sábado, 27 de julho de 2013

Técnicas para “cruzinhar”


Este artigo descreve algumas das técnicas mais comuns utilizadas no preparo de alimentos vivos. Confira!

Hidratação

Para hidratar castanhas, nozes, frutas secas e tomates secos, utilizamos a água do coco preferencialmente. Nada melhor que a água
estruturada do coco para “ressuscitar” esses ingredientes desidratados pelo sol. E óbvio que podemos hidratar em água filtrada, mas devo aqui mencionar o que há de melhor tanto no paladar quanto nos efeitos sobre a saúde. Além disso, a água de coco costuma ir para o liqüidificador junto com os ingredientes que contribuiu para hidratar.

Desidratação
Existem diversos métodos de desidratação já mencionados anteriormente. Podemos desidratar da mesma maneira frutas, tomates ou polpas liquidificadas de frutas para confecção de deliciosos pratos.

Prensagem

A prensagem é uma forma interessante de cozimento, pois é um cozimento mecânico. Alguns frutos da terra como a berinjela, a abob
rinha e a abóbora têm uma “cica” se ingeridos crus. Outros são incômodos para mastigar, como o espinafre, a couve-flor e os brócolis. Por intermédio da prensagem, obtemos uma consistência mais branda, e a retirada de algumas resinas e ácidos. Deve-se “untar” as mãos com limão e sal ou missô, e proceder a prensagem dos frutos dentro de uma tigela de vidro larga, até atingir o ponto desejado. Os princípios ativos que escorrerem das hortaliças encontrarão no sal e no limão uma estabilidade antioxidante. Como a culinária é uma arte fascinante, podemos trocar o limão por laranja ou mesmo por tangerina, e descobrir o resultado.

Marinadas
Se deixarmos durante um dia na geladeira as diversas delícias prensadas, adicionadas de azeite, limão e ervas aromáticas, teremos os marinados. Poderemos comê-los com sementes, com pão essênio, com saladas, ou torná-los ingredientes de pizzas de trigo germinado. Mas, se quisermos, poderemos também amorná-los.

Desamidação
Ralar batata é uma fascinante descoberta que permite que possamos comê-la crua. Batata crua? Sim, mas antes retira-se o excesso de amido, deixando-a, após ralação fina, igual a um macarrão japonês, dentro de água filtrada por uns 15 minutos. O amido sai e deposita-se no fundo da tigela. Aí é só temperar (cebolinha, alho poró ou nirá, pimenta dedode-moça, alecrim, orégano e o que você gostar) e levar à panela de barro para amornar. No final, esparrame um pouco de azeite extra virgem e salsinha picada. Adeus batatas fritas, chips, sotês e purês. Não existe coisa mais gostosa que uma batata crua, ralada, temperada e amornada!

Amornamento
O amornamento é o processo de aquecimento de alimentos crus. Creio que “amornamento” refere-se mais ao amor dedicado ao alimento que à ação térmica aplicada. Nas receitas, podemos utilizar folhas como couve, almeirão, chicória, acelga, repolho, algas, sementes germinadas, couve-flor, brócolis, shiitake, raízes como batata inglesa, inhame e mandioquinha (batata baroa), frutos como berinjela, jiló, abobrinha, abóbora, muitos temperos verdes, pimentas cruas, missa, azeite extra virgem e sal marinho.
A panela deve ser de barro, pedra ou ferro. Não se usa colher e sim a mão aplicada diretamente sobre os alimentos. Nada melhor que as mãos para saber se a temperatura está passando do ponto. Com a mão, pode-se “acariciar” os alimentos, homogeneizá-los e prensá-los, amaciando alguns de seus componentes. Ao amornar para si mesmo ou para parentes e amigos, pode-se (deve-se) usar as mãos bem escovadas. Ao preparar o amornado para outras pessoas que não da família – em um restaurante, por exemplo – deve-se, além da limpeza mencionada, utilizar a luva de padaria, aquela que se parece a um saquinho plástico. A intenção é mais de origem
estética que higiênica. Importante é “pôr a mão na massa”. Panelas de barro e de pedra são ótimas para servir, pois mantêm a temperatura durante a refeição. E muito comum que os convivas repitam os pratos servidos, pois o sabor é sempre delicioso.

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fonte: Publicado em por Alimentos Vivos


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