.
Suco de manga: bata no liquidificador 1 xícara (chá) de manga em cubos + 1 xícara (chá) de água de coco + suco de ½ limão + raspas da casca. A manga pode ser substituída por uva, goiaba, abacate ou caqui.
Suco de maçã: bata no liquidificador 1 maçã picada (sem sementes) + 1 colher (sopa) de linhaça germinada + suco de 1 limão + ½ xícara (chá) de água filtrada ou de coco. Sirva imediatamente.
Suco de melancia: bata no liquidificador 1 xícara (chá) de melancia em cubos (com as sementes) + ramos de hortelã (ou talos de funcho) + suco de 1 limão. Sirva imediatamente.
Suco de abacaxi: bata no liquidificador 3 rodelas de abacaxi picadas (com casca) + 2 colheres (sopa) de girassol germinado + 5 ramos de hortelã. Sirva imediatamente.
Suco de Luz do Sol - Ana Branco: liquidifique um pepino pequeno e uma maçã grande sem sementes. Não coloque água, bata com a ajuda de um socador ou colher de pau (cuidadosamente), para extrair o líquido das hortaliças. Então coe num coador de pano e coloque o líquido de volta no liquidificador. Acrescente o legume e a raiz, que podem ser cenoura, abóbora, maxixe, batata doce, inhame, quiabo, couve-flor, abobrinha, nabo, beterraba, etc. Procure variar as hortaliças e privilegie as da época e produção orgânica. Bata e coe novamente. Acrescente as folhas verdes, que podem ser couve, folha de abóbora, folha de beterraba, folha de cenoura, espinafre, bertalha, chicória etc; quanto mais verde, melhor. Acrescente finalmente os grãos germinados (trigo, girassol, painço, soja, linhaça, gergelim, arroz, amendoim, ervilha etc). Bata tudo, coe no coador de pano e beba imediatamente.
6. SALADAS e PRATOS SALGADOS
Salada verde: brotos de girassol + nabo e cenoura ralados. Molho de alho picado, coentro, shoyu, limão e azeite.
Salada verde 2: brotos de trigo e batata yakon. Molho de pimentão, tomate, limão, shoyu e azeite.
Molho de salada: 1 xícara (chá) de iogurte de sementes germinadas + 1 colher (sopa) de cebola picada + 1 colher (sopa) de salsa e cebolinha picadas + suco de 1 limão, + 1 pitada de sal. Bata tudo no liquidificador e sirva sobre a salada de folhas e germinados.
Tabule de trigo germinado: germine o trigo conforme item 1. Misture tomate e pepino picadinhos em cubos, manjericão fresco, azeite extra virgem, limão e missô a gosto. Opcional: maçã picada, pimentão, cenoura ou beterraba ralada.
Cenoura com pasta de grão-de-bico: 1 xícara (chá) de grão-de-bico germinado, batido no processador com 1 pitada de sal + 1 colher (sopa) de suco de limão. Acrescente ¼ de cebola picada depois da massa pronta. Rale (em fios longos) 2 cenouras. Junte numa travessa os fios de cenoura com a pasta e sirva acompanhado de salada verde.
Lasanha de berinjela: prepare uma pasta com 1 xícara (chá) de amendoim + sal + suco de limão + folhas frescas de hortelã pimenta. Descasque 1 berinjela pequena, fatie em lâminas finas e marine (sal e limão) com as mãos. Monte alternando as camadas com as fatias de berinjela, a pasta de amendoim. Finalize com rodelas de tomate, salsa e cebolinha. Decore com castanha do Pará germinada e ralada e regue um pouco de azeite.
Lentilha com abobrinha: corte uma abobrinha média em fios longos e coloque no prato. Por cima cubra com o seguinte molho. Bata no liquidificador 1 tomate + ½ pimentão vermelho + 1/4 dente de alho + 1colher (chá) de missô + suco de ½ limão + 1 colher (sobremesa) de azeite.
7. PRATOS DOCES
Pudim de banana: 6 bananas nanica (d’água ou caturra) + suco de 1 limão + 1 colher (sopa) de canela em pó + 2 colheres (sopa) de linhaça germinada + 1 pitada de missô. Bata tudo no liquidificador, acertando a textura do pudim com a linhaça. Coloque num refratário e leve à geladeira até a hora de servir.
Flan de frutas cítricas: 3 laranjas pêra + 3 tangerinas bem picadinhas + ½ xícara de uva passa preta hidratada em água de coco + água e polpa de 1 coco verde + suco de 1 limão + 1 pitada de missô. Arrume no fundo de um pirex as frutas cítricas picadinhas. Em separado, bata no liquidificador os demais ingredientes. Jogue por cima das frutas e leve para gelar até a hora de servir. Pode ser usado abacaxi no lugar da laranja e tangerina.
Geléia de uva passa: bata no liquidificador uva passa preta com linhaça germinada até dar o ponto de uma geléia firme. Opções: esta geléia pode ser preparada com qualquer fruta seca.
Docinho de gergelim e nozes: 1 xícara (chá) de fibra de gergelim (que fica no preparo do leite de gergelim) + 1 xícara (chá) de pasta de nozes germinadas + 1 colher (sobremesa) de gengibre ralado + geléia de uva passa para dar a liga. Misture tudo e enrole as bolinhas passando-as em gergelim antes de colocar nas forminhas.
Fontes: www.docelimao.com.br - www.crudivorismo.com.br - site Ana Branco - www.cozinhaviva.com
Conceição Trucom é química, cientista, palestrante e escritora sobre temas voltados para a alimentação natural, bem-estar e qualidade de vida.
tags: receitas - alimentação crua e viva - germinação - leite germinados - sucos - suco de luz do sol - molhos - pratos doces - pratos salgados
fonte: Doce Limão
Na alimentação viva tudo tem início pela germinação das sementes e grãos, agentes biogênicos (que geram vida), por sua qualidade energética e vibracional.
Ao colocarmos uma sê-mente para germinar (água = umidade + escurinho = à noite), ela entende que chegou a hora de brotar e expandir para virar uma nova planta. Neste exato momento, substâncias antinutricionais (glúten, ácido fítico, inibidores de tripsina, etc.) são transformadas em substâncias ativas da germinação, brotar, enraizar e crescer. E, neste mesmo momento a explosão de energia e nutrição acontecem. Então, o primeiro a saber fazer é:
1. GERMINANDO GRÃOS E SEMENTES - preparo em geral
Coloque de uma a três colheres (sopa) de grãos num vidro e cubra com água filtrada.
Deixe de molho por 8 a 12 horas – varia para cada semente. Ver abaixo.
Cubra a boca do vidro com um pedaço de filó e prenda com um elástico.
Despeje a água em que os grãos ficaram de molho e enxágue bem os grãos sob a torneira.
Coloque o vidro inclinado (45 graus) e emborcado num escorredor, num lugar sombreado e fresco.
Enxágue pela manhã e à noite. Em dias quentes é preciso lavar 3 ou mais vezes.
O tempo de germinação varia de acordo com o grão, temperatura etc. Em geral, estão com sua potência máxima logo que sinalizam, assim que põem a "cabecinha branca" para fora. Então estão prontos para serem consumidos.
Trigo, grão-de-bico, amendoim, lentilha e girassol: coloque as sementes de molho em água filtrada por 6-9 horas. Em 3 dias estarão germinadas e prontas para consumo.
Broto de Alfafa: coloque as sementes em um vidro por 4 horas de molho em água. Em 5 a 8 dias estarão brotados e prontos para consumo em saladas.
Gergelim e linhaça: coloque as sementes em um vidro por 4 horas (ou durante a noite) de molho em água (1 parte de semente para 4 partes de água). Estará pronta para fazer leite, pasta ou usar em receitas de sucos desintoxicantes.
Castanha do Pará e Noz: coloque as sementes em um vidro por 24 horas de molho em água e estarão prontas para consumo.
Amêndoa e Avelã: coloque as sementes em um vidro por 12 horas de molho em água e estarão prontas para consumo.
2. FERMENTADOS
Rejuvelac: é uma bebida tônica preparada a partir de trigo em germinação. É rica em enzimas e muitos nutrientes. Devem tomar o Rejuvelac as pessoas saudáveis e as doentes, crianças e adultos. Diabéticos podem tomar pequenas quantidades em forma diluída. Rejuvelac é um excelente tônico para todo o organismo, particularmente os intestinos e o cólon. Sua riqueza em enzimas, após consumo continuado, repõe uma flora intestinal saudável. Principalmente a que se perde devido ao consumo de antibióticos. Os antibióticos não têm inteligência que discrimine entre as bactérias "inimigas" e as "amigas" que são necessárias à nossa sobrevivência.
Receita prática: é feito em casa, a partir do grão de trigo integral, não polido;
a) Lave uma xícara de grão de trigo inteiro e coloque em um frasco de vidro;
b) Acrescente 5 xícaras de água filtrada;
c) Deixe em repouso por 48 horas;
d) Após 48 horas, coe o líquido para outra jarra. Este líquido é o Rejuvelac. Adicione 2 colheres (sopa) de mel e guarde na geladeira. Na hora de consumir acrescente suco fresco de 1/2 limão/copo;
e) Volte os grãos que ficaram sobre a peneira para o vidro e adicione + 5 xícaras de água filtrada;
f) Neste segundo preparo deixe em repouso por somente 24 horas;
g) Coe o Rejuvelac e proceda como na etapa (d).;
h) Se desejar, prepare uma terceira (e última) extração colocando sobre os grãos + 5 xícaras de água filtrada;
i) Deixe em repouso por 24 horas;
j) Coe o Rejuvelac e proceda como na etapa (d). O trigo remanescente pode ser jogado fora ou use como um bom adubo para os vasos.
Nota: a princípio pode-se sentir um cheiro "azedo", mas quando se adiciona suco de limão ele desaparece. A nutrição que o Rejuvelac provê vale a hesitação inicial que se possa ter em bebê-lo.
Vegi-kraut: conserva feita por fermentação natural, rica em enzimas, lactobacilos e vitaminas. Bata no processador 1 xícara (chá) de beterraba crua + 1 xícara (chá) de cenoura crua + 1 xícara (chá) de repolho cru. Processe até obter uma massa uniforme. Separe algumas folhas do repolho para cobrir a massa obtida. Coloque em um vidro e tampe. Deixe fermentar por 3 a 5 dias. Use no preparo de saladas e pratos salgados.
3. LEITES E IOGURTES DE GERMINADOS
Leite de trigo: pode ser preparado a partir de um trigo germinado de 3 dias (conforme acima) batido no liquidificador com água na proporção de 1 parte de germinado para 1 de água. Coe e está pronto para o consumo puro ou no preparo de vitaminas.
(Pão de trigo: Adicione banana amassada à massa resultante do preparo do leite de trigo e misture. Coloque colheradas sobre um pirex e leve para desidratar ao sol (cobrindo com um filó) por cerca de 1 a 3 dias. Na versão salgada adicione missô e ervas ou gengibre ralado.)
Leite de amêndoas: prepare o germinado de amêndoa conforme indicado acima. Bata no liquidificador colocando água aos poucos até que fique um leite cremoso.
Leite de gergelim: ½ xícara (chá) de semente de gergelim germinada conforme indicado acima + 1 xícara (chá) de água mineral. Bata tudo no liquidificador e coe.
Vitamina de maçã e gergelim: 1 xícara (chá) de leite de gergelim + 1 maçã descascada e picada + canela em pó a gosto + folhas secas de estévia (opcional).
Leite de coco: nada mais simples do que bater no liquidificador a água do coco com sua própria polpa. Não acrescente mais nada e delicie-se! Você pode ainda acrescentar fermento BioRich e preparar um delicioso iogurte natural de coco.
Imitação de chocolate: ¼ xícara (chá) de leite de amêndoas + ½ xícara (chá) de tâmaras + 1 coco verde (carne e água) + 2 colheres (sopa) de alfarroba em pó. Passe no liquidificador. Sirva gelado.
Vitamina cremosa: 1 xícara (chá) da sua fruta favorita + 1 xícara (chá) de Rejuvelac ou leite de trigo + 1 beterraba (crua) pequena + 2 colheres (sopa) de girassol germinado. Bata tudo no liquidificador e coe. Sirva imediatamente.
Vitamina de manga: 2 laranjas (descascadas) + 1 manga em cubos congelada (ou outra fruta congelada). Passe no liquidificador até ficar cremoso. Para facilitar coloque as laranjas primeiro e depois a manga. Decore com morangos frescos e amendoim germinado e triturado.
Bebida energética: misture 2 colheres (sopa) de pasta de gergelim germinado + 1 xícara (chá) de Rejuvelac + 1 colher (chá) de mel + gotas de limão.
Mingau de Aveia: 1 colher (sopa) de aveia demolhada na véspera + 1 maçã ralada + 1 colher (sopa) de suco fresco de limão + 1 colher (sopa) de uva passa + 1 colher (chá) de casca ralada de limão + 1 castanha do Pará germinada e ralada. Misture tudo e sirva como desjejum ou lanche. Misture tudo e sirva imediatamente. A maçã pode ser substituída pela fruta da estação de sua preferência.
Iogurte de nozes: coloque 1 xícara de nozes (ou da semente desejada) de molho em água para germinar conforme indicações do item 1. Passe no liquidificador colocando água aos poucos até que fique um creme grosso. Passe na peneira para coar a parte líquida e ponha a massa numa tigela coberta com um pano fino para que o ar possa penetrar. Coloque a tigela num lugar morno e deixe descansar por 6 a 12 horas ou até ficar com um gosto ácido. Este iogurte pode ser feito com gergelim, girassol, com qualquer tipo de nozes ou combinações. Pode-se variar o gosto acrescentando mel, suco de limão, sal marinho, essência natural de baunilha ou outros sabores naturais. Quanto mais tempo o iogurte demorar num lugar morno, mais ácido irá ficar.
Sugestões de combinações para deliciosos iogurtes: Castanha e gergelim / Castanha, amêndoa e gergelim / Castanha e girassol / Gergelim e amêndoa / Girassol e amêndoa / Pecã e amêndoa / Gergelim e avelã.
4. SOPA
Sopa de energia: bata no liquidificador ½ xícara (chá) de lentilha germinada + ½ xícara (chá) de grão-de-bico germinado + 1 xícara (chá) mamão picado + Rejuvelac. Bata tudo e vá adicionando Rejuvelac até consistência cremosa. Se desejar acrescente abacate e decore com salsa picada.
5. SUCOS
Suco de clorofila: 4 folhas frescas de qualquer tipo de couve (manteiga, repolho, couve-flor, brócolis) + 1 pepino + 3 cenouras + 3 maçãs + suco de 1 limão. Passe o pepino e as maçãs pela centrífuga. Depois as cenouras e as folhas. Acrescente o suco fresco do limão e sirva imediatamente.
Suco de manga: bata no liquidificador 1 xícara (chá) de manga em cubos + 1 xícara (chá) de água de coco + suco de ½ limão + raspas da casca. A manga pode ser substituída por uva, goiaba, abacate ou caqui.
Suco de maçã: bata no liquidificador 1 maçã picada (sem sementes) + 1 colher (sopa) de linhaça germinada + suco de 1 limão + ½ xícara (chá) de água filtrada ou de coco. Sirva imediatamente.
Suco de melancia: bata no liquidificador 1 xícara (chá) de melancia em cubos (com as sementes) + ramos de hortelã (ou talos de funcho) + suco de 1 limão. Sirva imediatamente.
Suco de abacaxi: bata no liquidificador 3 rodelas de abacaxi picadas (com casca) + 2 colheres (sopa) de girassol germinado + 5 ramos de hortelã. Sirva imediatamente.
Suco de Luz do Sol - Ana Branco: liquidifique um pepino pequeno e uma maçã grande sem sementes. Não coloque água, bata com a ajuda de um socador ou colher de pau (cuidadosamente), para extrair o líquido das hortaliças. Então coe num coador de pano e coloque o líquido de volta no liquidificador. Acrescente o legume e a raiz, que podem ser cenoura, abóbora, maxixe, batata doce, inhame, quiabo, couve-flor, abobrinha, nabo, beterraba, etc. Procure variar as hortaliças e privilegie as da época e produção orgânica. Bata e coe novamente. Acrescente as folhas verdes, que podem ser couve, folha de abóbora, folha de beterraba, folha de cenoura, espinafre, bertalha, chicória etc; quanto mais verde, melhor. Acrescente finalmente os grãos germinados (trigo, girassol, painço, soja, linhaça, gergelim, arroz, amendoim, ervilha etc). Bata tudo, coe no coador de pano e beba imediatamente.
6. SALADAS e PRATOS SALGADOS
Salada verde: brotos de girassol + nabo e cenoura ralados. Molho de alho picado, coentro, shoyu, limão e azeite.
Salada verde 2: brotos de trigo e batata yakon. Molho de pimentão, tomate, limão, shoyu e azeite.
Molho de salada: 1 xícara (chá) de iogurte de sementes germinadas + 1 colher (sopa) de cebola picada + 1 colher (sopa) de salsa e cebolinha picadas + suco de 1 limão, + 1 pitada de sal. Bata tudo no liquidificador e sirva sobre a salada de folhas e germinados.
Tabule de trigo germinado: germine o trigo conforme item 1. Misture tomate e pepino picadinhos em cubos, manjericão fresco, azeite extra virgem, limão e missô a gosto. Opcional: maçã picada, pimentão, cenoura ou beterraba ralada.
Cenoura com pasta de grão-de-bico: 1 xícara (chá) de grão-de-bico germinado, batido no processador com 1 pitada de sal + 1 colher (sopa) de suco de limão. Acrescente ¼ de cebola picada depois da massa pronta. Rale (em fios longos) 2 cenouras. Junte numa travessa os fios de cenoura com a pasta e sirva acompanhado de salada verde.
Lasanha de berinjela: prepare uma pasta com 1 xícara (chá) de amendoim + sal + suco de limão + folhas frescas de hortelã pimenta. Descasque 1 berinjela pequena, fatie em lâminas finas e marine (sal e limão) com as mãos. Monte alternando as camadas com as fatias de berinjela, a pasta de amendoim. Finalize com rodelas de tomate, salsa e cebolinha. Decore com castanha do Pará germinada e ralada e regue um pouco de azeite.
Lentilha com abobrinha: corte uma abobrinha média em fios longos e coloque no prato. Por cima cubra com o seguinte molho. Bata no liquidificador 1 tomate + ½ pimentão vermelho + 1/4 dente de alho + 1colher (chá) de missô + suco de ½ limão + 1 colher (sobremesa) de azeite.
7. PRATOS DOCES
Pudim de banana: 6 bananas nanica (d’água ou caturra) + suco de 1 limão + 1 colher (sopa) de canela em pó + 2 colheres (sopa) de linhaça germinada + 1 pitada de missô. Bata tudo no liquidificador, acertando a textura do pudim com a linhaça. Coloque num refratário e leve à geladeira até a hora de servir.
Flan de frutas cítricas: 3 laranjas pêra + 3 tangerinas bem picadinhas + ½ xícara de uva passa preta hidratada em água de coco + água e polpa de 1 coco verde + suco de 1 limão + 1 pitada de missô. Arrume no fundo de um pirex as frutas cítricas picadinhas. Em separado, bata no liquidificador os demais ingredientes. Jogue por cima das frutas e leve para gelar até a hora de servir. Pode ser usado abacaxi no lugar da laranja e tangerina.
Geléia de uva passa: bata no liquidificador uva passa preta com linhaça germinada até dar o ponto de uma geléia firme. Opções: esta geléia pode ser preparada com qualquer fruta seca.
Docinho de gergelim e nozes: 1 xícara (chá) de fibra de gergelim (que fica no preparo do leite de gergelim) + 1 xícara (chá) de pasta de nozes germinadas + 1 colher (sobremesa) de gengibre ralado + geléia de uva passa para dar a liga. Misture tudo e enrole as bolinhas passando-as em gergelim antes de colocar nas forminhas.
Fontes: www.docelimao.com.br - www.crudivorismo.com.br - site Ana Branco - www.cozinhaviva.com
Conceição Trucom é química, cientista, palestrante e escritora sobre temas voltados para a alimentação natural, bem-estar e qualidade de vida.
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fonte: Doce Limão
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segunda-feira, 20 de abril de 2009
A boa digestão depende das Enzimas
O excesso de gordura corporal, ou seja, a obesidade é sintoma claro de má digestão. Deseja emagrecer? Então foque na boa digestão - Conceição Trucom
Quando faltam enzimas digestivas o organismo se estressa duplamente: se torna ácido para dar conta da digestão e retira prótons de células que estavam em harmonia metabólica. Nessas condições o corpo fica preso na dimensão da sobrevivência até que se torne alcalino - Conceição Trucom
A exposição dos alimentos a temperatura do cozimento, destrói as enzimas neles contidos, que foram exatamente criadas pela natureza para facilitar a sua digestão. Sábia a natureza não? Mas nós aproveitamos este presente que a natureza nos oferece?
Quando os alimentos são cozidos, são destruídas estas enzimas necessárias à sua digestão, e o organismo é obrigado a usar as suas próprias reservas, gastando no processo mais energia e recursos são deslocados.
Na alimentação vegetariana viva, crudívora ou crudicista os alimentos são aproveitados na sua integralidade e frugalidade, pois eles já trazem consigo a vitalidade e a facilidade da auto-digestão enzimática. O trabalho digestivo será menor e não haverá deslocamento energético entre células, órgãos ou sistemas.
A outra vantagem é evitar o fenômeno chamado de leucocitose digestiva, que acontece cada vez que for ingerido algum alimento cozido ou processado (também balas, bolachas, salgadinhos, refrigerantes). O número de leucócitos (glóbulos brancos) no sangue aumenta e se normaliza somente depois de 90 minutos depois de cada refeição.
Tal fenômeno não acontece quando ingerimos os alimentos vivos e crus, mas inegavelmente vai, ao longo dos anos de alimentação 100% cozida, debilitando o sistema de defesa do organismo.
Mas afinal qual é a importância das enzimas?
Enzimas são estruturas protéicas ativas, básicas, essenciais à vida. Sem enzimas a vida, como a conhecemos, não seria possível. As enzimas representam a fonte de energia orgânica e a vitalidade bioquímica central de toda a estrutura viva existente, incluindo-se os animais, plantas, algas e microorganismos.
As enzimas são essenciais para a formação estrutural, crescimento, desintoxicação, defesa e mecanismos de cura do organismo vivo. São fundamentais na regulação das atividades bioquímicas do organismo, como a digestão e absorção de alimentos, equilíbrio hormonal, atividade cerebral, humor, sexualidade, circulação sanguínea, respiração, estímulos nervosos, reposição celular, sistema imunológico, mecanismos dos sentidos (paladar, olfato, tato, visão e audição) e outras.
Sem enzimas, nem mesmo se efetiva a função de assimilação e distribuição de vitaminas e sais minerais. A vitalidade e longevidade estão relacionadas às enzimas.
Toda a nossa saúde depende da manutenção de níveis enzimáticos adequados. Por exemplo, são detectadas carências enzimáticas em muitos casos de doenças crônicas, como câncer, reumatismo, artrite reumatóide, alergias e doenças cardiovasculares, entre outras.
As enzimas podem ser divididas em dois grupos, as endógenas e as exógenas. As endógenas são produzidas pelo próprio organismo e as exógenas são obtidas a partir dos alimentos que ingeridos.
As enzimas endógenas se dividem em metabólicas e digestivas:
- As metabólicas estão presentes nas células, no sangue e nos tecidos em geral.
- As digestivas estão presentes no trato digestivo.
Ao nascer, recebemos um potencial enzimático metabólico limitado. É como se o organismo recebesse uma “quota” limitada de enzimas. Até onde se sabe, quanto mais enzimas endógenas o organismo precisa usar, ao longo do tempo, menos capacidade lhe resta para manter os níveis enzimáticos necessários. Ou seja, quanto mais rapidamente usamos essa reserva, mais curta será nossa vida e mais deficiente nossa saúde.
Os níveis enzimáticos nos tecidos corporais são elevados na infância e reduzidos na velhice. Um recém-nascido pode apresentar cerca de cem vezes mais enzimas na corrente sanguínea do que um idoso que se alimentou de cozidos durante toda a sua vida. Por outro lado um idoso apresenta cerca de mil vezes mais radicais livres no seu organismo que o recém-nascido. O enfraquecimento dos níveis de enzimas está ligado ao aumento de radicais livres, associado à carência de minerais.
A redução do potencial enzimático do organismo é causa de doenças degenerativas e envelhecimento precoce.
Os alimentos crus trazem consigo as enzimas necessárias à sua própria digestão. As enzimas digestivas, presentes na saliva (ptialina), no estômago (proteases), nos intestinos (lípases) e as produzidas pelo pâncreas, atuam como reservas ou para complementar o processo digestivo.
Assim, o corpo conta com a presença das enzimas digestivas que já vêm com os alimentos vegetais e crus.
A redução do nosso potencial enzimático é provocada principalmente e em ordem de importância, por:
1. Ingestão de alimentos pobres em enzimas;
2. Estresse;
3. Consumo de álcool, açúcar e outros destruidores de vitaminas e minerais;
4. Uso excessivo de medicamentos e;
5. Poluição ambiental.
Para a digestão e assimilação da comida cozida, o corpo precisa usar suas próprias enzimas que poderiam estar servindo para atividades mais importantes, como limpar o fígado, proteção contra tumores, eliminação de radicais livres e toxinas em geral. Tudo isso, porque o cozimento destruiu as enzimas que já estavam contidas nos alimentos quando crus.
Sob estresse, ocorrem importantes perdas minerais, o que enfraquece os níveis de enzimas metabólicas e reduz a capacidade das enzimas digestivas.
O açúcar refinado, além de desativar processos enzimáticos, ainda é um agente desmineralizante, que rouba cálcio, magnésio, ferro e vitaminas do complexo B, e é um agente depressor do sistema imunológico.
O abuso de bebidas alcoólicas, reduz as reservas corporais de tiamina (vitamina B1), e de outras vitaminas envolvidas com a estruturação enzimática.
O uso constante de medicamentos, principalmente os antibióticos, enfraquece os mecanismos de defesa do organismo, interfere nos processos de autoregulação e homeostase, afetando as funções enzimáticas.
A poluição ambiental origina a ingestão de compostos químicos, moléculas agressoras e metais pesados, que intoxicam e alteram as funções celulares, prejudicando também a plena função das enzimas.
Esses fatores associados causam um aumento de radicais livres, devido à incapacidade das enzimas metabólicas de inibir a sua formação (radicais livres). Em quantidades elevadas, esses radicais livres, interferem nas atividades celulares, provocando mutações, erros genéticos, inibição de secreções celulares, entre outros problemas.
Outra conseqüência, menos evidente, mas relevante, da diminuição gradual dos níveis enzimáticos do organismo, é que nos tornamos menos sensíveis aos outros e a nós mesmos, prejudicando nossa qualidade de vida e evolução espiritual. Desperdiçamos demasiada energia nas desarmonias metabólicas e deixamos de usá-la para outras finalidades mais importantes e existenciais.
O alimento cru contém as enzimas necessárias para ser digerido
O Dr. Edward Howell - que dedicou a vida toda ao estudo das enzimas - chegou a concluir que estas são as transportadoras da energia vital. Todos os organismos possuem uma variedade quase infinita de enzimas que atuam como catalisadores das mais diferentes funções. No corpo humano foram encontradas milhares delas; as implicadas na digestão são somente doze.
Utilizando o mesmo exemplo dado pelo Dr. Howell em seu livro Enzyme Nutrition, é como se, ao nascer, o ser humano recebesse uma doação muito grande, embora limitada, de enzimas - ou energia vital - como se fosse uma soma de dinheiro depositada no banco. Se, durante a vida, se retira energia vital desta conta, sem nunca ter o cuidado de fazer depósitos nela, chegará o momento em que esta se esgotará.
Se tomarmos, por exemplo, uma maçã e a comemos crua, aproveitaremos as enzimas ativas que promovem a sua fácil digestão. Trata-se das mesmas enzimas que provocam a putrefação do fruto quando ele não é utilizado. Quando isto acontece com um fruto caído da árvore sobre o solo, resulta numa devolução de nutrientes orgânicos à nossa Mãe Terra, completando assim o ciclo vital do fruto. Se as condições são favoráveis, é até possível às sementes brotarem, dando lugar ao nascimento de uma nova planta.
Retornando ao nosso exemplo, a situação será diferente se comermos o alimento cozido. Neste caso, as enzimas estão inativas (as enzimas são compostas por dois elementos que, ao serem expostos a uma temperatura superior a 45º C, ou a certo tipo de radiação, distanciam-se tanto entre elas a ponto de resultarem inertes) e nosso corpo deverá proporcionar as enzimas digestivas necessárias, valendo-se da reserva de energia vital.
Quando a alimentação é constituída massivamente por receitas cozidas e processados industrialmente, o que fazemos é retirar continuamente de nossa conta bancária. É desta forma que, na produção das doze enzimas digestivas, investimos a maior parte de nossa reserva de energia.
O prejuízo, ao cozinhar os alimentos, não se limita à perda total das enzimas, perdem-se em forma considerável também as vitaminas - às vezes totalmente como no caso da C e B12 - e acontecem alterações das gorduras, minerais e proteínas que deixam de ser metabolizadas do mesmo jeito que no alimento cru, pois se convertem, muitas vezes, em toxinas.
No caso do forno microondas o quadro é ainda mais grave pelo fato que suas intensas radiações destroem completamente o campo energético dos alimentos, desvitalizando-os e modificam mais ainda sua estrutura.
Texto extraído e adapatado do site: www.crudivorismo.com.br
Tag: alimentação crua e viva, enzimas, digestão, crudivorismo, Dr. Howell
Fonte: Doce Limão
Quando faltam enzimas digestivas o organismo se estressa duplamente: se torna ácido para dar conta da digestão e retira prótons de células que estavam em harmonia metabólica. Nessas condições o corpo fica preso na dimensão da sobrevivência até que se torne alcalino - Conceição Trucom
A exposição dos alimentos a temperatura do cozimento, destrói as enzimas neles contidos, que foram exatamente criadas pela natureza para facilitar a sua digestão. Sábia a natureza não? Mas nós aproveitamos este presente que a natureza nos oferece?
Quando os alimentos são cozidos, são destruídas estas enzimas necessárias à sua digestão, e o organismo é obrigado a usar as suas próprias reservas, gastando no processo mais energia e recursos são deslocados.
Na alimentação vegetariana viva, crudívora ou crudicista os alimentos são aproveitados na sua integralidade e frugalidade, pois eles já trazem consigo a vitalidade e a facilidade da auto-digestão enzimática. O trabalho digestivo será menor e não haverá deslocamento energético entre células, órgãos ou sistemas.
A outra vantagem é evitar o fenômeno chamado de leucocitose digestiva, que acontece cada vez que for ingerido algum alimento cozido ou processado (também balas, bolachas, salgadinhos, refrigerantes). O número de leucócitos (glóbulos brancos) no sangue aumenta e se normaliza somente depois de 90 minutos depois de cada refeição.
Tal fenômeno não acontece quando ingerimos os alimentos vivos e crus, mas inegavelmente vai, ao longo dos anos de alimentação 100% cozida, debilitando o sistema de defesa do organismo.
Mas afinal qual é a importância das enzimas?
Enzimas são estruturas protéicas ativas, básicas, essenciais à vida. Sem enzimas a vida, como a conhecemos, não seria possível. As enzimas representam a fonte de energia orgânica e a vitalidade bioquímica central de toda a estrutura viva existente, incluindo-se os animais, plantas, algas e microorganismos.
As enzimas são essenciais para a formação estrutural, crescimento, desintoxicação, defesa e mecanismos de cura do organismo vivo. São fundamentais na regulação das atividades bioquímicas do organismo, como a digestão e absorção de alimentos, equilíbrio hormonal, atividade cerebral, humor, sexualidade, circulação sanguínea, respiração, estímulos nervosos, reposição celular, sistema imunológico, mecanismos dos sentidos (paladar, olfato, tato, visão e audição) e outras.
Sem enzimas, nem mesmo se efetiva a função de assimilação e distribuição de vitaminas e sais minerais. A vitalidade e longevidade estão relacionadas às enzimas.
Toda a nossa saúde depende da manutenção de níveis enzimáticos adequados. Por exemplo, são detectadas carências enzimáticas em muitos casos de doenças crônicas, como câncer, reumatismo, artrite reumatóide, alergias e doenças cardiovasculares, entre outras.
As enzimas podem ser divididas em dois grupos, as endógenas e as exógenas. As endógenas são produzidas pelo próprio organismo e as exógenas são obtidas a partir dos alimentos que ingeridos.
As enzimas endógenas se dividem em metabólicas e digestivas:
- As metabólicas estão presentes nas células, no sangue e nos tecidos em geral.
- As digestivas estão presentes no trato digestivo.
Ao nascer, recebemos um potencial enzimático metabólico limitado. É como se o organismo recebesse uma “quota” limitada de enzimas. Até onde se sabe, quanto mais enzimas endógenas o organismo precisa usar, ao longo do tempo, menos capacidade lhe resta para manter os níveis enzimáticos necessários. Ou seja, quanto mais rapidamente usamos essa reserva, mais curta será nossa vida e mais deficiente nossa saúde.
Os níveis enzimáticos nos tecidos corporais são elevados na infância e reduzidos na velhice. Um recém-nascido pode apresentar cerca de cem vezes mais enzimas na corrente sanguínea do que um idoso que se alimentou de cozidos durante toda a sua vida. Por outro lado um idoso apresenta cerca de mil vezes mais radicais livres no seu organismo que o recém-nascido. O enfraquecimento dos níveis de enzimas está ligado ao aumento de radicais livres, associado à carência de minerais.
A redução do potencial enzimático do organismo é causa de doenças degenerativas e envelhecimento precoce.
Os alimentos crus trazem consigo as enzimas necessárias à sua própria digestão. As enzimas digestivas, presentes na saliva (ptialina), no estômago (proteases), nos intestinos (lípases) e as produzidas pelo pâncreas, atuam como reservas ou para complementar o processo digestivo.
Assim, o corpo conta com a presença das enzimas digestivas que já vêm com os alimentos vegetais e crus.
A redução do nosso potencial enzimático é provocada principalmente e em ordem de importância, por:
1. Ingestão de alimentos pobres em enzimas;
2. Estresse;
3. Consumo de álcool, açúcar e outros destruidores de vitaminas e minerais;
4. Uso excessivo de medicamentos e;
5. Poluição ambiental.
Para a digestão e assimilação da comida cozida, o corpo precisa usar suas próprias enzimas que poderiam estar servindo para atividades mais importantes, como limpar o fígado, proteção contra tumores, eliminação de radicais livres e toxinas em geral. Tudo isso, porque o cozimento destruiu as enzimas que já estavam contidas nos alimentos quando crus.
Sob estresse, ocorrem importantes perdas minerais, o que enfraquece os níveis de enzimas metabólicas e reduz a capacidade das enzimas digestivas.
O açúcar refinado, além de desativar processos enzimáticos, ainda é um agente desmineralizante, que rouba cálcio, magnésio, ferro e vitaminas do complexo B, e é um agente depressor do sistema imunológico.
O abuso de bebidas alcoólicas, reduz as reservas corporais de tiamina (vitamina B1), e de outras vitaminas envolvidas com a estruturação enzimática.
O uso constante de medicamentos, principalmente os antibióticos, enfraquece os mecanismos de defesa do organismo, interfere nos processos de autoregulação e homeostase, afetando as funções enzimáticas.
A poluição ambiental origina a ingestão de compostos químicos, moléculas agressoras e metais pesados, que intoxicam e alteram as funções celulares, prejudicando também a plena função das enzimas.
Esses fatores associados causam um aumento de radicais livres, devido à incapacidade das enzimas metabólicas de inibir a sua formação (radicais livres). Em quantidades elevadas, esses radicais livres, interferem nas atividades celulares, provocando mutações, erros genéticos, inibição de secreções celulares, entre outros problemas.
Outra conseqüência, menos evidente, mas relevante, da diminuição gradual dos níveis enzimáticos do organismo, é que nos tornamos menos sensíveis aos outros e a nós mesmos, prejudicando nossa qualidade de vida e evolução espiritual. Desperdiçamos demasiada energia nas desarmonias metabólicas e deixamos de usá-la para outras finalidades mais importantes e existenciais.
O alimento cru contém as enzimas necessárias para ser digerido
O Dr. Edward Howell - que dedicou a vida toda ao estudo das enzimas - chegou a concluir que estas são as transportadoras da energia vital. Todos os organismos possuem uma variedade quase infinita de enzimas que atuam como catalisadores das mais diferentes funções. No corpo humano foram encontradas milhares delas; as implicadas na digestão são somente doze.
Utilizando o mesmo exemplo dado pelo Dr. Howell em seu livro Enzyme Nutrition, é como se, ao nascer, o ser humano recebesse uma doação muito grande, embora limitada, de enzimas - ou energia vital - como se fosse uma soma de dinheiro depositada no banco. Se, durante a vida, se retira energia vital desta conta, sem nunca ter o cuidado de fazer depósitos nela, chegará o momento em que esta se esgotará.
Se tomarmos, por exemplo, uma maçã e a comemos crua, aproveitaremos as enzimas ativas que promovem a sua fácil digestão. Trata-se das mesmas enzimas que provocam a putrefação do fruto quando ele não é utilizado. Quando isto acontece com um fruto caído da árvore sobre o solo, resulta numa devolução de nutrientes orgânicos à nossa Mãe Terra, completando assim o ciclo vital do fruto. Se as condições são favoráveis, é até possível às sementes brotarem, dando lugar ao nascimento de uma nova planta.
Retornando ao nosso exemplo, a situação será diferente se comermos o alimento cozido. Neste caso, as enzimas estão inativas (as enzimas são compostas por dois elementos que, ao serem expostos a uma temperatura superior a 45º C, ou a certo tipo de radiação, distanciam-se tanto entre elas a ponto de resultarem inertes) e nosso corpo deverá proporcionar as enzimas digestivas necessárias, valendo-se da reserva de energia vital.
Quando a alimentação é constituída massivamente por receitas cozidas e processados industrialmente, o que fazemos é retirar continuamente de nossa conta bancária. É desta forma que, na produção das doze enzimas digestivas, investimos a maior parte de nossa reserva de energia.
O prejuízo, ao cozinhar os alimentos, não se limita à perda total das enzimas, perdem-se em forma considerável também as vitaminas - às vezes totalmente como no caso da C e B12 - e acontecem alterações das gorduras, minerais e proteínas que deixam de ser metabolizadas do mesmo jeito que no alimento cru, pois se convertem, muitas vezes, em toxinas.
No caso do forno microondas o quadro é ainda mais grave pelo fato que suas intensas radiações destroem completamente o campo energético dos alimentos, desvitalizando-os e modificam mais ainda sua estrutura.
Texto extraído e adapatado do site: www.crudivorismo.com.br
Tag: alimentação crua e viva, enzimas, digestão, crudivorismo, Dr. Howell
Fonte: Doce Limão
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sábado, 18 de abril de 2009
A "neura" das proteínas
A maioria dos que hesitam em partir para uma alimentação vegetariana afirma que ela é desprovida de proteínas, aquelas substâncias sem as quais não vivemos. Na verdade, as proteínas são os tijolos estruturais de todos os tecidos no plano molecular, além de combustíveis que produzem energia para as células. Estão presentes no RNA e no DNA, e, portanto, são chave na genética. Na forma de proteínas circulantes, dão estrutura ao plasma, e na forma de enzimas - todas as enzimas são proteínas - simplesmente são responsáveis pelo funcionamento de toda a engenharia da vida, desde a respiração, passando pela coagulação sanguínea, imunidade, equilíbrio endócrino, e muitas outras funções. Pode-se afirmar que as proteínas participam em todas as instâncias da vida.
Com tantos atributos, fica óbvio que todos tenham essa "neura". Afinal, como ter uma dieta que possa suprir a demanda de proteínas de que tanto precisamos? Em nome disso, milhares de animais são sacrificados diariamente, florestas são devastadas em nome da expansão de pastos, milhões de litros de leite são ordenhados e pasteurizados, milhões de ovos são depositados e embalados para o abastecimento das cidades. Segundo o Dr. Márcio Bontempo, cada brasileiro come, ao longo de uma vida, sete vacas, 13 porcos e 1.500 galináceos.
Em muitos lugares no Brasil e no mundo, uma família diz-se pobre e faminta se em sua mesa não estiver presente, diariamente, algo de carne, ovos ou laticínios. Os pais que resolverem nutrir seus filhos sem esses alimentos de origem animal são considerados irresponsáveis ou loucos. Ninguém pode imaginar um atleta de alto rendimento que seja vegetariano. No entanto, uma nutrição altamente protéica pode ser atingida com a alimentação crua e viva.
O primeiro ponto crucial é o não cozimento. Conforme menciono em meu livro 'Lugar de Médico é na Cozinha' (editora Alaúde), 50% das proteínas se perdem com o cozimento em altas temperaturas. Daí o alimento cozido já parte em desvantagem. A proteína mastigada é ingerida e requer fluxo copioso de ácido clorídrico, jorrado pela mucosa gástrica e capaz de corroer uma barra de ferro, para "dissolver" os nacos de fibra animal ou as sementes cozidas. Grandes quantidades de pepsina, quimiotripsina e proteases, enzimas responsáveis pela digestão das proteínas, são lançadas na luz do estômago, e seriam capazes de digeri-lo se não existissem mecanismos de proteção. Só então os milhares de aminoácidos, contas de um colar que é a proteína, estarão disponíveis à parede intestinal, para que ocorra sua absorção.
A economia do corpo é perceptível para cada um de nós: o custo dessa forma de digestão é muito alto, gastamos muita energia apenas para digerir os alimentos cozidos. Não se joga ácido clorídrico e enzimas no sistema sem gasto de ATP (trifosfato de adenosina), o bloco fundamental de energia do corpo. A nossa "pilha descarrega" para manter esse tipo de digestão. Não podemos ver esses processos, que foram estudados com afinco pela ciência, mas podemos perceber a queda de energia após um almoço convencional.
Já nas sementes em germinação, a proteína armazenada durante o estado inativo (o colar de contas) é decomposta em seus aminoácidos (as contas). Existem processos enzimáticos dentro da semente que terminam por oferecer esses fundamentais nutrientes na sua forma mais simples, pronta para a absorção, sem qualquer gasto de energia para o corpo.
Os benefícios das sementes germinadas naqueles que sofrem as dores das gastrites e úlceras são impressionantes. Sem as proteínas inteiras para digerir no estômago, a quantidade de ácido clorídrico e proteases, produzidos após uma ceia crua e viva, é ínfima. É a forma mais fisiológica de reduzir a secreção cloridropéptica, prescindindo dela em vez de bloqueá-la.
Segundo conhecimentos adquiridos na Universidade de Brasília, com a professora Gabi, em um inesquecível curso de Nutrição Aplicada, podemos encontrar todos os aminoácidos essenciais nas plantas e nas sementes, desde que saibamos como usá-las. Segundo ela, a nutrição de uma pessoa estaria garantida, pelo menos na parte protéica, com a associação de cereais e leguminosas no mesmo prato. Isso porque os cereais contêm os aminoácidos essenciais que as leguminosas não têm, e vice-versa...
Desde essa valiosa aula, passei a tratar as proteínas de origem animal com mais restrição, fazendo um prato cheio de cereais e leguminosas, e o pedacinho de carne era o que coubesse na palma de minha mão. Mas hoje utilizo em minha dieta pelo menos 14 tipos de cereais e leguminosas germinados. Se me ocorresse comer carne, elevaria meu ácido úrico, pois ofertaria proteínas em excesso. Na mesma palma da mão que cabia um pedacinho de carne, agora um punhado de cereais e um punhado de leguminosas germinadas são capazes de me fornecer todos os aminoácidos essenciais.
O fato é que durante a germinação de uma semente ou grão, ocorre a transformação de aminoácidos não essenciais em aminoácidos essenciais, entre eles o triptofano e a metionina comuns em proteínas de origem animal.
Quais são os cereais e as leguminosas? É fácil e difícil responder. Fácil se formos às plantações para ver as diferenças. Difícil se tentarmos identificá-los nas embalagens dos supermercados. Afinal, todos são grãos. Ao vivo e a cores, fica fácil: a diferença é que os cereais crescem em espigas, e as leguminosas crescem em vagens (bagas). Todos conhecem a espiga de milho; logo, milho é um cereal. Todos conhecem a baga do amendoim; logo, o amendoim é uma leguminosa. Grãos de bico, ervilhas, feijões e soja crescem em bagas. Arroz, trigo, centeio e cevada crescem em espigas. E assim por diante.
Voltando ao tema do sinergismo, não preciso saber quais aminoácidos existem, em que quantidade, dentro de qual grão; basta apenas que em meu prato estejam presentes um cereal e uma leguminosa germinados, e que seja possível uma oferta variada de cada um desses grupos.
O germinado e o broto do trigo são considerados a linha de frente na alimentação crua e viva, por possuírem propriedades nutricionais e medicinais espetaculares. Palavras de Jesus de Nazaré aos novos Irmãos dos Eleitos, conforme o Evangelho Essênio da Paz:
Mas agora vos falarei de coisas misteriosas, pois, em verdade vos digo, a relva humilde é mais do que alimento para o homem e para o animal. Ela esconde sua glória debaixo de um aspecto despretensioso. É o ponto de encontro entre os reinos terreno e celestial.
O germinado e o broto do girassol também são deliciosos. O broto tem um sabor exótico, que lembra de longe o agrião, só que um pouco mais adocicado. É perfeito para decoração de saladas, pode ser incluído em pratos mornos e adicionado ao suco verde que chamo ‘leite da terra’. É também uma verdura orgânica que pode ser cultivada na cozinha. As propriedades medicinais e nutricionais assemelham-se às do broto de trigo. Ê impressionante ver como os brotos de girassol esticam-se em direção à luz e seguem qualquer estímulo luminoso, mudando sua posição na bandeja em questão de minutos. É talvez a planta que mais absorve informações solares, criando substâncias nutritivas únicas. Os incas veneravam o girassol, tendo-o como a própria representação do Deus Sol.
Brotos de feijão moyashi, alfafa, mostarda e outros já são encontráveis em casas especializadas e de produtos orientais. Devem-se adotar os mesmos critérios que o das sementes, na hora da compra. As hortaliças orgânicas surpreendem, pois quase todos nós as temos como pouco calóricas e protéicas, mas não é o caso: o agrião é composto de 50% de proteínas, tendo todos os aminoácidos essenciais. Em proporções também altas encontramos no espinafre, alface roxa, rúcula, bertalha e salsa. Praticamente todas as verduras de folhas escuras têm proteínas, e oferecem-nas em forma balanceada.
Texto extraído do livro Lugar de médico é na cozinha - Dr. Alberto P. Gonzalez - Editora Alaúde.
Com tantos atributos, fica óbvio que todos tenham essa "neura". Afinal, como ter uma dieta que possa suprir a demanda de proteínas de que tanto precisamos? Em nome disso, milhares de animais são sacrificados diariamente, florestas são devastadas em nome da expansão de pastos, milhões de litros de leite são ordenhados e pasteurizados, milhões de ovos são depositados e embalados para o abastecimento das cidades. Segundo o Dr. Márcio Bontempo, cada brasileiro come, ao longo de uma vida, sete vacas, 13 porcos e 1.500 galináceos.
Em muitos lugares no Brasil e no mundo, uma família diz-se pobre e faminta se em sua mesa não estiver presente, diariamente, algo de carne, ovos ou laticínios. Os pais que resolverem nutrir seus filhos sem esses alimentos de origem animal são considerados irresponsáveis ou loucos. Ninguém pode imaginar um atleta de alto rendimento que seja vegetariano. No entanto, uma nutrição altamente protéica pode ser atingida com a alimentação crua e viva.
O primeiro ponto crucial é o não cozimento. Conforme menciono em meu livro 'Lugar de Médico é na Cozinha' (editora Alaúde), 50% das proteínas se perdem com o cozimento em altas temperaturas. Daí o alimento cozido já parte em desvantagem. A proteína mastigada é ingerida e requer fluxo copioso de ácido clorídrico, jorrado pela mucosa gástrica e capaz de corroer uma barra de ferro, para "dissolver" os nacos de fibra animal ou as sementes cozidas. Grandes quantidades de pepsina, quimiotripsina e proteases, enzimas responsáveis pela digestão das proteínas, são lançadas na luz do estômago, e seriam capazes de digeri-lo se não existissem mecanismos de proteção. Só então os milhares de aminoácidos, contas de um colar que é a proteína, estarão disponíveis à parede intestinal, para que ocorra sua absorção.
A economia do corpo é perceptível para cada um de nós: o custo dessa forma de digestão é muito alto, gastamos muita energia apenas para digerir os alimentos cozidos. Não se joga ácido clorídrico e enzimas no sistema sem gasto de ATP (trifosfato de adenosina), o bloco fundamental de energia do corpo. A nossa "pilha descarrega" para manter esse tipo de digestão. Não podemos ver esses processos, que foram estudados com afinco pela ciência, mas podemos perceber a queda de energia após um almoço convencional.
Já nas sementes em germinação, a proteína armazenada durante o estado inativo (o colar de contas) é decomposta em seus aminoácidos (as contas). Existem processos enzimáticos dentro da semente que terminam por oferecer esses fundamentais nutrientes na sua forma mais simples, pronta para a absorção, sem qualquer gasto de energia para o corpo.
Os benefícios das sementes germinadas naqueles que sofrem as dores das gastrites e úlceras são impressionantes. Sem as proteínas inteiras para digerir no estômago, a quantidade de ácido clorídrico e proteases, produzidos após uma ceia crua e viva, é ínfima. É a forma mais fisiológica de reduzir a secreção cloridropéptica, prescindindo dela em vez de bloqueá-la.
Segundo conhecimentos adquiridos na Universidade de Brasília, com a professora Gabi, em um inesquecível curso de Nutrição Aplicada, podemos encontrar todos os aminoácidos essenciais nas plantas e nas sementes, desde que saibamos como usá-las. Segundo ela, a nutrição de uma pessoa estaria garantida, pelo menos na parte protéica, com a associação de cereais e leguminosas no mesmo prato. Isso porque os cereais contêm os aminoácidos essenciais que as leguminosas não têm, e vice-versa...
Desde essa valiosa aula, passei a tratar as proteínas de origem animal com mais restrição, fazendo um prato cheio de cereais e leguminosas, e o pedacinho de carne era o que coubesse na palma de minha mão. Mas hoje utilizo em minha dieta pelo menos 14 tipos de cereais e leguminosas germinados. Se me ocorresse comer carne, elevaria meu ácido úrico, pois ofertaria proteínas em excesso. Na mesma palma da mão que cabia um pedacinho de carne, agora um punhado de cereais e um punhado de leguminosas germinadas são capazes de me fornecer todos os aminoácidos essenciais.
O fato é que durante a germinação de uma semente ou grão, ocorre a transformação de aminoácidos não essenciais em aminoácidos essenciais, entre eles o triptofano e a metionina comuns em proteínas de origem animal.
Quais são os cereais e as leguminosas? É fácil e difícil responder. Fácil se formos às plantações para ver as diferenças. Difícil se tentarmos identificá-los nas embalagens dos supermercados. Afinal, todos são grãos. Ao vivo e a cores, fica fácil: a diferença é que os cereais crescem em espigas, e as leguminosas crescem em vagens (bagas). Todos conhecem a espiga de milho; logo, milho é um cereal. Todos conhecem a baga do amendoim; logo, o amendoim é uma leguminosa. Grãos de bico, ervilhas, feijões e soja crescem em bagas. Arroz, trigo, centeio e cevada crescem em espigas. E assim por diante.
Voltando ao tema do sinergismo, não preciso saber quais aminoácidos existem, em que quantidade, dentro de qual grão; basta apenas que em meu prato estejam presentes um cereal e uma leguminosa germinados, e que seja possível uma oferta variada de cada um desses grupos.
O germinado e o broto do trigo são considerados a linha de frente na alimentação crua e viva, por possuírem propriedades nutricionais e medicinais espetaculares. Palavras de Jesus de Nazaré aos novos Irmãos dos Eleitos, conforme o Evangelho Essênio da Paz:
Mas agora vos falarei de coisas misteriosas, pois, em verdade vos digo, a relva humilde é mais do que alimento para o homem e para o animal. Ela esconde sua glória debaixo de um aspecto despretensioso. É o ponto de encontro entre os reinos terreno e celestial.
O germinado e o broto do girassol também são deliciosos. O broto tem um sabor exótico, que lembra de longe o agrião, só que um pouco mais adocicado. É perfeito para decoração de saladas, pode ser incluído em pratos mornos e adicionado ao suco verde que chamo ‘leite da terra’. É também uma verdura orgânica que pode ser cultivada na cozinha. As propriedades medicinais e nutricionais assemelham-se às do broto de trigo. Ê impressionante ver como os brotos de girassol esticam-se em direção à luz e seguem qualquer estímulo luminoso, mudando sua posição na bandeja em questão de minutos. É talvez a planta que mais absorve informações solares, criando substâncias nutritivas únicas. Os incas veneravam o girassol, tendo-o como a própria representação do Deus Sol.
Brotos de feijão moyashi, alfafa, mostarda e outros já são encontráveis em casas especializadas e de produtos orientais. Devem-se adotar os mesmos critérios que o das sementes, na hora da compra. As hortaliças orgânicas surpreendem, pois quase todos nós as temos como pouco calóricas e protéicas, mas não é o caso: o agrião é composto de 50% de proteínas, tendo todos os aminoácidos essenciais. Em proporções também altas encontramos no espinafre, alface roxa, rúcula, bertalha e salsa. Praticamente todas as verduras de folhas escuras têm proteínas, e oferecem-nas em forma balanceada.
Texto extraído do livro Lugar de médico é na cozinha - Dr. Alberto P. Gonzalez - Editora Alaúde.
Tag: alimentação crua e viva - proteínas - brotos - germinados - Dr. Alberto Gonzalez
Fonte:Doce Limão
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sexta-feira, 17 de abril de 2009
Sandeep Shirvalkar - Medicina Ayurveda
Medicina Ayurveda
Vai estar em Lisboa, de 13 a 20 de Maio, Drº Sandeep Shirvalkar, especialista em Medicina Ayurveda. As suas consultas decorrerão na Av. Óscar Monteiro Torres, nº 5 – 1º.
Faça desde já a sua marcação através do número: 96 857 36 53 ou 91 905 05 81
Em que consiste a Medicina Ayurveda?
O objectivo da Medicina Ayurveda é manter a boa saúde, não só prevenindo como também curando as doenças. Baseia-se no balanceamento dos nossos níveis de energia através de regimes alimentares. Trata cada pessoa como uma entidade diferente, uma vez que cada um de nós tem um tipo corporal único.
Nas consultas Ayurveda o corpo é analisado com base em energias subtis – que governam a vida humana. Um questionário especialmente dirigido define a resposta de cada um à natureza e sugere a constituição individual. Além de que revela a presença de doenças e as formas naturais de as curar.
Conhecendo a constituição Ayurveda do corpo podemos saber quais os alimentos adequados a cada um, os que deve comer e os que deve evitar. A Ayurveda sugere também regimes diários e sazonais que cada um deve seguir para evitar doenças e manter-se saudável. Dá também indicações da natureza mental e das maneiras de manter a mente equilibrada.
Tempo das Consultas: cerca de 1 hora por pessoa
>> análise do Biotipo, diagnóstico de doenças, receita de tratamento e prescrição de regime alimentar.
Vai estar em Lisboa, de 13 a 20 de Maio, Drº Sandeep Shirvalkar, especialista em Medicina Ayurveda. As suas consultas decorrerão na Av. Óscar Monteiro Torres, nº 5 – 1º.
Faça desde já a sua marcação através do número: 96 857 36 53 ou 91 905 05 81
Em que consiste a Medicina Ayurveda?
O objectivo da Medicina Ayurveda é manter a boa saúde, não só prevenindo como também curando as doenças. Baseia-se no balanceamento dos nossos níveis de energia através de regimes alimentares. Trata cada pessoa como uma entidade diferente, uma vez que cada um de nós tem um tipo corporal único.
Nas consultas Ayurveda o corpo é analisado com base em energias subtis – que governam a vida humana. Um questionário especialmente dirigido define a resposta de cada um à natureza e sugere a constituição individual. Além de que revela a presença de doenças e as formas naturais de as curar.
Conhecendo a constituição Ayurveda do corpo podemos saber quais os alimentos adequados a cada um, os que deve comer e os que deve evitar. A Ayurveda sugere também regimes diários e sazonais que cada um deve seguir para evitar doenças e manter-se saudável. Dá também indicações da natureza mental e das maneiras de manter a mente equilibrada.
Tempo das Consultas: cerca de 1 hora por pessoa
>> análise do Biotipo, diagnóstico de doenças, receita de tratamento e prescrição de regime alimentar.
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quinta-feira, 16 de abril de 2009
Golfinhos impedem ataque pirata na Somália
Hoje de manhã ao ouvir "A Maça de Ouro" no SINAIS, na TSF, do fabuloso Fernando Alves, achei este artigo:
Golfinhos impedem ataque pirata na Somália
Os ataques de piratas na costa da Somália estão colocando em risco até a fauna marinha. Na última segunda-feira, um grupo com milhares de golfinhos ficou na linha de tiro entre os piratas e a Marinha chinesa, que escoltava navios comerciais pelo Golfo de Áden.
Segundo a agência oficial de notícias da China, a Xinhua, os golfinhos surgiram instantes depois da aparição de cinco pequenos barcos de pesca usados por piratas. A quantidade de golfinhos era tão grande que os supostos piratas pararam de avançar e retornaram em direção à costa da Somália.
Desde dezembro, a Marinha da China tem escoltado os navios do país, depois que, entre janeiro e novembro de 2008, sete navios chineses, ou com carga e tripulação do país, foram sequestrados.
Confira nas fotos abaixo o surgimento dos golfinhos e a reação dos supostos piratas:
Golfinhos impedem ataque pirata na Somália
Os ataques de piratas na costa da Somália estão colocando em risco até a fauna marinha. Na última segunda-feira, um grupo com milhares de golfinhos ficou na linha de tiro entre os piratas e a Marinha chinesa, que escoltava navios comerciais pelo Golfo de Áden.
Segundo a agência oficial de notícias da China, a Xinhua, os golfinhos surgiram instantes depois da aparição de cinco pequenos barcos de pesca usados por piratas. A quantidade de golfinhos era tão grande que os supostos piratas pararam de avançar e retornaram em direção à costa da Somália.
Desde dezembro, a Marinha da China tem escoltado os navios do país, depois que, entre janeiro e novembro de 2008, sete navios chineses, ou com carga e tripulação do país, foram sequestrados.
Confira nas fotos abaixo o surgimento dos golfinhos e a reação dos supostos piratas:
Há que respeitar os animais, pois eles respeitam o animal Homem.
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domingo, 12 de abril de 2009
Leite de Sementes
Na alimentação viva tudo tem início pela germinação das sementes e grãos, agentes biogênicos (que geram vida), por sua qualidade nutricional e energética.
Ao colocarmos uma sê-mente para germinar (água = umidade + escurinho = à noite), ela entende que chegou a hora de brotar e expandir para virar uma nova planta.
Neste exato momento, substâncias antinutricionais (glúten, ácido fítico, inibidores de tripsina, etc.) são transformadas em substâncias ativas (enzimas, vitaminas, sais minerais) da germinação, para provocar um rápido brotar, enraizar e crescer. Quem já colocou uma semente germinada para brotar, não cansa de se extasiar diante das mudanças a olhos vistos, a cada hora que passa diante do canteiro.
Sê-mentes oleaginosas (girassol, gergelim, linhaça, castanha do Pará, nozes, etc.), e grãos de cereais (trigo, cevada, aveia, etc.) são alimentos especiais, porque neles predominam macronutrientes como as proteínas e gorduras vegetais, e micronutrientes como o selênio e o cobre, matérias-primas excelentes para o cérebro.
E, o interessante é que os leites preparados a partir de seus germinados, apresentam uma digestão leve e alcalinizante (ao contrário da digestão das proteínas de origem animal, que é lenta e acidificante), além da propriedade de facilitar a liberação da serotonina, um neuroitransmissor benéfico para várias funções cerebrais, entre elas a de facilitar o bom-humor e a qualidade do sono.
Portanto, estes leites e vitaminas são ideais para serem tomados à noite, antes de deitar. Logicamente sem exagero.
Mas, para preparar estes leites e vitaminas, precisamos antes germinar a semente escolhida, ou seja, é preciso planejar. Então: mãos à obra!
GERMINANDO SEMENTES E GRÃOS - preparo em geral
Coloque de uma a três colheres (sopa) da semente ou grão escolhido num vidro e cubra com água filtrada.
Deixe de molho por 8 a 12 horas – varia para cada semente. Ver abaixo.
Cubra a boca do vidro com um pedaço de filó e prenda com um elástico.
Despeje a água em que ficaram de molho e enxágue bem as sementes sob a torneira.
Coloque o vidro inclinado (45 graus) e emborcado num escorredor, num lugar sombreado e fresco.
Enxágue pela manhã e à noite. Em dias quentes é preciso lavar 3 ou mais vezes.
O tempo de germinação varia de acordo com a semente, temperatura local, etc. Em geral, estão com sua potência máxima logo que sinalizam, assim que põem a "cabecinha branca" para fora. Então estão prontos para serem consumidos. O ponto limite para consumo é até que o gérmen atinja o tamanho da semente. Depois disso ela deverá ser brotada, plantada ou jogada fora.
Trigo, grão-de-bico, amendoim, lentilha e girassol: coloque as sementes de molho em água filtrada por 6-9 horas. Na sequência elas deverão ficar aerando como na operação 6. Em 3 dias estarão germinadas e prontas para consumo.
Broto de Alfafa: coloque as sementes de molho em água filtrada por 4 horas. Na sequência elas deverão ficar aerando como na operação 6. Em 5 a 8 dias estarão brotadas e prontas para consumo em saladas.
Gergelim e linhaça: coloque as sementes de molho em água filtrada por 4 horas (ideal durante a noite). Ideal 1 parte de semente para 4 partes de água. Estas sementes não precisam aerar. É opcional das uma lavada rapidíssima numa peneira sob a torneira. A mucilagem (uma gosminha) formada pela semente da linhaça deverá ser preservada (não jogar fora, ela é terapêutica). Estará pronta para fazer leite, pasta ou usar em receitas de sucos desintoxicantes.
Castanha do Pará e Nozes brasileiras (pecã, macadâmia): coloque as sementes de molho em água filtrada por 24 horas e estarão prontas para consumo. Estas sementes não necessitam aeração. Estará pronta para fazer leite, pasta ou usar em receitas de sucos desintoxicantes.
Amêndoa e Avelã: coloque as sementes de molho em água filtrada por 12 horas. Estas sementes não necessitam aeração. Estará pronta para fazer leite, pasta ou usar em receitas de sucos desintoxicantes.
LEITES E IOGURTES DE GERMINADOS
Leite de trigo: pode ser preparado a partir de um trigo germinado de 3 dias (conforme acima) batido no liquidificador com água na proporção de 1 parte de germinado para 1 de água. Coe numa panela furada e está pronto para o consumo puro ou no preparo de vitaminas com frutas frescas.
Leite de amêndoas: prepare o germinado de amêndoa conforme indicado acima. Bata no liquidificador colocando água aos poucos até que fique um leite cremoso. Adicione raspas de gengibre e adoce com 1 colher (sobremesa) de uma fruta seca de sua preferência/litro de leite.
Leite de gergelim (sesamo): ½ xícara (chá) de semente de gergelim germinada conforme indicado acima + 1 xícara (chá) de água mineral. Bata tudo no liquidificador e coe. Opcional bater com uma freta fresca ou seca, mas precisa ser tomado na hora, pois esta semente tende a desenvolver um fundo de sabor amargo.
Vitamina de maçã e gergelim: 1 xícara (chá) de leite de gergelim + 1 maçã descascada e picada + canela em pó a gosto + folhas secas de estévia (opcional).
Leite de coco: nada mais simples do que bater no liquidificador a água do coco com sua própria polpa. Não acrescente mais nada e delicie-se! Você pode ainda acrescentar fermento BioRich e preparar um delicioso iogurte natural de coco.
Imitação de chocolate: ¼ xícara (chá) de leite de amêndoas + ½ xícara (chá) de tâmaras + 1 coco verde (polpa + água) + 2 colheres (sopa) de alfarroba em pó. Passe no liquidificador. Sirva gelado.
Vitamina cremosa: 1 xícara (chá) da sua fruta favorita + 1 xícara (chá) de leite de trigo + 1 beterraba (crua) pequena + 2 colheres (sopa) de girassol germinado. Bata tudo no liquidificador e coe. Sirva imediatamente.
Mingau de Aveia: 1 colher (sopa) de aveia demolhada na véspera + 1 maçã ralada + 1 colher (sopa) de suco fresco de limão + 1 colher (sopa) de uva passa + 1 colher (chá) de casca ralada de limão + 1 castanha do Pará germinada e ralada. Misture tudo e sirva como desjejum ou lanche. A maçã pode ser substituída pela fruta da estação de sua preferência.
Iogurte de nozes: coloque 1 xícara de nozes (ou da semente desejada) de molho em água para germinar conforme indicações acima. Passe no liquidificador colocando água aos poucos até que fique um creme grosso. Passe na peneira para coar a parte líquida e ponha a massa numa tigela coberta com um pano fino para que o ar possa penetrar. Coloque a tigela num lugar morno e deixe descansar por 6 a 12 horas ou até ficar como um gosto ácido. Este iogurte pode ser feito com gergelim, girassol, com qualquer tipo de nozes ou combinações. Pode-se variar o gosto acrescentando mel, suco de limão, sal marinho, essência natural de baunilha ou outros sabores naturais. Atenção: quanto mais tempo o iogurte demorar num lugar morno, mais ácido irá ficar.
Sugestões de combinações para deliciosos iogurtes: Castanha e gergelim / Castanha, amêndoa e gergelim / Castanha e girassol / Gergelim e amêndoa / Girassol e amêndoa / Pecã e amêndoa / Gergelim e avelã.
Conceição Trucom é química, cientista, palestrante e escritora sobre temas voltados para a alimentação natural, bem-estar e qualidade de vida.
Ao colocarmos uma sê-mente para germinar (água = umidade + escurinho = à noite), ela entende que chegou a hora de brotar e expandir para virar uma nova planta.
Neste exato momento, substâncias antinutricionais (glúten, ácido fítico, inibidores de tripsina, etc.) são transformadas em substâncias ativas (enzimas, vitaminas, sais minerais) da germinação, para provocar um rápido brotar, enraizar e crescer. Quem já colocou uma semente germinada para brotar, não cansa de se extasiar diante das mudanças a olhos vistos, a cada hora que passa diante do canteiro.
Sê-mentes oleaginosas (girassol, gergelim, linhaça, castanha do Pará, nozes, etc.), e grãos de cereais (trigo, cevada, aveia, etc.) são alimentos especiais, porque neles predominam macronutrientes como as proteínas e gorduras vegetais, e micronutrientes como o selênio e o cobre, matérias-primas excelentes para o cérebro.
E, o interessante é que os leites preparados a partir de seus germinados, apresentam uma digestão leve e alcalinizante (ao contrário da digestão das proteínas de origem animal, que é lenta e acidificante), além da propriedade de facilitar a liberação da serotonina, um neuroitransmissor benéfico para várias funções cerebrais, entre elas a de facilitar o bom-humor e a qualidade do sono.
Portanto, estes leites e vitaminas são ideais para serem tomados à noite, antes de deitar. Logicamente sem exagero.
Mas, para preparar estes leites e vitaminas, precisamos antes germinar a semente escolhida, ou seja, é preciso planejar. Então: mãos à obra!
GERMINANDO SEMENTES E GRÃOS - preparo em geral
Coloque de uma a três colheres (sopa) da semente ou grão escolhido num vidro e cubra com água filtrada.
Deixe de molho por 8 a 12 horas – varia para cada semente. Ver abaixo.
Cubra a boca do vidro com um pedaço de filó e prenda com um elástico.
Despeje a água em que ficaram de molho e enxágue bem as sementes sob a torneira.
Coloque o vidro inclinado (45 graus) e emborcado num escorredor, num lugar sombreado e fresco.
Enxágue pela manhã e à noite. Em dias quentes é preciso lavar 3 ou mais vezes.
O tempo de germinação varia de acordo com a semente, temperatura local, etc. Em geral, estão com sua potência máxima logo que sinalizam, assim que põem a "cabecinha branca" para fora. Então estão prontos para serem consumidos. O ponto limite para consumo é até que o gérmen atinja o tamanho da semente. Depois disso ela deverá ser brotada, plantada ou jogada fora.
Trigo, grão-de-bico, amendoim, lentilha e girassol: coloque as sementes de molho em água filtrada por 6-9 horas. Na sequência elas deverão ficar aerando como na operação 6. Em 3 dias estarão germinadas e prontas para consumo.
Broto de Alfafa: coloque as sementes de molho em água filtrada por 4 horas. Na sequência elas deverão ficar aerando como na operação 6. Em 5 a 8 dias estarão brotadas e prontas para consumo em saladas.
Gergelim e linhaça: coloque as sementes de molho em água filtrada por 4 horas (ideal durante a noite). Ideal 1 parte de semente para 4 partes de água. Estas sementes não precisam aerar. É opcional das uma lavada rapidíssima numa peneira sob a torneira. A mucilagem (uma gosminha) formada pela semente da linhaça deverá ser preservada (não jogar fora, ela é terapêutica). Estará pronta para fazer leite, pasta ou usar em receitas de sucos desintoxicantes.
Castanha do Pará e Nozes brasileiras (pecã, macadâmia): coloque as sementes de molho em água filtrada por 24 horas e estarão prontas para consumo. Estas sementes não necessitam aeração. Estará pronta para fazer leite, pasta ou usar em receitas de sucos desintoxicantes.
Amêndoa e Avelã: coloque as sementes de molho em água filtrada por 12 horas. Estas sementes não necessitam aeração. Estará pronta para fazer leite, pasta ou usar em receitas de sucos desintoxicantes.
LEITES E IOGURTES DE GERMINADOS
Leite de trigo: pode ser preparado a partir de um trigo germinado de 3 dias (conforme acima) batido no liquidificador com água na proporção de 1 parte de germinado para 1 de água. Coe numa panela furada e está pronto para o consumo puro ou no preparo de vitaminas com frutas frescas.
Leite de amêndoas: prepare o germinado de amêndoa conforme indicado acima. Bata no liquidificador colocando água aos poucos até que fique um leite cremoso. Adicione raspas de gengibre e adoce com 1 colher (sobremesa) de uma fruta seca de sua preferência/litro de leite.
Leite de gergelim (sesamo): ½ xícara (chá) de semente de gergelim germinada conforme indicado acima + 1 xícara (chá) de água mineral. Bata tudo no liquidificador e coe. Opcional bater com uma freta fresca ou seca, mas precisa ser tomado na hora, pois esta semente tende a desenvolver um fundo de sabor amargo.
Vitamina de maçã e gergelim: 1 xícara (chá) de leite de gergelim + 1 maçã descascada e picada + canela em pó a gosto + folhas secas de estévia (opcional).
Leite de coco: nada mais simples do que bater no liquidificador a água do coco com sua própria polpa. Não acrescente mais nada e delicie-se! Você pode ainda acrescentar fermento BioRich e preparar um delicioso iogurte natural de coco.
Imitação de chocolate: ¼ xícara (chá) de leite de amêndoas + ½ xícara (chá) de tâmaras + 1 coco verde (polpa + água) + 2 colheres (sopa) de alfarroba em pó. Passe no liquidificador. Sirva gelado.
Vitamina cremosa: 1 xícara (chá) da sua fruta favorita + 1 xícara (chá) de leite de trigo + 1 beterraba (crua) pequena + 2 colheres (sopa) de girassol germinado. Bata tudo no liquidificador e coe. Sirva imediatamente.
Mingau de Aveia: 1 colher (sopa) de aveia demolhada na véspera + 1 maçã ralada + 1 colher (sopa) de suco fresco de limão + 1 colher (sopa) de uva passa + 1 colher (chá) de casca ralada de limão + 1 castanha do Pará germinada e ralada. Misture tudo e sirva como desjejum ou lanche. A maçã pode ser substituída pela fruta da estação de sua preferência.
Iogurte de nozes: coloque 1 xícara de nozes (ou da semente desejada) de molho em água para germinar conforme indicações acima. Passe no liquidificador colocando água aos poucos até que fique um creme grosso. Passe na peneira para coar a parte líquida e ponha a massa numa tigela coberta com um pano fino para que o ar possa penetrar. Coloque a tigela num lugar morno e deixe descansar por 6 a 12 horas ou até ficar como um gosto ácido. Este iogurte pode ser feito com gergelim, girassol, com qualquer tipo de nozes ou combinações. Pode-se variar o gosto acrescentando mel, suco de limão, sal marinho, essência natural de baunilha ou outros sabores naturais. Atenção: quanto mais tempo o iogurte demorar num lugar morno, mais ácido irá ficar.
Sugestões de combinações para deliciosos iogurtes: Castanha e gergelim / Castanha, amêndoa e gergelim / Castanha e girassol / Gergelim e amêndoa / Girassol e amêndoa / Pecã e amêndoa / Gergelim e avelã.
Conceição Trucom é química, cientista, palestrante e escritora sobre temas voltados para a alimentação natural, bem-estar e qualidade de vida.
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sábado, 11 de abril de 2009
Pascoa Feliz
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terça-feira, 7 de abril de 2009
Cultura de Brotos - Passo a Passo
:: Brotos = proteínas !
As proteínas das plantas são facilmente assimiladas pelo corpo humano, são pobres em gorduras e praticamente não contém gordura saturada e colesterol.
As proteínas são construídas de “blocos” chamados aminoácidos. Dos oito aminoácidos essenciais, os brotos de feijão (moyashi) são ricos em sete, superando a carne e o ovo em alguns casos.
O broto de alfafa possui grande quantidade de substâncias bioflavonóides (antioxidantes naturais produzidos pela planta como mecanismo de protecção) que actuam como anti cancerígenos nas células humanas.
Vitaminas A, C e E previnem a oxidação de gorduras no sangue, inibindo assim a formação de radicais livres no organismo. Os brotos são boas fontes dessas vitaminas, principalmente A e C. Possuem também alta concentração de minerais.
São utilizados em dietas por atletas, substituindo a carne, além de ser utilizado como fito-hormonio pelas pessoas que precisam de reposição hormonal e não podem fazê-lo através de produtos sintéticos.
“Para que uma substância seja assimilável pelo organismo, é necessário que na sua procedência seja transformada e vitalizada pela passagem em um organismo vivo, principalmente uma célula vegetal. A célula animal só poderá assimilar o nutriente vitalizado, quando composto de substância coloidal. Os cristalóides não são assimiláveis e acumulam-se no organismo produzindo inúmeros distúrbios”[1].
As proteínas das plantas são facilmente assimiladas pelo corpo humano, são pobres em gorduras e praticamente não contém gordura saturada e colesterol.
As proteínas são construídas de “blocos” chamados aminoácidos. Dos oito aminoácidos essenciais, os brotos de feijão (moyashi) são ricos em sete, superando a carne e o ovo em alguns casos.
O broto de alfafa possui grande quantidade de substâncias bioflavonóides (antioxidantes naturais produzidos pela planta como mecanismo de protecção) que actuam como anti cancerígenos nas células humanas.
Vitaminas A, C e E previnem a oxidação de gorduras no sangue, inibindo assim a formação de radicais livres no organismo. Os brotos são boas fontes dessas vitaminas, principalmente A e C. Possuem também alta concentração de minerais.
São utilizados em dietas por atletas, substituindo a carne, além de ser utilizado como fito-hormonio pelas pessoas que precisam de reposição hormonal e não podem fazê-lo através de produtos sintéticos.
“Para que uma substância seja assimilável pelo organismo, é necessário que na sua procedência seja transformada e vitalizada pela passagem em um organismo vivo, principalmente uma célula vegetal. A célula animal só poderá assimilar o nutriente vitalizado, quando composto de substância coloidal. Os cristalóides não são assimiláveis e acumulam-se no organismo produzindo inúmeros distúrbios”[1].
:: Cultivando brotos (Rudolfo Pacheco [2]) ::
Brotos são uma fonte riquíssima em aminoácidos, vitaminas e outros. (Os brotos são fontes inestimáveis de vitaminas A, B, C, D, E, G, K, U, aminoácidos, sais minerais e carboidratos[3].
Além disto, não precisam de agro tóxicos, pois são colhidos prematuramente, ainda com altíssima energia vital.
A alimentação viva - ou raw food - é muito praticada em todo o mundo e pouco difundida no Brasil, embora bons restaurantes já tenham os germinados em seus cardápios.
Aprenda como germinar brotos em casa, além de aprender sobre as propriedades de cada espécie, incluindo o broto de grama de trigo (wheatgrass).
:: Como montar o seu germinário ::
Aqui apresentamos um método simples e rápido, mas muito eficaz, de fazer brotos em casa.
Em geral, os brotos comprados em supermercados ou comidos em restaurantes naturais são plantados em terra com fertilizantes, o que os torna mais vistosos e bem maiores do que os colhidos pelo método tradicional, explicado aqui. Se você optar por adicionar fertilizante, utilize somente o orgânico, extraído da alga marinha Kelps.
Brotos são uma fonte riquíssima em aminoácidos, vitaminas e outros. (Os brotos são fontes inestimáveis de vitaminas A, B, C, D, E, G, K, U, aminoácidos, sais minerais e carboidratos[3].
Além disto, não precisam de agro tóxicos, pois são colhidos prematuramente, ainda com altíssima energia vital.
A alimentação viva - ou raw food - é muito praticada em todo o mundo e pouco difundida no Brasil, embora bons restaurantes já tenham os germinados em seus cardápios.
Aprenda como germinar brotos em casa, além de aprender sobre as propriedades de cada espécie, incluindo o broto de grama de trigo (wheatgrass).
:: Como montar o seu germinário ::
Aqui apresentamos um método simples e rápido, mas muito eficaz, de fazer brotos em casa.
Em geral, os brotos comprados em supermercados ou comidos em restaurantes naturais são plantados em terra com fertilizantes, o que os torna mais vistosos e bem maiores do que os colhidos pelo método tradicional, explicado aqui. Se você optar por adicionar fertilizante, utilize somente o orgânico, extraído da alga marinha Kelps.
O que nós precisamos, basicamente, é de uma vasilha com tampa, que sirva de mini-estufa, e de um anteparo vazado (escorredor de macarrão ou peneira) que segure os brotos sem reter a água. A humidade é essencial para os brotos, mas eles não poderiam ficar sempre molhados porque não respirariam.
Nas lojas de tupperware ou em casas de 1,99 reais, encontramos diversas vasilhas que podem servir. O quebra-cabeças é apenas na hora de encontrar o escorredor de macarrão ou a peneira, pois a borda deve servir para manter sua base suspensa (onde ficarão os brotos), ou seja, não tocando o fundo da vasilha. Isto, porque a água que ficou nos brotos pode escorrer para o fundo da vasilha - e mantê-los molhados.
Encontramos as duplas dinâmicas vasilha-peneira e vasilha-escorredor em lojas de 1,99 - o que fez o germinário ter o seu custo bem reduzido, em comparação com os vendidos em casas especializadas.
Conseguimos uma vasilha de 5 litros, com tampa, e um escorredor que tem a mesmo diâmetro dela. Já a peneira teve que sofrer uma adaptação. Veja, na figura, que ele fica apoiado pelas curvas da vasilha, não pela borda (como é no caso do escorredor).
Veja que a tampa de nossa vasilha é furada. Isto é necessário porque os brotos devem respirar. Também há furos na parte lateral inferior da vasilha, logo abaixo da peneira (ou do escorredor) para que as raízes respirem.
Vamos fazer estes buracos? Pegue uma tesoura grande, de ponta. Abra-a ao máximo. Envolva-a totalmente em duas voltas de um pano de prato, deixando apenas a ponta mais fina de fora. Agora segure-a firmemente e pressione-a contra a tampa/vasilha, girando-a vigorosamente para ambos os lados. Os diâmetros dos furos podem variar de 5 a 8 milímetros.
Antes de utilizar a vasilha e o anteparo, sugiro lavá-los com sabão e um bom banho de água quente (não fervente, para não derreter). Elas ficam em depósitos que podem ter até ratos (quem sabe? É melhor prevenir, certo?).
Quanto à iluminação: os brotos se adaptaram melhor à germinação com luminosidade ambiente. Tentei a germinação em ambiente totalmente escuro, mas a diferença foi mínima. O mais importante é que os brotos germinados mais à luz produzem mais clorofila, o que torna alguns ligeiramente mais picantes.
Escolha um local arejado, iluminado e longe do alcance directo da luz do Sol para deixar as vasilhas. Outros locais podem causar mofo nos brotos e prejudicar a sua colheita.
O local deve oferecer a alternância do dia e da noite, para que o ambiente natural seja recriado da melhor forma possível.
Para ajudar no empilhamento das vasilhas, eu utilizo as tampas de cabeça para baixo, mas isto em nada interfere. Pode-se utilizar também uma fruteira de metal (15 reais, aproximadamente) para o empilhamento das vasilhas.
Aliás, nunca é demais relembrar o factor energia: não coloque suas vasilhas no chão, pois a água atrai qualquer tipo de vida - inclusive as indesejáveis. Coloque a vasilha de baixo sobre um banquinho ou mesa.
Ao manusear seus brotos, tenha pensamentos e sentimentos bons, pois ao final você vai literalmente “comer o que plantou”.
:: Antes de semear - deixe as sementes de molho ! :.
As sementes não são colocadas secas no germinário. Separe uma quantidade de sementes (uma mão medianamente cheia) e coloque-a em uma caneca ou xícara de chá alta.
Cubra as sementes com água filtrada até o dobro da altura que elas alcançaram na xícara. Tampe a xícara com papel alumínio, guardanapo ou um tecido fino.
Lembre-se de furar, com um garfo, o anteparo que cobre a xícara para que haja respiração. Este anteparo pode ser fixado com uma “liguinha” de dinheiro.
Este molho deve ser de, no mínimo, 8 horas e, no máximo, 24 horas. Alguns relataram que o molho de 24 horas dá mais energia para a germinação. Sem dúvida, pois algumas sementes já começam a brotar na própria água.
Não é preciso trocar a água da xícara. Ao retirar as sementes da xícara, não é preciso enxaguá-las. Apenas regue-as após coloca-las no escorredor ou na peneira.
:: Molhando os brotos
Abra a vasilha e retire cuidadosamente o anteparo com os brotos. Jogue a água suavemente sobre eles, de preferência aparando-a e espalhando-a com a mão e os dedos, gentilmente.
Lembre-se: é só para humedecê-los, não para “limpá-los”.
:: Para quem usa a peneira
Após molhar os brotos, coloque o fundo da peneira sobre um pano de prato limpo ou um papel-toalha para que a água que fica presa entre os poros da peneira seja escoada.
Se os poros da peneira forem muito estreitos, fure com um garfo na extremidade e escoe a água por lá.
:: Para quem usa o escorredor
Retire o excesso de água que fica nos poros do escorredor batendo-o levemente contra a pia ou bancada.
Embora algumas fontes sugiram lavar os brotos até 6 vezes por dia, a experiência em Brasília-DF, que é uma região seca, é que 2 vezes por dia são suficientes para um bom crescimento. Isto varia, claro, com a temperatura e a humidade do ar de sua região.
Atenção: os brotos tendem a crescer também para baixo, entrando nos poros do escorredor ou da peneira. Existem duas possibilidades para lidar com esta situação:
Quando for lavá-los, retire estas “encrenqueiras” cuidadosamente, senão elas podem se quebrar.
Ou, se preferir, deixe como está, pois as raízes ficam suspensas e expostas ao ar, portanto mofam menos que quando retiradas. Porém, algumas serão perdidas na colheita.
:: Como servir os brotos
Transfira os brotos colhidos para uma vasilha funda, com água. Agite a água e os brotos vigorosamente com as mãos. Os brotos que oferecem cascas deverão soltá-las em grande parte. A agitação da água também permite limpar os resíduos metabólicos (açúcares) das superfícies dos brotos, o que evita a formação de gases no seu organismo.
Os sabores dos brotos não são primores para satisfazer nenhum gourmet, mas eles são tão saudáveis que uma dieta à base de brotos pode melhorar e muito a sua saúde. Portanto, experimente cada um em separado e veja quais as misturas que você mais gosta.
Se você ainda não está acostumado(a) aos sabores dos brotos, enriqueça a comida do dia a dia ou a salada. Alguns têm gostos mais picantes, outros mais amenos.
Experimente misturá-los ao Tofú (queijo de soja) com azeite de oliva e orégano (esfregue este entre as mãos antes de jogar sobre a comida).
Se você gosta de um toque doce, experimente cortar cubos pequenos de maçãs (sem casca e sem sementes) e misture com uvas-passas e com os brotos (inteiros). Misturar flores comestíveis (”capuxinhos”) também dão um toque especial.
Outras boas misturas são tahini (pasta de gergelim), babaganoug (pasta de berinjela com tahini) e a própria berinjela assada no forno (asse bastante no forno, bata, sem a casca, com algumas gotas de limão e azeite de oliva, no liquidificador). Ou seja: invente e tente! (e depois envie a receita para mim, ok? )
Brotos crus também são bons para misturar a sopas de legumes, principalmente às mais consistentes (batidas no liquidificador) como a de abóbora com ervilhas. Experimente a sopa de brotos colhidos a 1 ou 2 dias.
Saladas de brotos, temperadas à gosto, também são opções para quem não os aprecia in-natura
Lembre-se que todo alimento cozido perde as enzimas que ajudam na digestão, assim como boa parte da energia vital. Prefira comê-los crus ou misturados com cozidos.
:: Algumas dicas sobre brotos
Os brotos são 80% água, portando utilize, preferencialmente, uma fonte de água filtrada para molhá-los.
Antes de comê-los ou cozinhá-los, lave-os com água em abundância para retirar os resíduos metabólicos. Eles podem causar gases.
Veja com atenção as observações sobre cada uma das sementes citadas abaixo. Algumas não devem ser germinadas.
Para conservar os brotos de um dia para o outro, depois da colheita, coloque-os secos em um saco plástico, retire o ar e leve-os à geladeira. Não é aconselhável guardá-los por mais de um dia ou deixá-los de fora, pois perdem suas propriedades facilmente. Em restaurantes, se você sentir o gosto ou o cheiro meio azedo, prefira não comê-los.
Para evitar gases, que são causados pela comida que não foi totalmente digerida, tente o seguinte:
Mastigue bastante antes de engolir, de preferência misturando muita saliva à comida.
Evite comer com nervosismo ou stress.
Lave sempre – e bem – os brotos antes do consumo. Isto retira os açúcares (oligossacarídeos, ou carboidratos que produzem poucos monossacarídeos na hidrólise – processo digestivo) criados na superfície pelos processos metabólicos.
Misture a eles uma pequena quantidade de gengibre ou açafrão (que é um tipo de gengibre), seja em pó ou frescos. Isto ajuda a digerir melhor as proteínas dos brotos.
Gengibre é considerado como um supremo “digestor” de toxinas, segundo a Ayurveda (referência: Robert Svoboda, “Ayurveda: Life, Health, and Longevity”, pg.130)
Açafrão é considerado a melhor medicina pela Ayurveda (referência: Vasant Lad and Usha Lad, “Ayurvedic Cooking for Self-Healing”, pg. 216)
Brotos de “fenugeek” são considerados excelentes digestivos. Pode-se adicionar ou as sementes na mistura de brotos ou os próprios brotos, que crescem rapidamente.
Erva-doce (funcho) pode ser ingerida como estímulo digestivo:
- Em pó (1 colher de chá), com água morna, 30 minutos antes da digestão;
- Na forma de brotos (demoram para crescer);
- Em sementes hidratadas, mastigadas após a refeição (ficam mais amargas).
Use temperos anti-gazes em pequenas quantidades, como o coentro e o cominho, em pó ou hidratados ou em brotos (de 1 a 1,5 dias).
Coma os feijões maiores somente depois de vários dias de germinação. Prefira os feijões que são menores (azuki, moyashi etc)
Evite os brotos de leguminosas, pois eles causam mais gazes.
Use temperos digestivos em pequenas quantidades, em pó ou hidratados ou em brotos, como o cardamomo (os frutos dele), a mostarda, o cominho e a canela.
Use óleos naturais, que são anti-gazes: tahini (óleo de gergelim), brotos de girassol (antes de germinarem as folhas), abacate, óleo de girassol, nozes em geral.
:: Sementes que são utilizadas para germinar brotos
Geralmente, qualquer semente que você compra para cozinhar servirá para germinar os seus brotos. Tenha apenas o cuidado de escolher sementes orgânicas (sem agrotóxicos), não-irradiadas (senão não germinarão) e não-transgênicas.
Elas são facilmente encontradas em lojas de produtos naturais e restaurantes vegetarianos e geralmente trazem a palavra “orgânica” destacada na embalagem . Desconfie de sementes encontradas em supermercados ou que não constem como orgânicas.
Além das citadas abaixo, você poderá encontrar outras opções, mas vá com calma até se acostumar ao plantio.
:: Características de algumas sementes
Abóbora - {não indicada / faltam dados} - Experimente fritar um punhado em manteiga ou torrar as sementes no forno (mais saudável) e temperar com pimenta do reino e sal marinho.[5]
Alfafa - Difícil cultivo. Geralmente plantada na terra. Deve ser comida apenas depois de 6 ou mais dias.
Amêndoa - Sugestão: fazer leite dos brotos. O leite de amêndoas já é uma delícia.
Amendoim - Recomenda-se retirar a casca para aumentar a digestibilidade. O amendoim deve ser in-natura, não torrado ou com sal.
Arroz - Não é todo arroz que dá bons brotos e o gosto parece não ser muito apreciado pelos vegetarianos.
Aveia - Sugestão: fazer leite dos brotos.
Batatas - NUNCA germine, pois a semente é tóxica!
Ervilha - Regra para qualquer broto de leguminosas: Para comê-los crus, colha com pelo menos 7 a 10 dias de germinação, pois eles podem apresentar resíduos tóxicos se comidos antes. Para cozinhá-los, colha-os tranquilamente a partir do primeiro dia.
Feijões azuki, Moyashi, de corda e outros (excepto soja) - Regra para qualquer broto de leguminosas: Para comê-los crus, colha com pelo menos 7 a 10 dias de germinação, pois eles podem apresentar resíduos tóxicos se comidos antes. Para cozinhá-los, colha-os tranquilamente a partir do primeiro dia. O feijão de corda é o mais gostoso, na minha opinião (veja foto). O feijão preto não é recomendado para brotos, pois é mais tóxico.
Fenugreek (Feno Grego) - Gosto amargo, é uma erva que tem altas dosagens de proteína e complexo de vitaminas B. [fonte]. Embora tenha sido muito usada no Oriente Médio para aumentar a lactação [fonte], foi desaconselhado este uso por pesquisadora norte-americana [fonte].
Gergelim - Aconselha-se germiná-los sem casca, mas já ouvi que o germinam com casca mesmo. Como os brotos ficam amargos rapidamente, aconselha-se comê-los em até 1,5 dia.
Girassol - Sabor levemente picante.
Grão de bico - Tende a estragar rápido (ou a falhar na germinação), portanto escolha sementes mais novas e menores.
Lentilha - A marrom é mais facilmente encontrada. A vermelha parece ser mais difícil. O broto é muito saboroso. Experimente arroz com broto de lentilha à moda árabe. (Com 500 gramas de lentilha é possível prepararmos de 4 a 5 kg. de brotos. Ganha-se grande quantidade de Nutrientes com um alimento leve e muito saboroso[3]).
Linhaça (semente do linho) - Difícil cultivo. É considerada laxante, portanto não exagere na quantidade por refeição.
Milho - Cuidado com sementes tratadas com fungicidas! O broto tem gosto de milho crú (direto da espiga)
Milho para pipoca - Cuidado com sementes tratadas com fungicidas!
Mostarda - {não indicada / faltam dados}
Painço (milho miúdo) - Cuidado com sementes tratadas com fungicidas!
Rabanete - {não indicada / faltam dados}
Repolho - {não indicada / faltam dados}
Soja - Difícil cultivo. Geralmente plantada na terra. Aumenta em muito a quantidade de nutrientes após a germinação. A soja em si já é rica em nutrientes. A indesejável quantidade de sementes transgênicas torna a soja desinteressante. Algumas tentativas de cultivo no germinário foram em vão, pois não houve o desenvolvimento desejado e ocorreu fermentação (apodrecimento).
Tomates - NUNCA germine, pois a semente é tóxica!
Trigo - São muito fibrosos para serem comidos
após o segundo dia de germinação, mas há quem os aprecie logo após o primeiro dia. Ainda no período inicial, o sabor é levemente adocicado.
A gramínea é uma excelente desintoxicante sanguíneo (extrato coado ou sumo, misturado à água de ph alcalino - acima de 7 - e a sucos de maçã ou preferencialmente frutas cítricas).
Colha-as com 5 a 10 dias, bata no liquidificador com 100 a 200ml de água por uma a três vezes ao dia, pelo menos 1 hora antes de qualquer refeição.
Uma semana a um mês de ingestão do suco de capim de trigo faz milagres! Dores de cabeça e musculares, durante a primeira semana, são esperadas por causa da liberação de toxinas armazenadas principalmente nas gorduras do corpo.
:: Outros tipos de germinários
Existem vários tipos de germinários, desde manuais, passando por semi-automáticos e até totalmente automáticos. Geralmente, os automáticos chegam a alcançar custos altos e não são facilmente encontráveis no Brasil. Como o nosso clima é bem diferente do europeu e do norte americano, acho arriscado comprar um vindo destes países.
O mais fácil de fazer e de adaptar é o “saco de linho”. Ele forma uma mini-estufa para os brotos germinarem. Note que o saco é preto, mas o linho provê a respiração dos brotos. O ritual é simples: coloque a boca do saco na torneira (de um filtro de parede ou com um certo fluxo d’água) e deixe a água fluir por alguns segundos por entre os brotos. Depois, pendure novamente o saco em algum lugar arejado, sem vento e sem incidência direta da luz do Sol.
Alguns brotos se adaptam bem, mas outros mofam rapidamente. O aconselhável, para quem quer utilizar este método, é colher os brotos antes que haja qualquer mofo, ou seja, de 1 a 4 dias do início da germinação.
:: Notas e Referências ::
O texto foi elaborado a partir de várias fontes, tendo como base a experiência própria na germinação de algumas sementes comuns, como trigo, alfafa e feijão de corda.
[1] Sucoterapia - Dr. Francisco Brisido Leal
[2] Rudolfo Pacheco é nosso colaborador, webmaster do site Aldomon
[3] Alimentação Alternativa & Ervas Medicinais - Alexandre Pimentel
[4] website do Depósito Itapuã
[5] Anderson Porto - experiência própria de cultivo em casa.
Fonte: Tudo sobre plantas
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domingo, 5 de abril de 2009
Quais são os principais sintomas de desintoxicação?
Por Victoria Boutenko
Antes de responder, quero contar uma estória para vocês.
Quando trabalhei no Creative Health Institute (CHI), as pessoas que chegavam lá a procura de ajuda, ficavam hospedadas por 2 a 6 semanas para se desintoxicar e aprender o estilo de vida crudívoro.
Para resolver seus problemas de saúde, primeiro elas eram instruídas a fazer 2 dias de dieta com sucos, depois eram alimentadas com sucos de clorofila, grãos brotados e outros alimentos crus. Todos os dias elas se encontravam com os instrutores para discutir os sintomas da desintoxicação, que são os eventos normais que envolvem a cura.
Elas se queixavam de erupção da pele, dor de cabeça, diarréia, resfriado e fraqueza. Havia sempre uma pessoa, em cada grupo, que não apresentava nenhum sintoma. Em vez de ser uma boa notícia, os instrutores sabiam que não ter sintomas de desintoxicação é um sinal de alerta.
Não ter sintomas de desintoxicação significa que o organismo não tem reservas de energia para criar uma situação de cura. Por isso é que desejo que vocês celebrem esses eventos. Quando adotamos a dieta crudívora, imediatamente devolvemos ao corpo a energia que lhe é própria para se curar, e entramos no processo de desintoxicação. Se isso não acontece, pode ser um sinal de algum problema. Por isso é bom estar alerta, preparado para viver a reação de desintoxicação do organismo.
Mesmo que você tenha os sintomas de desintoxicação num dia inconveniente, no trabalho ou enquanto participa de uma reunião ou numa viagem, não importa, seja grato. Se você tem sinais de desintoxicação, você deve celebrar. Sinta-se feliz! Comemore!
Quais são os sintomas mais comuns de desintoxicação?
75% das pessoas que adotam o crudivorismo, experimentam uma rachadura e inflamação nos lábios. Isso acontece porque a saliva se torna muito ácida, o que irrita os lábios e a gengiva. Os lábios ficam sensíveis e irritados. Não adianta lavar ou usar nenhum creme. A única coisa a fazer é esperar que a saliva volte ao normal. Quando você começa a dieta crudívora, seu corpo começa a se limpar liberando no sangue toda a sujeira acumulada. Isso cria uma situação de acidez, temporária. Por isso é que quando fazemos jejum, exalamos mau cheiro. Quando fazemos jejum ou mudamos nossa dieta de forma radical, nosso corpo cheira a amônia.
Um outro sintoma de desintoxicação é a fraqueza. Muitas pessoas experimentam algumas horas de fraqueza na primeira semana. De vez em quando nos sentimos tão fracos, de repente, porém essa sensação logo desaparece e passamos a ter mais energia do que nunca. A fraqueza aparece quando o corpo usa esse tempo e energia para limpar certos órgãos. De repente ele encontra um órgão que precisa ser trabalhado. Uma mensagem é enviada ao centro de energia e ele diz, “ôpa, tem alguma coisa aqui. Preciso demorar um pouco mais nesse local e usar energia extra.” É assim que o corpo trabalha.
Um outro sintoma é dor de cabeça. Se você comeu muito açúcar branco na sua vida, tomou muito café ou sempre usava analgésico, provavelmente vai experimentar dores de cabeça. A dor de cabeça normalmente não dura mais que dois ou três dias, mas parece insuportável. Para lhe ajudar a se sentir melhor, deite, descanse, procure dormir, relaxe numa banheira de água quente ou faça uma lavagem intestinal. Pergunte a seu corpo “o que é que você precisa?” E ouça.
Nosso corpo divide as toxinas em grupos. Um grupo é eliminado através dos ouvidos, um outro é facilmente eliminado pelo nariz. Algumas toxinas só podem ser eliminadas através da pele, via suor. Quanto mais ácido o suor, mais persistente será a irritação. O que fazer para aliviar essa irritação? Entre numa banheira de água quente e transpire. Faça uma sauna. Quando fizer sauna, lembre-se de tomar banho depois para retirar do corpo o suor ácido. Tenho observado pessoas entrarem numa sauna e depois sentarem do lado de fora para secar. O corpo então, reabsorve as toxinas. Quando nossos poros estão fechados, a pele funciona como uma esponja, absorvendo tudo de volta. Por isso devemos tomar uma boa ducha depois da sauna, para retirar o suor e as toxinas. Água morna é melhor, porque os poros vão se abrir facilitando a saída das toxinas.
Uma outra forma de eliminação é a diarréia. Algumas pessoas têm diarréia, o que é muito bom. Certa vez rezei para ter diarréia e não tive. Um amigo meu não queria ter diarréia e teve muitas vezes, por seis meses. Queria ter diarréia porque eu tinha prolapso do cólon e soube que a diarréia faz o cólon se ajustar. Diarréia não é uma coisa ruim e nem sempre é causada por bactéria. Diarréia é causada pelo corpo tentando se purificar.
Quando você tiver sintomas de desintoxicação, a primeira coisa a fazer é entrar em contato com alguém da comunidade crudívora que tem mais experiência e que poderá lhe tirar algumas dúvidas. Esse contato é importante porque por mais que eu tente explicar, as pessoas muitas vezes entram em pânico, e é preciso estar confiante de que o caminho escolhido para ter saúde foi o caminho certo. Você pode ligar para um outro crudívoro. É fundamental ter alguém que possa lhe dizer que você está bem e que tudo o que está sentindo é normal no processo de cura.
Ao sentir um dos sintomas descritos, você deve levar em consideração fazer um jejum tomando apenas suco durante 24 a 48 horas. O jejum vai acelerar o processo de desintoxicação. Leia livros sobre o assunto, antes de decidir fazer jejum. Se você quiser fazer um jejum prolongado, vá a uma clínica especializada, que é a forma mais segura.
Texto extraído do livro Os 12 passos do crudivorismo - Victoria Boutenko - que será brevemente publicado no Brasil pela editora Alaúde.
Leia a Parte 1: Desintoxicação é uma forma de cura
Fonte: doce limão
Antes de responder, quero contar uma estória para vocês.
Quando trabalhei no Creative Health Institute (CHI), as pessoas que chegavam lá a procura de ajuda, ficavam hospedadas por 2 a 6 semanas para se desintoxicar e aprender o estilo de vida crudívoro.
Para resolver seus problemas de saúde, primeiro elas eram instruídas a fazer 2 dias de dieta com sucos, depois eram alimentadas com sucos de clorofila, grãos brotados e outros alimentos crus. Todos os dias elas se encontravam com os instrutores para discutir os sintomas da desintoxicação, que são os eventos normais que envolvem a cura.
Elas se queixavam de erupção da pele, dor de cabeça, diarréia, resfriado e fraqueza. Havia sempre uma pessoa, em cada grupo, que não apresentava nenhum sintoma. Em vez de ser uma boa notícia, os instrutores sabiam que não ter sintomas de desintoxicação é um sinal de alerta.
Não ter sintomas de desintoxicação significa que o organismo não tem reservas de energia para criar uma situação de cura. Por isso é que desejo que vocês celebrem esses eventos. Quando adotamos a dieta crudívora, imediatamente devolvemos ao corpo a energia que lhe é própria para se curar, e entramos no processo de desintoxicação. Se isso não acontece, pode ser um sinal de algum problema. Por isso é bom estar alerta, preparado para viver a reação de desintoxicação do organismo.
Mesmo que você tenha os sintomas de desintoxicação num dia inconveniente, no trabalho ou enquanto participa de uma reunião ou numa viagem, não importa, seja grato. Se você tem sinais de desintoxicação, você deve celebrar. Sinta-se feliz! Comemore!
Quais são os sintomas mais comuns de desintoxicação?
75% das pessoas que adotam o crudivorismo, experimentam uma rachadura e inflamação nos lábios. Isso acontece porque a saliva se torna muito ácida, o que irrita os lábios e a gengiva. Os lábios ficam sensíveis e irritados. Não adianta lavar ou usar nenhum creme. A única coisa a fazer é esperar que a saliva volte ao normal. Quando você começa a dieta crudívora, seu corpo começa a se limpar liberando no sangue toda a sujeira acumulada. Isso cria uma situação de acidez, temporária. Por isso é que quando fazemos jejum, exalamos mau cheiro. Quando fazemos jejum ou mudamos nossa dieta de forma radical, nosso corpo cheira a amônia.
Um outro sintoma de desintoxicação é a fraqueza. Muitas pessoas experimentam algumas horas de fraqueza na primeira semana. De vez em quando nos sentimos tão fracos, de repente, porém essa sensação logo desaparece e passamos a ter mais energia do que nunca. A fraqueza aparece quando o corpo usa esse tempo e energia para limpar certos órgãos. De repente ele encontra um órgão que precisa ser trabalhado. Uma mensagem é enviada ao centro de energia e ele diz, “ôpa, tem alguma coisa aqui. Preciso demorar um pouco mais nesse local e usar energia extra.” É assim que o corpo trabalha.
Um outro sintoma é dor de cabeça. Se você comeu muito açúcar branco na sua vida, tomou muito café ou sempre usava analgésico, provavelmente vai experimentar dores de cabeça. A dor de cabeça normalmente não dura mais que dois ou três dias, mas parece insuportável. Para lhe ajudar a se sentir melhor, deite, descanse, procure dormir, relaxe numa banheira de água quente ou faça uma lavagem intestinal. Pergunte a seu corpo “o que é que você precisa?” E ouça.
Nosso corpo divide as toxinas em grupos. Um grupo é eliminado através dos ouvidos, um outro é facilmente eliminado pelo nariz. Algumas toxinas só podem ser eliminadas através da pele, via suor. Quanto mais ácido o suor, mais persistente será a irritação. O que fazer para aliviar essa irritação? Entre numa banheira de água quente e transpire. Faça uma sauna. Quando fizer sauna, lembre-se de tomar banho depois para retirar do corpo o suor ácido. Tenho observado pessoas entrarem numa sauna e depois sentarem do lado de fora para secar. O corpo então, reabsorve as toxinas. Quando nossos poros estão fechados, a pele funciona como uma esponja, absorvendo tudo de volta. Por isso devemos tomar uma boa ducha depois da sauna, para retirar o suor e as toxinas. Água morna é melhor, porque os poros vão se abrir facilitando a saída das toxinas.
Uma outra forma de eliminação é a diarréia. Algumas pessoas têm diarréia, o que é muito bom. Certa vez rezei para ter diarréia e não tive. Um amigo meu não queria ter diarréia e teve muitas vezes, por seis meses. Queria ter diarréia porque eu tinha prolapso do cólon e soube que a diarréia faz o cólon se ajustar. Diarréia não é uma coisa ruim e nem sempre é causada por bactéria. Diarréia é causada pelo corpo tentando se purificar.
Quando você tiver sintomas de desintoxicação, a primeira coisa a fazer é entrar em contato com alguém da comunidade crudívora que tem mais experiência e que poderá lhe tirar algumas dúvidas. Esse contato é importante porque por mais que eu tente explicar, as pessoas muitas vezes entram em pânico, e é preciso estar confiante de que o caminho escolhido para ter saúde foi o caminho certo. Você pode ligar para um outro crudívoro. É fundamental ter alguém que possa lhe dizer que você está bem e que tudo o que está sentindo é normal no processo de cura.
Ao sentir um dos sintomas descritos, você deve levar em consideração fazer um jejum tomando apenas suco durante 24 a 48 horas. O jejum vai acelerar o processo de desintoxicação. Leia livros sobre o assunto, antes de decidir fazer jejum. Se você quiser fazer um jejum prolongado, vá a uma clínica especializada, que é a forma mais segura.
Texto extraído do livro Os 12 passos do crudivorismo - Victoria Boutenko - que será brevemente publicado no Brasil pela editora Alaúde.
Leia a Parte 1: Desintoxicação é uma forma de cura
Fonte: doce limão
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Victoria Boutenko
Desintoxicação é uma forma de cura
Por Victoria Boutenko
Quando comemos alimentos cozidos pela primeira vez, quando ainda bebês, a primeira camada de muco é criada no nosso organismo.
Uma parte do muco é formada como um filamento ao longo do aparelho digestivo, enquanto o restante fica acumulado num lugar mais conveniente, os pulmões. Esse muco não pode ficar nos pulmões permanentemente, então, eles usam um mecanismo similar à peristalse, para se livrar do muco. É como milhões de pequenos dedos na sua superfície, que trabalham como um cinto móvel fazendo a limpeza. Este mecanismo leva porções do muco dos pulmões até o nariz: é quando vemos os bebês com o nariz escorrendo.
Quando alimentamos um bebê com alimentos que formam muco, o bebê tem corisa o tempo todo. É o seu corpinho tentando expulsar o muco. É a natureza agindo. Todo excesso do muco seria evacuado através do nariz do bebê e os pulmões ficariam limpos, se deixássemos que isso acontecesse.
Porém, o que é que nós fazemos quando vemos o nariz do nosso bebê escorrendo? A reação típica é, “oh! meu bebê está com coriza. A pele em volta do narizinho dele está tão irritada. Tenho que fazer alguma coisa. Vou levá-lo ao médico”.
O médico prescreve umas gôtas nasais. Nos sentimos bem porque fizemos o que pudemos para ajudar nosso bebê. Infelizmente essas gôtas não são necessárias, pelo contrário, são prejudiciais. O bebê não tem nenhuma deficiência no nariz. Essas gôtas são tóxicas. São tão tóxicas que o corpo pára de expulsar o muco dos pulmões e se concentra em expulsar as toxinas das gôtas nasais. O nariz pára de escorrer e o muco volta para os pulmões. Olhamos para o nosso bebê e dizemos: “Sim, o remédio funcionou. Meu bebê está bem agora.”
O que não sabemos é que o nariz parou de escorrer porque o organismo concentrou energia para eliminar as toxinas das gôtas. E que o nariz vermelho escorrendo não é tão perigoso quanto os pulmões cheios de muco e os efeitos das toxinas das gôtas no corpo.
Com o tempo, as camadas de muco vão se tornando mais densas. Aí, cerca de 3 meses depois, o nariz do bebê começa a escorrer novamente. O que nós fazemos? Nós pensamos, “está com coriza, é melhor ligar para o médico”. Levamos o bebê de volta ao médico que prescreve umas gôtas mais fortes, porque dessa vez a quantidade de secreção é maior e mais concentrada e faz as amídalas ficarem inflamadas. A secreção também provoca rouquidão, porque percorre a traquéia, cobrindo as cordas vocais. O medicamento mais forte, geralmente um antibiótico, é tão tóxico que o corpo pára de se desintoxicar e passa a se concentrar nos danos dos remédios e antibiótico. Aí, o bebê não vai ficar doente por algum tempo, até que o corpo recupere a energia necessária e continue seu esforço para se desintoxicar.
Para acelerar a liberação das toxinas o corpo cria a febre. Febre não é simplesmente uma elevação da temperatura, e sim um complexo processo que requer tempo e energia para realizar o seu trabalho.
Para criar a febre, o corpo tem que trabalhar muito. O coração tem que bombear 20 a 30 vezes a mais sangue que o normal. Todas as glândulas hormonais performam um trabalho extra. É por isso que sentimos moleza no corpo. Para preservar a energia usada na digestão dos alimentos, o corpo cria a falta de apetite. A língua é revestida por uma camada de muco para que se perca o paladar; o nariz é congestionado para não sermos tentados pelo cheiro da comida; as amídalas ficam inflamadas para ficar difícil engolir qualquer coisa. O corpo precisa do jejum nesse momento, por isso se utiliza desses artifícios.
O que acontece quando o corpo tem febre? Ele entra no processo de transpiração para que o muco saia através dos poros. Você se lembra daquele suor pegajoso e com um odor típico que acontece durante uma febre alta? A febre ajuda o muco a ficar mais fino e mais fácil de ser expelido. É quando o nariz começa a escorrer.
Infelizmente o que as pessoas fazem nessa hora é tomar aspirina. Para que tomar aspirina? Não temos deficiência de aspirina. Temos que ficar na cama porque nos sentimos fracos. A reação do corpo contra a aspirina é que provoca a fraqueza, e não a febre em si.
Para piorar a situação, quando nos sentimos fracos, comemos alimentos pesados, como sopa de frango, por exemplo. Não temos apetite. Nosso corpo está dizendo, “Não coma!” E ainda assim, pensamos que precisamos comer para nos recuperar mais rápido. Eu costumava agir assim com meus filhos. Eu dizia, “tome um pouco de sopa de frango, você precisa se alimentar para ficar bom logo”, ou então, fazia eles comerem algo que tivesse bastante calorias. Em reação ao ato de comer, na fase em que não devemos comer, o corpo ainda usa um último recurso que é o vômito. É como se estivesse dizendo “Não, não é isso. O que eu preciso é recuperar toda a minha energia para me curar”.
Se comemos quando o corpo está na fase do “não comer” o sangue tem que agir no estômago para processar a sopa de frango, usando a energia que era necessária ao processo de desintoxicação e cura.
O problema está em não cooperarmos com o nosso corpo. De não entendermos a sua linguagem.
A recuperação depois que usamos medicamentos, requer muita energia. Depois de uma crise dessas, a doença pode desaparecer por um longo período, só que isso não quer dizer saúde e sim que o corpo não está tendo energia para se desintoxicar. Ele precisa estocar mais energia para um outro processo de cura. Enquanto isso, o muco nos pulmões vai aumentando. O muco fresco tem a cor clara. O mais velho é amarelo, verde, laranja escuro ou marrom. Para eliminar esse denso muco, o corpo pode criar a pneumonia, num esforço heróico para se purificar. Isso requer ainda mais energia do que no processo de febre. É quando nos sentimos muito debilitados e a respiração fica difícil. Quando temos pneumonia, tomamos penicilina.
Isso faz parar a expulsão do muco e enfraquecer o corpo. Por muito tempo não vai haver desintoxicação, apenas fracas tentativas, como pequenos resfriados de vez em quando.
O corpo continua a estocar o excesso de muco nos pulmões até restar apenas 1/3 disponível, e a essa altura os pulmões dizem: “É demais. Preciso desse 1/3 para continuar respirando. Não posso viver com menos oxigênio do que isso. Como um recurso, o corpo começa a se utilizar de uma camada embaixo da pele, primeiro desenvolvendo uma irritação ou fazendo a pele ficar áspera. Depois, quando andamos, mesmo por pouco tempo, começamos a suar e o muco começa a sair através dos poros. Esse muco é ácido e causa uma irritação. Se você coloca umas gotas de limão na sua pele e esfrega, ela fica irritada e coça. Quando o muco ácido sai através dos poros, sentimos essa mesma sensação. Chamamos isso de alergia.
Por que a alergia acontece? Porque temos uma grande quantidade de toxinas no nosso corpo. As pessoas dizem: "isso acontece quando como frutas ácidas”. Os cítricos apenas dissolvem as toxinas, fazendo elas passarem através da pele com mais rapidez. Sem dúvida, isso é bom para nós. Significa, na verdade, que temos uma quantidade enorme de toxinas e que precisamos eliminá-las.
Algumas vezes acumulamos tanto muco que desenvolvemos uma condição de respiração forçada, com dispnéia, que chamamos de asma. Não podemos respirar. Não temos oxigênio suficiente e fica difícil respirar porque estamos cheios de secreção.
Há ainda um pequeno espaço entre os ossos do seio da face e a testa. O muco estocado aí, perto do cérebro, causa dor de cabeça. É a chamada sinusite. Essa frequente congestão pode causar até tumores. Aquele espaço não foi destinado a ser preenchido.
Podemos verificar quanto muco temos acumulado quando, por exemplo, damos uma corrida em volta do quarteirão. Normalmente o nariz começa a escorrer. Quanto maior a quantidade de muco, mais secreção é expelida pelo nariz.
Da mesma forma, se você puder correr respirando apenas pelo nariz, pode dizer que seus pulmões estão limpos. Você já notou que os corredores de maratonas têm que cuspir quando estão participando de corridas? Eles comem sua comida cozida, com grandes quantidades de calorias, como arroz e purê de batatas, que são alimentos que formam muco, e pensam que estão fazendo uma dieta adequada. Conheço muitos crudívoros que correm e nunca têm problema de secreção. Eles não precisam cuspir e podem respirar pelo nariz. Eles têm oxigênio bastante para correr e ainda conversar ao mesmo tempo. Seus pulmões estão limpos.
Nosso corpo adora se purificar quando corremos. Somos animais destinados a pelo menos andar. Por isso é que temos uma quantidade limitada de depósitos de muco. Fomos criados para nos mover. Nós temos esse mecanismo. Quando estamos nos movendo e sacudindo, os pulmões começam a bombear e deslocar o muco para ser excretado.
Porém, se não corremos e raramente fazemos caminhadas, como podemos esperar que o muco seja deslocado? Em vez de ajudar o corpo na eliminação, interrompemos seu esforço e tomamos aspirina, quando temos coriza ou febre.
O corpo tem que estar preparado para receber a febre. Quando somos capazes de produzir realmente uma boa febre, devemos celebrar! Fique contente. O corpo se dedica a fazer de você uma pessoa saudável. Quando tiver febre, faça a sua parte apenas ficando sem comer. O apetite desaparece porque o corpo precisa desse tempo para se purificar; e volta naturalmente no tempo certo.
Quando eu era criança e tinha febre, nunca queria comer. Minha mãe sempre me dava leite quente e outras coisas que eu rejeitava. Lembro que quando eu tirava o cobertor, minha mãe dizia: "se cubra, você não pode tomar vento”. Minha mãe fazia o que ela achava que era o melhor para mim. Agora sabemos que o melhor a fazer é ouvir o nosso corpo. Você pode se cobrir se sentir frio ou abrir as janelas se sentir calor. Faça o que seu corpo tem vontade. Ele é claro com relação ao que quer.
Para ajudar o corpo no seu trabalho, você pode fazer compressas, alternar banhos frios e quentes, deitar numa banheira.
Todos nós temos toxinas no corpo. Desintoxicar é o esforço que o corpo faz para se livrar das toxinas. Desintoxicar é imprescindível para nos tornarmos saudáveis.
Leia a Parte 2: Quais são os principais sintomas de desintoxicação?
e tambem TIL - Terapia intensiva do Limão
Texto extraído do livro Os 12 passos do crudivorismo - Victoria Boutenko - a ser publicado em breve no Brasil pela editora Alaúde.
Fonte: Doce Limão
Quando comemos alimentos cozidos pela primeira vez, quando ainda bebês, a primeira camada de muco é criada no nosso organismo.
Uma parte do muco é formada como um filamento ao longo do aparelho digestivo, enquanto o restante fica acumulado num lugar mais conveniente, os pulmões. Esse muco não pode ficar nos pulmões permanentemente, então, eles usam um mecanismo similar à peristalse, para se livrar do muco. É como milhões de pequenos dedos na sua superfície, que trabalham como um cinto móvel fazendo a limpeza. Este mecanismo leva porções do muco dos pulmões até o nariz: é quando vemos os bebês com o nariz escorrendo.
Quando alimentamos um bebê com alimentos que formam muco, o bebê tem corisa o tempo todo. É o seu corpinho tentando expulsar o muco. É a natureza agindo. Todo excesso do muco seria evacuado através do nariz do bebê e os pulmões ficariam limpos, se deixássemos que isso acontecesse.
Porém, o que é que nós fazemos quando vemos o nariz do nosso bebê escorrendo? A reação típica é, “oh! meu bebê está com coriza. A pele em volta do narizinho dele está tão irritada. Tenho que fazer alguma coisa. Vou levá-lo ao médico”.
O médico prescreve umas gôtas nasais. Nos sentimos bem porque fizemos o que pudemos para ajudar nosso bebê. Infelizmente essas gôtas não são necessárias, pelo contrário, são prejudiciais. O bebê não tem nenhuma deficiência no nariz. Essas gôtas são tóxicas. São tão tóxicas que o corpo pára de expulsar o muco dos pulmões e se concentra em expulsar as toxinas das gôtas nasais. O nariz pára de escorrer e o muco volta para os pulmões. Olhamos para o nosso bebê e dizemos: “Sim, o remédio funcionou. Meu bebê está bem agora.”
O que não sabemos é que o nariz parou de escorrer porque o organismo concentrou energia para eliminar as toxinas das gôtas. E que o nariz vermelho escorrendo não é tão perigoso quanto os pulmões cheios de muco e os efeitos das toxinas das gôtas no corpo.
Com o tempo, as camadas de muco vão se tornando mais densas. Aí, cerca de 3 meses depois, o nariz do bebê começa a escorrer novamente. O que nós fazemos? Nós pensamos, “está com coriza, é melhor ligar para o médico”. Levamos o bebê de volta ao médico que prescreve umas gôtas mais fortes, porque dessa vez a quantidade de secreção é maior e mais concentrada e faz as amídalas ficarem inflamadas. A secreção também provoca rouquidão, porque percorre a traquéia, cobrindo as cordas vocais. O medicamento mais forte, geralmente um antibiótico, é tão tóxico que o corpo pára de se desintoxicar e passa a se concentrar nos danos dos remédios e antibiótico. Aí, o bebê não vai ficar doente por algum tempo, até que o corpo recupere a energia necessária e continue seu esforço para se desintoxicar.
Para acelerar a liberação das toxinas o corpo cria a febre. Febre não é simplesmente uma elevação da temperatura, e sim um complexo processo que requer tempo e energia para realizar o seu trabalho.
Para criar a febre, o corpo tem que trabalhar muito. O coração tem que bombear 20 a 30 vezes a mais sangue que o normal. Todas as glândulas hormonais performam um trabalho extra. É por isso que sentimos moleza no corpo. Para preservar a energia usada na digestão dos alimentos, o corpo cria a falta de apetite. A língua é revestida por uma camada de muco para que se perca o paladar; o nariz é congestionado para não sermos tentados pelo cheiro da comida; as amídalas ficam inflamadas para ficar difícil engolir qualquer coisa. O corpo precisa do jejum nesse momento, por isso se utiliza desses artifícios.
O que acontece quando o corpo tem febre? Ele entra no processo de transpiração para que o muco saia através dos poros. Você se lembra daquele suor pegajoso e com um odor típico que acontece durante uma febre alta? A febre ajuda o muco a ficar mais fino e mais fácil de ser expelido. É quando o nariz começa a escorrer.
Infelizmente o que as pessoas fazem nessa hora é tomar aspirina. Para que tomar aspirina? Não temos deficiência de aspirina. Temos que ficar na cama porque nos sentimos fracos. A reação do corpo contra a aspirina é que provoca a fraqueza, e não a febre em si.
Para piorar a situação, quando nos sentimos fracos, comemos alimentos pesados, como sopa de frango, por exemplo. Não temos apetite. Nosso corpo está dizendo, “Não coma!” E ainda assim, pensamos que precisamos comer para nos recuperar mais rápido. Eu costumava agir assim com meus filhos. Eu dizia, “tome um pouco de sopa de frango, você precisa se alimentar para ficar bom logo”, ou então, fazia eles comerem algo que tivesse bastante calorias. Em reação ao ato de comer, na fase em que não devemos comer, o corpo ainda usa um último recurso que é o vômito. É como se estivesse dizendo “Não, não é isso. O que eu preciso é recuperar toda a minha energia para me curar”.
Se comemos quando o corpo está na fase do “não comer” o sangue tem que agir no estômago para processar a sopa de frango, usando a energia que era necessária ao processo de desintoxicação e cura.
O problema está em não cooperarmos com o nosso corpo. De não entendermos a sua linguagem.
A recuperação depois que usamos medicamentos, requer muita energia. Depois de uma crise dessas, a doença pode desaparecer por um longo período, só que isso não quer dizer saúde e sim que o corpo não está tendo energia para se desintoxicar. Ele precisa estocar mais energia para um outro processo de cura. Enquanto isso, o muco nos pulmões vai aumentando. O muco fresco tem a cor clara. O mais velho é amarelo, verde, laranja escuro ou marrom. Para eliminar esse denso muco, o corpo pode criar a pneumonia, num esforço heróico para se purificar. Isso requer ainda mais energia do que no processo de febre. É quando nos sentimos muito debilitados e a respiração fica difícil. Quando temos pneumonia, tomamos penicilina.
Isso faz parar a expulsão do muco e enfraquecer o corpo. Por muito tempo não vai haver desintoxicação, apenas fracas tentativas, como pequenos resfriados de vez em quando.
O corpo continua a estocar o excesso de muco nos pulmões até restar apenas 1/3 disponível, e a essa altura os pulmões dizem: “É demais. Preciso desse 1/3 para continuar respirando. Não posso viver com menos oxigênio do que isso. Como um recurso, o corpo começa a se utilizar de uma camada embaixo da pele, primeiro desenvolvendo uma irritação ou fazendo a pele ficar áspera. Depois, quando andamos, mesmo por pouco tempo, começamos a suar e o muco começa a sair através dos poros. Esse muco é ácido e causa uma irritação. Se você coloca umas gotas de limão na sua pele e esfrega, ela fica irritada e coça. Quando o muco ácido sai através dos poros, sentimos essa mesma sensação. Chamamos isso de alergia.
Por que a alergia acontece? Porque temos uma grande quantidade de toxinas no nosso corpo. As pessoas dizem: "isso acontece quando como frutas ácidas”. Os cítricos apenas dissolvem as toxinas, fazendo elas passarem através da pele com mais rapidez. Sem dúvida, isso é bom para nós. Significa, na verdade, que temos uma quantidade enorme de toxinas e que precisamos eliminá-las.
Algumas vezes acumulamos tanto muco que desenvolvemos uma condição de respiração forçada, com dispnéia, que chamamos de asma. Não podemos respirar. Não temos oxigênio suficiente e fica difícil respirar porque estamos cheios de secreção.
Há ainda um pequeno espaço entre os ossos do seio da face e a testa. O muco estocado aí, perto do cérebro, causa dor de cabeça. É a chamada sinusite. Essa frequente congestão pode causar até tumores. Aquele espaço não foi destinado a ser preenchido.
Podemos verificar quanto muco temos acumulado quando, por exemplo, damos uma corrida em volta do quarteirão. Normalmente o nariz começa a escorrer. Quanto maior a quantidade de muco, mais secreção é expelida pelo nariz.
Da mesma forma, se você puder correr respirando apenas pelo nariz, pode dizer que seus pulmões estão limpos. Você já notou que os corredores de maratonas têm que cuspir quando estão participando de corridas? Eles comem sua comida cozida, com grandes quantidades de calorias, como arroz e purê de batatas, que são alimentos que formam muco, e pensam que estão fazendo uma dieta adequada. Conheço muitos crudívoros que correm e nunca têm problema de secreção. Eles não precisam cuspir e podem respirar pelo nariz. Eles têm oxigênio bastante para correr e ainda conversar ao mesmo tempo. Seus pulmões estão limpos.
Nosso corpo adora se purificar quando corremos. Somos animais destinados a pelo menos andar. Por isso é que temos uma quantidade limitada de depósitos de muco. Fomos criados para nos mover. Nós temos esse mecanismo. Quando estamos nos movendo e sacudindo, os pulmões começam a bombear e deslocar o muco para ser excretado.
Porém, se não corremos e raramente fazemos caminhadas, como podemos esperar que o muco seja deslocado? Em vez de ajudar o corpo na eliminação, interrompemos seu esforço e tomamos aspirina, quando temos coriza ou febre.
O corpo tem que estar preparado para receber a febre. Quando somos capazes de produzir realmente uma boa febre, devemos celebrar! Fique contente. O corpo se dedica a fazer de você uma pessoa saudável. Quando tiver febre, faça a sua parte apenas ficando sem comer. O apetite desaparece porque o corpo precisa desse tempo para se purificar; e volta naturalmente no tempo certo.
Quando eu era criança e tinha febre, nunca queria comer. Minha mãe sempre me dava leite quente e outras coisas que eu rejeitava. Lembro que quando eu tirava o cobertor, minha mãe dizia: "se cubra, você não pode tomar vento”. Minha mãe fazia o que ela achava que era o melhor para mim. Agora sabemos que o melhor a fazer é ouvir o nosso corpo. Você pode se cobrir se sentir frio ou abrir as janelas se sentir calor. Faça o que seu corpo tem vontade. Ele é claro com relação ao que quer.
Para ajudar o corpo no seu trabalho, você pode fazer compressas, alternar banhos frios e quentes, deitar numa banheira.
Todos nós temos toxinas no corpo. Desintoxicar é o esforço que o corpo faz para se livrar das toxinas. Desintoxicar é imprescindível para nos tornarmos saudáveis.
Leia a Parte 2: Quais são os principais sintomas de desintoxicação?
e tambem TIL - Terapia intensiva do Limão
Texto extraído do livro Os 12 passos do crudivorismo - Victoria Boutenko - a ser publicado em breve no Brasil pela editora Alaúde.
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